domingo, 30 de agosto de 2020

População russa se contrai e perde a antiga importância

Boa parte da população de etnia russa da área secessionista da Ucrânia.voltou para Rússia
Boa parte da população de etnia russa da área secessionista da Ucrânia.voltou para Rússia
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Vladimir Putin se compraz em falar do “mundo russo” como de um gigante que não cessa de crescer e de se projetar em direção ao futuro.

Porém, as estatísticas demográficas lhe estão infligindo um cruel desmentido, explicou Paul Goble, especialista em questões étnicas e religiosas da Eurásia, citado pela agência Euromaidanpress.

A população total é de 141.927.297 habitantes, de acordo com dados de 2010, mas atingia 148.689.000 em 1991. Cfr. Wikipedia.

E pelas estimativas da ONU, a Rússia perderá cerca de 8% da sua população até 2050. E não são as projeções mais alarmantes.

A questão é muito simples mas muito grave: o número de russos étnicos não faz senão encolher assustadoramente.

Para isso contribuem, em larga medida, a ausência de moral familiar e sexual, o aborto e o vício da bebedeira entre os homens, além da violência e da droga, que atingem patamares acima da média mundial.

No início deste século, a Rússia de Putin conseguiu equilibrar a demografia atraindo os russos étnicos que no tempo da URSS haviam sido transferidos ditatorialmente para as antigas republicas soviéticas.

domingo, 23 de agosto de 2020

A consagração da Rússia não feita: o comunismo continua espalhando seus erros pelo mundo

Pe.David Francisquini
Sacerdote
diocese de Campos
Publicado em
CATOLICISMO,agosto 2020






Continuação do post anterior: As consagrações realizadas da Rússia foram incompletas e inválidas



Interpretação que teria feito a Irmã Lúcia

Desde 1984 até a queda do Muro de Berlim, a Irmã Lúcia sustentou que nenhuma das consagrações feitas até então tinha sido “válida” (no sentido de terem atendido aos requisitos postos por Nossa Senhora).

Numa entrevista concedida em 1985 à revista Sol de Fátima, ela declarou peremptoriamente, a respeito das que foram realizadas por João Paulo II em Fátima (1982) e em Roma (1984): “Não houve a participação de todos os Bispos nem foi mencionada a Rússia”.

Contudo, o Cardeal Tarcísio Bertone transcreveu posteriormente, na sua apresentação a um opúsculo sobre a mensagem de Fátima, uma carta que a vidente teria escrito em 8 de novembro de 1989, na qual ela teria afirmado:

“Sim [a consagração] está feita tal como Nossa Senhora a pediu, desde o dia 25 de março de 1984”

E num colóquio do purpurado com a Irmã Lúcia, ela teria declarado:

“Já disse que a consagração desejada por Nossa Senhora foi feita em 1984, e foi aceita no Céu”.

Segundo o mesmo purpurado, tal aceitação teria sido manifestada à Irmã Lúcia numa aparição de Nossa Senhora, mas tal aparição não figura nos pormenorizados relatos que o próprio Cardeal Bertone fez de seus colóquios com a vidente.

domingo, 16 de agosto de 2020

As consagrações realizadas da Rússia
foram incompletas e inválidas

Pe.David Francisquini
Sacerdote
diocese de Campos
Publicado em
CATOLICISMO,agosto 2020





Continuação do post anterior: Por que é indispensável a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria




Depois de iniciada a Segunda Guerra Mundial, a Irmã Lúcia se dirigiu diretamente ao novo Papa, Pio XII:

“Em várias comunicações íntimas, Nosso Senhor não tem deixado de insistir neste pedido, prometendo ultimamente — se Vossa Santidade se dignar fazer a consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria, com menção especial pela Rússia, e ordenar que, em união com Vossa Santidade e ao mesmo tempo, a façam também todos os Bispos do mundoabreviar os dias de tribulação com que tem determinado punir as nações de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de várias perseguições à Santa Igreja e a Vossa Santidade”.

Em 1942, por ocasião do encerramento do ano jubilar das aparições de Fátima, o Papa Pio XII consagrou a Igreja e o gênero humano ao Imaculado Coração de Maria, ato que ele renovou em 8 de dezembro.

Mas o texto fazia apenas uma alusão velada à Rússia, sem mencioná-la explicitamente.

domingo, 9 de agosto de 2020

Por que é indispensável a consagração da Rússia
ao Imaculado Coração de Maria

Pe.David Francisquini
Sacerdote
diocese de Campos
Publicado em
CATOLICISMO,agosto 2020







Pergunta — Vários Papas, e mesmo Nossa Senhora em Fátima, utilizaram o termo “consagração” para se referir à entrega do mundo ao Imaculado Coração de Maria.

Nessas consagrações já feitas, alguma já cumpriu com os requisitos da consagração da Rússia, pedida por Nossa Senhora à Irmã Lúcia?

Pe. David Franceschini — De fato, o prezado consulente observou no texto anterior uma lacuna, que me teria sido impossível preencher ao finalizar aqueles comentários, por escassez de espaço.

Pois há diversidade de opiniões sobre o assunto, e para responder à consulta temos de remontar amplamente aos fatos iniciais, como veremos a seguir.

Na aparição de 13 de julho de 1917, Nossa Senhora disse aos pastorinhos que Deus iria “punir o mundo de seus crimes por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre.

“[...] Para o impedir, virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora dos primeiros sábados.

domingo, 2 de agosto de 2020

Democracia de Putin: cárcere para quem o derrota nas urnas

Khabarovsk indignada pela prisão do governador que ela escolheu
Khabarovsk indignada pela prisão do governador que ela escolheu
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Como foi anunciado antes, durante e depois do referendo, o povo russo aprovou a nova Constituição que porá Vladimir Putin mais outras vezes no poder absoluto até 2036.

A esmagadora votação popular obedeceu ao pé da letra as proporções desejadas pela Comissão Eleitoral Central (77,9% de votos a favor).

Também obedeceram à lógica democrática russa as cômicas irregularidades nas locais de eleição.

Essas, filmadas pelas câmeras de segurança, exibiram funcionários introduzindo maços de votos nas urnas, como já se viu em eleições anteriores.

Os casos mais escandalosos, dignos de filmes dos três patetas, foram anulados.

A popularidade de Putin está em seu mínimo histórico. Ele enfrenta um crescente descontentamento social, escreveu “El País”.

Para aglutinar simpatias Putin apela para o nacionalismo militarista agressivo para defender o país de uma mal explicada conspiração capitalista planetária.

E ele se apresenta como como o gigante Adamastor que se ergue contra essa trama, distribuindo até cifras milionárias no exterior a movimentos "companheiros de estrada" enquanto a sociedade russa está exausta e a economia padece aguda crise.