quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Argentina, Rússia (e Brasil):
afinidade ideológica dos presidentes
e desinformação dos povos

Cristina Kirchner abriu um espaço na sua torcida por Dilma Rousseff para aplaudir o seu colega ideológico Vladimir Putin
Cristina Kirchner abriu um espaço na sua torcida por Dilma Rousseff
para aplaudir o seu colega ideológico Vladimir Putin

Cristina Kirchner, presidente da Argentina, abriu um espaço na sua torcida pela reeleição de Dilma Rousseff para aplaudir o seu colega ideológico Vladimir Putin, presidente da Rússia.

Numa videoconferência na cidade de Santa Cruz, Patagônia, com o déspota da Rússia em Moscou, ela inaugurou a incorporação do canal russo Russia Today à rede estatal argentina de TV Televisión Digital Aberta.

“Estamos conseguindo comunicar os dois povos sem intermediários, para transmitir os valores de cada um. Estamos contentes de incorporar à TV Digital argentina, que transmite para todo o país, o sinal de notícias russas em espanhol”, afirmou Kirchner, segundo o jornal portenho “La Nación”.

A emissora Russia Today, sediada em Washington, esteve no centro de rumorosas queixas e denúncias por falsificação de noticiário.


Sua apresentadora Liv Wald anunciou, no meio da transmissão, que fazia causa comum com a Ucrânia e que abandonava Russia Today, devido à sua insuportável manipulação das informações. Ler mais

O mesmo fez a jornalista britânica Sara Firth logo após a derrubada do voo MH17 por forças russas ou pró-russas. Sara acusou seus ex-chefes da TV russa de “ter organizado fatos para construir uma fantasia”.

“O que eles fazem é manipular a realidade de forma bastante inteligente e habilidosa”, afirmou Sara em entrevista à revista americana “Time”. “Nós mentimos todos os dias no Russia Today. Há milhões de formas de mentir, e foi lá onde eu as aprendi de verdade”, acrescentou, segundo noticiou a “Folha de S. Paulo”.

“Eu não sou senão uma em uma longa fila de pessoas que deixaram a empresa pelo mesmo motivo. Todos aguentam até certo ponto”, concluiu Sara.

Mas a fraude nada parece significar para a presidente nacionalista-populista argentina, sempre de acordo o ex-coronel da KGB.

Soaram ocas as palavras da presidente argentina, especialmente quando disse:

Nacionalista aplaude nacionalista e integram TVs. Uma é populista e outro é herdeiro do bolchevismo. Onde está a diferença? Num ponto pelo menos, a concordância é plena: fechar a imprensa oposicionista.
Nacionalista aplaude nacionalista e integram TVs.
Uma é populista e outro é herdeiro do bolchevismo.
Onde está a diferença?
Num ponto pelo menos, a concordância é plena:
fechar a imprensa oposicionista em nome do anticapitalismo.
“O direito à informação é um dos direitos inalienáveis. O veloz desenvolvimento dos meios de comunicação eletrônicos também permite manipular a consciência social”.

Em resposta, Putin entrou num campo que lhe é bem conhecido: “As guerras da informação caracterizam a época atual, com tentativas de atores internacionais que visam estabelecer o monopólio da verdade”, procedimento que levou o senhor todo-poderoso do Kremlin a silenciar toda a imprensa opositora.

“Precisamos ter acesso direto à informação sem intermediários”, repetiu em uníssono a presidente argentina, que está tentando fechar o maior grupo de oposição no campo da mídia.

A presidente elogiou “o aprofundamento dos vínculos de amizade, de conhecimento e de irmandade entre seu governo nacionalista-socialista e o governo nacionalista-bolchevista da Federação Russa”, manifestando plena sintonia com seu interlocutor.

“Para que todos os argentinos possam conhecer a verdadeira Rússia e todos os russos possam conhecer a verdadeira Argentina, e não aquilo que nos querem fazer conhecer os meios internacionais e nacionais”, sublinhou a presidente em alusão à imprensa dos países livres.

O encontro foi encerrado com um entusiástico aplauso da mandatária platina e um maquinal gesto de mão de Putin, pondo-se acima de sua interlocutora.


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Um comentário:

  1. "A emissora Russia Today, sediada em Washington, esteve no centro de rumorosas queixas e denúncias por falsificação de noticiário."


    Não se engane a respeito disso; maior parte do que atualmente é considerado 'uma notícia', é pouco mais que anúncio oficial de um produto, um serviço ou uma crença. É dizer pura propaganda à serviço de algum interesse.
    Já há algum tempo uma ex-repórter da CNN revelou que ela recebia ordens para MANIPULAR notícias visando demonizar a Síria e o Irã... Vídeo:

    http://youtu.be/a9C2jIupv-I

    O jornalismo autêntico consiste em revelar a verdade, ou seja, consiste em dizer coisas que alguém não quer que seja dito: todo o resto são relações públicas!!!!! E a verdade sempre incomoda alguém... O próprio conceito de verdade objetiva está desaparecendo do nosso mundo. Mentiras acabam sendo vistas como verdades históricas. A história sempre é escrita pelo vencedor ou aquele que tem o poder... e a este nunca é perguntado se ele está dizendo a verdade. Se você contar uma mentira grande o suficiente e sustentá-la repetitivamente, as pessoas finalmente virão a crer nela. Um exemplo clássico disso é mentira do século:

    http://philotheotrinosophia2012.blogspot.com.br/2012/12/farsas-e-manipulacoes.html

    http://portugalwp.wordpress.com/revisionismo/holocausto/

    http://youtu.be/mBZA4IWF0TI

    http://youtu.be/7L4VlwXYWUQ

    http://christianparty.net/holocaust.htm

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