domingo, 13 de agosto de 2023

Putin cria ‘gulags’ para escravizar civis ucranianos

Putin restaura sistema soviético de Gulags para prender ucranianos secuestrados. Na foto, o campo de Perm
Putin restaura sistema soviético de Gulags para prender ucranianos sequestrados.
Na foto, o campo de Perm
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Milhares de civis ucranianos estão presos na Rússia e nos territórios ucranianos que Moscou invadiu, em novas alas de velhas prisões e até em porões úmidos. Moscou não lhes reconhece nenhum status sob sua lei como nos tempos soviéticos.

O infeliz destino desses civis é de acordar no frio intenso muito antes do amanhecer, fazer fila para o único banheiro sob a mira de uma arma e passar 12 horas ou mais cavando trincheiras para os soldados russos, segundo testemunhos recolhidos pela agência Associated Press e divulgadas pelo “O Estado de S.Paulo”.

Na invadida Zaporizhzhia, outros civis cavam valas comuns no solo congelado para os prisioneiros que não conseguem sobreviver. Um condenado sem processo que se recusou a cavar foi baleado no local.

A Rússia planeja escravizar mais muitos milhares de inocentes segundo documento obtido pela Associated Press datado em janeiro de 2023 com planos para criar 25 novas colônias prisionais e seis outros centros de detenção na Ucrânia ocupada.

O presidente russo Vladimir Putin mandou por decreto que os habitantes do território ucraniano ocupado sejam deportados por se resistirem à ocupação russa para recrutar uma massa de novos escravos.

Sala de torturas em Izium, Ucrânia
Sala de torturas em Izium, Ucrânia
Os civis são presos com pretextos até ridículos como falar ucraniano ou ser jovem.

Ou acusações infundadas de terrorismo ou de atividades contrárias a “operação militar especial”, sofisma russo para falar da guerra de invasão.

Centenas são usadas para trabalho escravo pelos militares da Rússia.

A tortura faz parte da rotina, incluindo choques elétricos repetidos, espancamentos e sufocamento simulado.

Muitos ex-prisioneiros disseram à AP que testemunharam assassinatos. A ONU documentou no final de junho 77 execuções sumárias de civis cativos e a morte de um homem devido à tortura.

A ONU disse também que há evidências de civis usados como escudos humanos perto das linhas de frente.

Prisões para civis ucranianos escravizados, em Izium
Prisões para civis ucranianos escravizados, em Izium
Relatos de 20 ex-detentos, ex-prisioneiros de guerra, imagens de satélite, mídias sociais, documentos do governo foram entregues pela Cruz Vermelha, confirmando o sistema russo de detenção e abuso de civis que reedita os piores tempos soviéticos.

O número dos escravizados ucranianos sem justiça seria de pelo menos 4.000 na Rússia e pelo menos o mesmo número nos territórios ocupados, disse Vladimir Osechkin, ativista de direitos humanos russo que está exilado.

Artem Baranov e Yevhen Pryshliak, que faziam caminhadas noturnas com seus cachorros tiveram a casa invadida por 15 soldados russos armados, saqueada e ficaram na prisão local, até serem transferidos para uma nova prisão em Sebastopol, na Crimeia. Baranov escreveu que foi acusado de espionagem.

Centenas de civis, como Olena Yahupova, uma administradora civil de 50 anos, acabam forçados a cavar trincheiras na Ucrânia ocupada.

As violações das mulheres são generalizadas e sistemáticas, e Olena foi torturada na casa e na cela e, por fim, levada a cavar trincheiras para o exército russo.

Civis que não resistiram foram enterrados em valass comuns em locais recónditos
Civis que não resistiram foram enterrados em valas comuns em locais recônditos
Quando Olena voltou para casa depois de mais de cinco meses, tudo havia sido roubado e seu cachorro havia sido baleado.

Ela viajou milhares de quilômetros pela Rússia para voltar a linha de frente na Ucrânia, onde se reuniu com seu marido servindo nas forças ucranianas. Os dois estavam casados no civil e tinham filhos, mas depois do sofrido se casaram na igreja.

O oceano de dor e injustiça que se abateu sobre a Ucrânia fez que muitos que antes não ligavam para a religião, se voltassem para Cristo e sua Igreja.

Fatos repetidos como este evocam o cumprimento futuro da conversão do mundo eslavo e russo que prometeu Nossa Senhora de Fátima.


Um comentário:

  1. Es un horror esto Sr. Luis Dufaur. Nadie lo dice, nadie lo divulga. Inclusive AP y la Cruz Roja por qué no hacen algo concreto....la ONU...Qué detestable la actitud de los putinistas occidentales que consideran a Putin el nuevo Carlomagno!! Que San Vladimir y Santa Olga intervengan cuanto antes para salvar y convertir a la pobre Rusia...Encargaremos Misas por su trabajo en esta página, en la Parroquia Nuestra Señora de Narek, de rito Armenio católico de Buenos Aires. Qué alivio pensar que el Inmaculado Corazón de María Triunfará!!!!!

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