sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Igreja cismática “Ortodoxa” russa canonizaria o ditador Stalin
O Partido comunista russo, relíquia histórica da extinta URSS, pediu à cismática Igreja Ortodoxa que “canonize” o ditador soviético Josef Stalin.
Ele foi responsável pelo massacre de ao menos 15 milhões de pessoas no seus 31 anos de reinado de terror.
A figura deste que foi um dos maiores criminosos da História vem crescendo à sombra do agente da ex-KGB Vladimir Putin que exerce uma espécie de “terceiro mandato”.
A notícia não seria relevante se o Putin não tivesse se engajado em restaurar as glórias da ex-URSS.
Quanto ao Patriarcado de Moscou e o Sínodo da Igreja russa não há dúvidas: após séculos de subserviência vil ao poder temporal, fará o que este lhe ordene.
Em qualquer hipotese, “pelo fim do século XXI, haverá ícones de São Josef Stalin em cada igreja ortodoxa” comemorou antecipadamente o chefe do partido comunista Sergei Malinkovich, informou "The Telegraph" de Londres.
Segundo Wladimir Bukovski - famoso por sua dissidência na era soviética - a hierarquia eclesiástica da Igreja ortodoxa russa é criação da tirania stalinista:
"Em 1941 Stalin refez a Igreja ortodoxa à sua imagem e semelhança, [...] o clero era composto quase exclusivamente por agentes da KGB. [...] Eu me pergunto: podemos aceitar estes personagens como líderes espirituais? [...] Por isso, a autoridade moral da Igreja Ortodoxa russa é muito baixa. Ela é pouco mais do que uma extensão do poder temporal do Kremlin".
O último chefe da igreja cismática russa ‒ ou Patriarca de Moscou ‒ foi o recentemente falecido Alexis II. Foi bem conhecido agente da KGB, onde usava ‒ entre outros ‒ o codinome Drosdoff.
Obviamente dava-se muito bem com o coronel KGB Wladimir Putin. Nos tempos da malfadada URSS sua especialidade consistiu em denunciar eclesiásticos que transpareciam desacordos com a ditadura marxista.
Na era Putin, afinou com o novo camarada supremo. Hostilizou iracundamente o apostolado católico, especialmente quando este difundia a mensagem de Nossa Senhora de Fátima, que faz apelo explícito pela conversão da Rússia e se opôs, também veementemente a qualquer visita de um Papa ao país, temendo conversões.
Entretanto encontrou amizades e gestos colaboradores na esquerda católica mais ou menos camuflada no Ocidente.
Aguarda-se a nomeação do sucessor do qual se espera que continue a submissão à política do esquema forjado nos quartéis da (ex-)KGB e se preste a ser instrumento útil e enganoso face à Igreja Católica, a grande odiada pela Igreja Cismática russa.
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