domingo, 25 de julho de 2010

Espionagem russa continua como nos tempos da URSS

Espiões confessaram
Uma ar de guerra fria bateu nos EUA com a prisão de 10 espiões russos operacionais havia mais de 10 anos, escreveu o site Slate.fr.

Passeportes falsos, tinta invisível e malas com dinheiro vivo foram capturadas. A rede operava entre New York e Seattle procurando segredos atômicos, dados sobre a política do Congresso e em relação ao Ira.



Uma mensagem do chefe da rede desde Moscou apontava os objetivos:

“Vós fostes enviados aos EUA para uma missão longa. Vossos estudos, vossas contas de banco, carros e casas, tudo isso só tem uma finalidade: cumprir vossa missão principal: infiltrar os círculos de decisão política e enviar relatórios ao centro”.

A contra-espionagem americana ficou surpresa com a longevidade da rede. Ela foi criada no tempo da URSS. D. Kalugin, antigo general da KGB e espião russo nos EUA nos anos 60 e 70, sob disfarce de diplomata e de correspondante da Radio Moscou comentou:

Espiões ante o juíz
“Fiquei chocado pela extensão da rede e pelo fato que tantos espiões ilegais estivessem em ação. É um retorno à velha época. Nos piores anos da Guerra Fria eu acredito que não havia mais de 10 espiões ilegalmente ingressados nos EUA, e até quase certamente eram menos”.

Cinco suspeitos ficaram detidos pelo juiz federal de Nova Iorque que os interrogou.

As televisões russas ‒ do Estado ‒ informaram o caso com patente desconforto.

Poucos dias antes, o presidente russo Dimitri Metvedev visitou o país e até lanchou informalmente com o presidente Obama.

Este, por sua vez, anunciou que as revelações em nada mudariam sua atitude de simpatia para com os donos do Kremlin.


Em reunião com o ex-presidente Bill Clinton, o ex-espiao Vladimir V. Putin concordou com os desejos expressos pelo presidente Obama, informou “The New York Times”.

Por certo é o que mais convém à Rússia.

"Ingenuidade" de Obama sugere cumplicidade ideológica
A maioria dos agentes pegos nasceu na Rússia e recebeu sofisticado treinamento antes de se mudarem para os EUA aparentando serem casais. Eles se relacionaram com americanos que ocupam posições relevantes, incluindo um “destacado financista baseado em Nova Iorque”.

O agente “Cynthia Murphy” confessou seus contactos com o mundo das finanças e transmitiu a Moscou relatórios sobre “perspectivas do mercado global do ouro”.

Eles também deviam procurar jornalistas para obter dados da Secretaria de Estado, da Casa Branca e dos maiores ‘think tanks’ do país.

Avião russo para pegar espiões trocados aguarda em Moscou
Após a queda dos esclerosados líderes comunistas russos, vários agentes da espionagem soviética permaneceram como “agentes dormentes” nos EUA. Os especialistas americanos debatem como foi possível que a rede tenha subsistido tanto tempo e funcionado sem ser detetada.

Tudo se passou como se o antigo esquema soviético, nos seus filamentos subterrâneos, tivesse ficado intocado e atuante.
Ele aproveitou o desarmamento dos espíritos induzido pela propaganda que martelava a “queda do comunismo” e silenciava os lados ladinos da manobra.

Apressadamente, o presidente Obama combinou com o seu colega russo uma troca de espiões que soou a “queima de arquivo” e anunciou que prosseguirá sua diplomacia de amizade com a Russia tão agressiva.

Um comentário:

  1. Pois é,aqui no Brasil também tem espias,aliás,todo membro de partidos socialistas é um informante,ou desinformante.
    Não sei porque manter relações com países comunistas!
    Nos países em que não há Comunismo,qualquer um entra,já nos países Comunistas,a entrada de estrangeiros é restrita,no fim,acaba acontecendo isso mesmo.

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