domingo, 30 de agosto de 2015

Falta de dinheiro e pressões ocidentais
fazem Rússia desistir de navios Mistral

Marinheiros russos junto ao Vladivostok, no porto de Saint Nazaire.
Marinheiros russos junto ao Vladivostok, no porto de Saint Nazaire.



A Rússia acabou desistindo da compra de dois navios da classe Mistral, adquiridos da França antes da crise da Ucrânia.

Os dois países ainda discutem o montante que deverá ser reembolsado a Moscou, que tinha efetuado parte do pagamento no tempo das vacas gordas, noticiou a Gazeta Russa.

A Rússia pede à França mais do que lhe teria adiantado pelos dois navios porta-helicópteros de desembarque, de uso múltiplo, dotados de avançada tecnologia.

“As negociações chegaram ao fim, tudo já foi decidido – tanto o cronograma, como as quantias”, anunciou Vladimir Kojin, conselheiro do presidente Vladimir Putin para questões militares. Mas isso depois não pareceu tão verdadeiro.

A Rússia alega ter feito despesas extras, como ancoradouros para os dois gigantes de guerra, modificações em helicópteros e despesas diversas em treino das centenas de marinheiros que iriam manipular os navios, que superam tudo o que a Rússia possui.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Rússia à testa da dopagem no atletismo mundial




Já antes do início do Mundial de Atletismo em Pequim, o esporte estava às voltas com um escândalo devastador, por causa da dopagem de muitos atletas, relatou o jornal Clarín de Buenos Aires.

800 atletas estavam sob suspeita. Entre eles, 145 medalhistas e 55 campeões olímpicos. A TV pública alemã ARD e o jornal britânico “The Sunday Times” publicaram dados da Agência Mundial Antidoping (AMA) referentes ao período 2001 a 2012.

O dossiê inclui mais de 12.000 analises a mais de 5.000 atletas, 800 dos quais deram resultados sanguíneos “anormais” ou que “sugerem dopagem”.

Em algumas especialidades, a dopagem parece maciça. Um terço das medalhas de atletismo olímpicas e mundiais desse período estaria sob suspeita, inclusive 55 campeões olímpicos e mundiais e um terço dos atuais recordes do mundo.

domingo, 23 de agosto de 2015

Kremlin excogita declarar ilegal a independência dos países bálticos

Lituano foge de tanque soviético durante a tomada da estação de rádio e TV em Vilnius, 13.01.1991
Lituano foge de tanque soviético durante a tomada
da estação de rádio e TV em Vilnius, 13.01.1991



A agência de imprensa russa Interfax informou que a “nova Rússia” decidiu revisar a legalidade do reconhecimento da independência das repúblicas bálticas Estônia, Letônia e Lituânia, informou o International Business Times.

Esses países outrora independentes foram ocupados pelo exército soviético em decorrência do Pacto nazi-soviético Ribbentrop-Molotov de 1939, que dividiu a Europa em duas zonas de influência: comunista e nacional-socialista.

A ocupação soviética, em junho de 1940, procedeu a um extermínio de massa das elites e à perseguição generalizada da Igreja Católica na Lituânia.

Os três países bálticos recuperaram a independência entre 1989 e 1992, durante a queda da União Soviética – URSS.

Agora Vladimir Putin quer restaurar as glórias passadas da URSS de Lênin e Stalin, e revisar, se não anular, o ato de reconhecimento da independência dos bálticos por parte da Federação Russa.

A Procuradoria Geral da Rússia acolheu pedido feito por parlamentares da Duma – Legislativo russo –, que denunciam como “organismo não constitucional” o Conselho que reconheceu ditas independências.

domingo, 16 de agosto de 2015

Argentina kirchnerista perto de Rússia,
como na era da URSS e da guerra das Malvinas

Cristina Kirchner em Moscou
Cristina Kirchner em Moscou
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Os representantes do governo argentino, Agustín Rossi e Sergio Berni, ao longo do ano assinaram em Moscou um vasto leque de acordos de cooperação russo-argentina, informou o jornal Clarín, de Buenos Aires.

Nem mesmo durante a Guerra das Malvinas se tinha visto uma aproximação tão intensa.

Um dos convênios visa à realização, pela primeira vez na história, de exercícios militares conjuntos entre os exércitos russo e argentino.

Outro convênio estabelece que os policiais de ambos os países trabalharão associados na perseguição aos narcotraficantes.

O governo Kirchner vinha afastando o país de uma cooperação intensa com os EUA nessas áreas. Agora a nacionalista e bolivariana revela o destino final dessa política: se aliar ao Kremlin.

O ministro de Defesa argentino, Agustín Rossi, assinou com seu homólogo russo um acordo para a “proteção mútua da informação secreta gerada pela cooperação técnico-militar” entre os dois países.

domingo, 9 de agosto de 2015

Empobrecimento do povo russo não incomoda o Kremlin

Miséria atinge hospitais russos
Miséria atinge hospitais russos



O desabamento da economia e a queda na pobreza da tão castigada população russa caracterizaram-se pelo aumento dramático dos furtos em supermercados e mercadinhos, segundo o jornal britânico The Telegraph.

Esses pequenos furtos, indicativos de uma população com carências básicas, aumentou 44% em 2014. O total dos bens roubados atingiu 930 milhões de rublos (perto de 20 milhões de dólares).

O surpreendente do dado é que os ladrões procuravam produtos de baixo valor, mas indispensáveis à sobrevivência, segundo informou o jornal moscovita Izvestia com base em dados do serviço tributário do governo.

Para o jornal, esses furtos são “apenas o topo do iceberg”, pois só são contabilizados os furtos denunciados à polícia e as lojas não costumam denunciar roubos de pequeno valor.

O verdadeiro nível desses roubos poderia ter atingido 2 trilhões de rublos ou perto de 40 bilhões de dólares.

domingo, 2 de agosto de 2015

Treinando a grande invasão

Navios suecos procuram submarinos russos em águas territoriais.
Navios suecos procuram submarinos russos em águas territoriais.




Exercício mira países escandinavos

Num exercício que envolveu 33.000 homens, o exército russo simulou a invasão dos países escandinavos Noruega, Finlândia, Suécia e Dinamarca, escreveu The Telegraph.

As manobras ocorreram no mês de março e tinham como fundo de quadro que uma revolução apoiada pelo Ocidente tentava derrocar o presidente Putin. O cenário de uma revolta interna na Rússia tira o sono da nomenklatura putinista.

Enquanto algumas unidades treinavam atacar a Noruega pelo norte, outras praticavam o assalto das ilhas Aland, pertencentes à Finlândia, e ainda outras simulavam a ocupação da ilha Gotland, da Suécia, e da ilha Bornholm, da Dinamarca.

Esses pontos são vitais para os transportes marítimos e constituem objetivos militares decisivos. Se a Rússia os ocupasse, isolaria os países bálticos Estônia, Letônia e Lituânia.

“Se eles conseguissem o controle desses territórios, tornaria impossível aos países da OTAN auxiliar os países bálticos”, comentou Edward Lucas, vice-presidente do Centre for European Policy Analysis e autor do relatório pormenorizando a manobra russa.