A jornalista Natalia Estemirova [foto] foi seqüestrada quando saía de sua casa e logo executada, em Grozni, capital da Chechênia.
O corpo apareceu numa estrada com tiros na cabeça e no peito, informou “O Globo”.
Sua “heresia” foi criticar a política do governo de Putin no Norte do Cáucaso.
A União Européia e organizações de direitos humanos ocidentais soltaram gemidos desprovidos de conseqüências, como aconteceu nos demais assassinatos de jornalistas, advogados e ativistas que denunciam a ditadura de estilo soviético de Putin e seus “camaradas” da (ex-)KGB.
Natalia foi morta no mesmo dia da divulgação de um relatório que ela ajudou a preparar e que sustenta haver provas para processar autoridades russas como o premiê Vladimir Putin, por horrendas violações, e execuções em massa na Chechênia.
O presidente russo Dimitri Medvedev, apaniguado de Putin, negou qualquer envolvimento nesse assassinato, como de praxe.
Estemirova pertencia à associação Memorial que recolhe dados sobre os crimes do comunismo, e vinha documentando os incêndios de casas, execuções sumárias, seqüestros, torturas e outros abusos, praticados na Chechênia a mando da camarilha soviética hoje instalada no Kremlin.
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