quarta-feira, 3 de junho de 2015

Jatos e colunas de tanques para tranquilizar as populações bálticas. Mílicias civis se multiplicam.

Unidades americanas treinam na Letônia.
Unidades americanas treinam na Letônia.



Os céus dos países do leste europeu membros da NATO estão sendo percorridos regularmente por jatos da aliança atlântica. Em terra, colunas de blindados americanos vão e vem até a fronteira com a Rússia, visando tranquilizar as populações que temem o pior da parte de Moscou.

Na Polônia, médicos, sapateiros, advogados e outros comparecem ao quarteis para receberem treinamento militar diante de uma eventual invasão.

Na vizinha Lituânia, os cursos ensinam a todos os cidadãos como eles devem reagir em caso de guerra. A Letônia, por sua vez, planeja dar treinamento militar aos estudantes universitários no ano que vem. Este preocupante panorama foi descrito pela Fox News.



F-16 português e Hornet canadense cuidam do policiamento no Báltico  desde a base lituana de Siauliai.
F-16 português e Hornet canadense cuidam do policiamento no Báltico
desde a base lituana de Siauliai.
Putin traz cruelmente de volta à ansiosa população a lembrança das décadas passadas de dominação e terror marxista.

Esses povos, que conquistaram sua independência com coragem e derramamento de sangue, estão vendo o conflito na Ucrânia e não duvidam sobre quem é o novo chefe supremo do Kremlin, nem do que esse oficial da velha KGB é capaz.

“Há um verdadeiro sentimento de ameaça em nossa sociedade”, resumiu o porta-voz do Ministério de Defesa da Letônia, Aija Jakubovska.

O guarda-chuva protetor da OTAN é visto como a melhor garantia contra o ataque do vizinho russo.

Zygmunt Wos saudava com apreensão a partida de um grupo de blindados americanos que deixavam a cidade de Bialystok, no leste da Polônia: “Essas tropas deveriam ficar aqui conosco, e não voltar para a Alemanha”, dizia.

Depois da Ucrânia – epicentro de combate a 17 horas de carro de Varsóvia –, a Polônia está na primeira linha dos alarmes e das provocações russas.

Tanques Abrams americanos na Letônia
Tanques Abrams americanos na Letônia
Por isso ela está atualizando rapidamente o seu arsenal e concentra 10.000 soldados da OTAN. Seu exército profissional conta com 100.000 homens e 20.000 reservistas. Não é muito, face aos que a Rússia pode pôr no ataque, mas coragem e patriotismo não lhes faltam.

A mobilização popular polonesa é reveladora. 120 grupos paramilitares reúnem dezenas de milhares de voluntários treinados pelo exército.

O porta-voz do Parlamento de Varsóvia, Radek Sikorski, convidou os deputados a participar dos treinos no mês de maio. O mesmo fez o ministro de Defesa, Tomasz Siemoniak, em relação a todos os homens e mulheres entre 18 e 50 anos sem experiência militar.

“Os tempos ficaram perigosos e devemos fazer tudo o que pudermos para elevar a capacidade de resistência da Polônia na defesa de seu território”, disse o presidente Bronislaw Komorowski em recente visita a uma unidade militar.

Typhoon italiano da Força Tarefa Báltica da OTAN na Lituânia
Typhoon italiano da Força Tarefa Báltica da OTAN na Lituânia
A Polônia foi invadida diversas vezes pela Rússia. As mais recentes ocupações aconteceram em 1920, por obra do Exército Vermelho sob as ordens de Lenine e de Trotsky, e em 1939, pela aliança Hitler-Stalin.

O presidente Vladimir Putin quer restaurar as “glórias” do passado soviético e gosta denegrir e denunciar a Polônia, pelo fato de ser aliada dos EUA e da Ucrânia.

A Rússia anunciou recentemente a instalação de mísseis de última geração no enclave de Kaliningrado, sobre o Mar Báltico, de onde poderia atacar “pelas costas” a Polônia e a Lituânia.

Jovens poloneses engrossam milícias civis voluntárias de defesa.
Jovens poloneses engrossam milícias civis voluntárias de defesa.

Mais de 550 jovens reservistas poloneses chegaram à base de Tarnowskie Gory, no sul do país, para alguns dias de treinamento com armas de fogo.

Krystian Studnia, de 35 anos, dizia que isso é “absolutamente natural. Todo o mundo deve estar desejoso e prestes a combater para defender seu país”, explicou.

Em Varsóvia, Mateusz Warszczak, de 23 anos, assinou com entusiasmo ao entrar no centro de recrutamento. “Quero estar pronto para defender do perigo minha família e meus parentes,” afirmou.

Wojciech Klukowski, médico de 58 anos, organizou com seus amigos um grupo de milícia civil com cerca de 50 homens e mulheres de diversas idades. Eles praticaram técnicas de guerrilha e manipulação de armas de fogo para se tornarem cidadãos-soldados em sua cidade natal de Szczecin, na costa do Mar Báltico.

De olho na agressão russa, civis poloneses integram milícias civis de defesa..
De olho na agressão russa, civis poloneses integram milícias de defesa..
“Não nos sentimos seguros. Muitas pessoas querem ser treinadas para defender suas casas, seus locais de trabalho, suas famílias”, disse Klukowski.

Sendo eslavo e intensamente católico, o povo polonês é apontado como uma aberração histórica por Aleksandr Dugin, o ideólogo preferido de Vladimir Putin. E por isso deve ser suprimido. Seu catolicismo deve ser esmagado e substituído pela igreja greco-cismática do Patriarcado de Moscou.

Em meio a tantas capitulações inglórias, o patriotismo e a Fé dos poloneses emite uma admirável mensagem ao mundo inteiro.


Varsóvia: militares dos EUA participam em parada diante da embaixada russa





Parada das FFAA polonesas no ano 2014 :





Comboio da US Army em Lublin, Polônia





Comboio U.S. Army em Pärnu, Estônia




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