2013 sem dúvida passará para a História.
Só pensar que apenas iniciado o ano, nos céus de Roma, emoldurados pelos símbolos sagrados do Papado, um helicóptero fazia o voo de despedida de Bento XVI!
A renúncia, segundo o decano dos cardeais Ângelo Sodano, caiu “como um raio em céu sereno”. E na mesma noite, um raio atingiu a cúpula da Basílica de São Pedro.
Poucos dias antes, um temporal de violência inusitada danificou o Santuário de Fátima, no 75º aniversário da aurora boreal anunciada por Nossa Senhora: “quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida sabei que é o grande sinal, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre”.
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
domingo, 8 de dezembro de 2013
Povo ucraniano recusa a canga da velha URSS maquiada por Putin
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A Ucrânia enquanto nação soberana vinha negociando um acordo de associação com a União Europeia.
Malgrado os aspectos negativos que essa aproximação poderia trazer, essa aproximação teria um efeito positivo muito maior: afastar as garras opressoras da Rússia. Ele garantiria a independência do país face à cobiça russa.
Porém, o atual presidente Viktor Yanukovich vinha agindo como dócil instrumento de Vladimir Putin.
Para Putin, que mais recentemente escolheu as roupagens de defensor do cristianismo, na realidade não havia dúvidas: ele quer reconstituir a grandeza opressiva da falida URSS. E a Ucrânia é a “joia da coroa” da URSS.
Manifestação do Milhão inundou Kiev, e instrumentos de Putin tremem |
Com habilidade muito típica da KGB e manipulando presidente e deputados pró-russos, o senhor todo-poderoso da Rússia conseguiu vetar o acordo que possibilitaria a aproximação da Ucrânia com a União Europeia. E em consequência afastaria o povo ucraniano da opressão russa.
O povo ucraniano está se mostrando determinado e idealista.
Ele lembra os milhões de seus antepassados massacrados pela nefasta URSS e está habituado às mentiras sistemáticas da propaganda da KGB.
Ele percebe o que está por detrás do jogo diplomático: a escravidão e perda de independência e vexames nacionais de toda espécie.
Povo ucraniano defende heroicamente sua independência |
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, sempre bom de papo, afirmou que rejeitará os vetos da Rússia.
Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu, afirmou: “chegou a hora da coragem e decisão. Não devemos renunciar ante pressões externas, mesmo da Rússia”. Alguns outros compararam Putin com Breznev e Stalin.
Porém, desses líderes da UE só se pode aguardar inércia e capitulação face ao agressor russo. E a imprensa reconheceu que “na briga por Kiev, Putin bate Europa” (Folha de S. Paulo, 29-11-2013)
Estátua de Lenine derrubada em Kiev, na festa da Imaculada Conceição |
Mas não arredou e corajosamente saiu às ruas das grandes cidades para repudiar a manobra de Moscou e seus sequazes.
Além do mais está pedindo a renúncia do governo satélite da Rússia, encabeçado pelo presidente Viktor Yanukovich.
Após centenas de milhares de ucranianos cercarem os principais prédios do governo em Kiev, Yanukovich reagiu como faziam os instrumentos da URSS em décadas que se acreditava superadas: ele prometeu retomar as negociações com a UE e dialogar com a oposição enquanto mandava vir tropas e reforçar o esquema de repressão.
Mas o povo ucraniano lucidamente não caiu nessa conversa.
No domingo 8 de novembro a Marcha do Milhão literalmente inundou o centro de Kiev exigindo o fim da sujeição ao ditador disfarçado de cristão Vladimir Putin.
Patriotas ucranianos desabafam na estátua de Lenine |
Este monumento que a população julgava uma ofensa, dominava a Praça Bessarabskaya, perto da rua Kreschatik, em Kiev, capital da Ucrânia.
O que fará a raposa xará de Lenine?
Religioso ucraniano abençoa a marreta usada para esmigalhar o símbolo da tirania comunista soviética |
Acrescentamos que, a exemplo dos protestos na Ucrânia, Putin foi recebido na Armênia com manifestações com cartazes de “Putin, vá para casa” e “Não à URSS”.
Os armênios repudiam os planos de incluir o pequeno país do Sul do Cáucaso em uma zona de livre comércio sob a liderança de Moscou.
Videos: Na festa da Inmaculada: ucranianos derrubam estátua de Lenine, malgrado a repressão de tipo soviético