Navios suecos procuram submarinos russos em águas territoriais. |
Exercício mira países escandinavos
Num exercício que envolveu 33.000 homens, o exército russo simulou a invasão dos países escandinavos Noruega, Finlândia, Suécia e Dinamarca, escreveu The Telegraph.
As manobras ocorreram no mês de março e tinham como fundo de quadro que uma revolução apoiada pelo Ocidente tentava derrocar o presidente Putin. O cenário de uma revolta interna na Rússia tira o sono da nomenklatura putinista.
Enquanto algumas unidades treinavam atacar a Noruega pelo norte, outras praticavam o assalto das ilhas Aland, pertencentes à Finlândia, e ainda outras simulavam a ocupação da ilha Gotland, da Suécia, e da ilha Bornholm, da Dinamarca.
Esses pontos são vitais para os transportes marítimos e constituem objetivos militares decisivos. Se a Rússia os ocupasse, isolaria os países bálticos Estônia, Letônia e Lituânia.
“Se eles conseguissem o controle desses territórios, tornaria impossível aos países da OTAN auxiliar os países bálticos”, comentou Edward Lucas, vice-presidente do Centre for European Policy Analysis e autor do relatório pormenorizando a manobra russa.
O exercício também patenteou a preocupação russa de domínio do Mar Báltico e sua intenção de usar armas nucleares, se necessário para esse objetivo.
Em junho de 2014, jatos russos já tinham simulado um ataque nuclear contra Bornholm, surpreendendo toda a elite política dinamarquesa concentrada com 90.000 convidados na ilha, num festival anual. “Se o ataque tivesse acontecido, a Dinamarca teria sido decapitada”, escreveu Lucas.
Russos intensificam fogo na área do “cessar-fogo"
Por sua vez, Daniel Baer, embaixador americano na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, declarou que os observadores do cessar-fogo estavam informando sobre uma intensificação dos bombardeios na Ucrânia.
Em apenas uma semana eles contabilizaram 700 explosões de obuses no leste ucraniano. “O que está ocorrendo não poderia acontecer sem a participação russa”, concluiu Baer
Força de paz russa se empossa da Transnistria
Exercícios militares russos na Transnistria (junho 2014, foto BBC). |
O decreto assinado pelo presidente transnistrio Yevgeny Shevchuk reflete as tensões entre o enclave e seus vizinhos pró-ocidentais.
Após os conflitos nos anos 90, cerca de 1.000 soldados de uma força de paz haviam permanecido na Transnistria. Em maio de 2015, 137 ONGS locais escreveram a Vladimir Putin pedindo-lhe que interferisse no país, que estaria passando uma situação de “emergência”.
O esquema putiniano foi aplicado à risca: um autoproclamado governo pró-russo, não reconhecido e anti-ocidental, assumiu o controle do enclave com apoio do “corpo de paz” russo.
O Ocidente teme que o episódio da Transnistria seja um primeiro passo para outra intervenção militar russa no sudeste europeu, especialmente contra a Moldávia, ex-república soviética que aspira ingressar na União Europeia, mas que Putin quereria ver no bojo da “nova Rússia”.
Soldados russos se recusam a entrar na Ucrânia como ”voluntários”
Entretanto, na própria Rússia a movimentação do Kremlin encontra resistências.
Anatoliy Kudrin, soldado profissional russo foi preso como desertor porque recusou ficar como 'voluntário' na Ucrânia (Imagem: Gazeta.ru). |
Segundo jornais de Moscou, eles se recusaram a se engajar como “voluntários” nas fileiras dos separatistas ucranianos. Agora correm o risco de passar dez anos numa prisão em condições “inumanas”.
Segundo inquérito de Vladimir Dergachev e Elizaveta Mayetnaya publicado na “Gazeta.ru”, o problema da desobediência e das deserções no exército russo não vem de agora. Se entre 2010 e 2014 apenas 35 soldados foram imputados por deserção, só na primeira metade de 2015 já foram condenados 62 soldados por esse motivo.
Os números reais devem ser muito maiores, diz Goble. Tatyana Chernetskaya, advogada que assume a defesa de soldados nessa situação, afirma que o número de processos é tão grande que a justiça militar está superada.
Os soldados se queixam de pressões despropositadas para se engajarem como “voluntários” na Ucrânia e assim dissimular a presença militar russa.
Eles receberam propostas de 8.000 rublos (160 dólares) por dia, ou seja, trinta vezes o salário médio na Rússia. Mas, segundo a advogada, “ninguém quer combater no Donbass por 8.000 rublos diários, nem mesmo por 28.000.”
Os recrutadores usam uniformes que camuflam sua pertencença ao exército russo e não levam nenhum símbolo ou sinal visível de sua hierarquia.
O ministério russo de Defesa só responde com o esquema pré-fabricado: não há soldados russos na Ucrânia, trata-se de mentiras e rumores espalhados por agitadores pagos pelo Ocidente.
Ucrânia se prepara para uma grande invasão russa:
Soldados de 18 países fazem exercício conjunto na Ucrânia ocidental:
Oficial russo pego transportando armas clandestinamente na Ucrânia:
Alexander Alexandrov, 28, membro das forças especiais russas capturado no leste da Ucrânia, fora enviado como “voluntário separatista”:
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