Ao se cumprirem 70 anos do fatídico início da II Guerra Mundial, o presidente russo, Dmitri Medvedev, reproduzindo a vontade do chefe supremo do país, defendeu Stálin e qualificou de “cínica mentira” a idéia de que o Kremlin favoreceu a agressão nazista. De fato, não só favoreceu, foi aliada ideológica e militar consciente e determinada.
A II Guerra Mundial foi o conflito bélico mais cruel da história e a Polônia foi a primeira e uma das principais vítimas. Ela quer que Moscou se desculpe pelo Pacto de Não Agressão, acordado entre a União Soviética e a Alemanha nazista por onde os dois invadiram e dividiram injustamente a Polônia.
O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin admitiu que esse pacto foi “imoral”, mas para o amoralismo do regime, isso nada significa. Acresce que nessa guerra, os comunistas russos massacraram fria e seletivamente 22 mil poloneses prisioneiros, militares e profissionais, em 1940, em Katyn.
Moscou nomeou uma comissão para “reconstituir a verdade histórica”. Nela não há historiadores, mas só quadros do FSB, a polícia que herdou as funções e os métodos da sanguinária KGB comunista. O resultado é previsível: a URSS será inocentada.
Durante as solenidades em Gdansk, Putin admitiu que a URSS cometeu “erros”. Mas o presidente polonês, Lech Kaczynski, não levou a sério o tom conciliatório do chefe supremo russo e verberou o comunismo: “em 17 de setembro (de 1939), a Polônia recebeu uma facada nas costas... O golpe veio da Rússia bolchevique”, disse.
Em julho, resolução aprovada pela Assembléia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa igualou o stalinismo e o nazismo, informou o “The Independent” de Londres . O chefe da delegação da Rússia considerou o ato um insulto, não se sabe bem ainda em qual sentido.
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