domingo, 9 de agosto de 2020

Por que é indispensável a consagração da Rússia
ao Imaculado Coração de Maria

Pe.David Francisquini
Sacerdote
diocese de Campos
Publicado em
CATOLICISMO,agosto 2020







Pergunta — Vários Papas, e mesmo Nossa Senhora em Fátima, utilizaram o termo “consagração” para se referir à entrega do mundo ao Imaculado Coração de Maria.

Nessas consagrações já feitas, alguma já cumpriu com os requisitos da consagração da Rússia, pedida por Nossa Senhora à Irmã Lúcia?

Pe. David Franceschini — De fato, o prezado consulente observou no texto anterior uma lacuna, que me teria sido impossível preencher ao finalizar aqueles comentários, por escassez de espaço.

Pois há diversidade de opiniões sobre o assunto, e para responder à consulta temos de remontar amplamente aos fatos iniciais, como veremos a seguir.

Na aparição de 13 de julho de 1917, Nossa Senhora disse aos pastorinhos que Deus iria “punir o mundo de seus crimes por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre.

“[...] Para o impedir, virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora dos primeiros sábados.

“Se não  atenderem a meus pedidos,
a Rússia espalhará os seus erros pelo mundo
“Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições;

“os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas;

“por fim, o meu Imaculado Coração triunfará.

O Santo Padre consagrar-Me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz”.

Doze anos mais tarde, no dia 13 de junho de 1929, enquanto residia em Tuí, na Espanha, a Irmã Lúcia teve uma visão na qual Nossa Senhora lhe disse:

“É chegado o momento em que Deus pede para o Santo Padre fazer, em união com todos os Bispos do mundo, a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração, prometendo salvá-la por este meio”.

Ainda em 1929, a vidente fez chegar esse pedido ao conhecimento do Papa Pio XI, e no ano seguinte escreveu ao seu confessor, o Pe. José Bernardo Gonçalves S.J., relatando que Nosso Senhor a instara a solicitar ao Santo Padre a aprovação da devoção reparadora dos primeiros sábados.

E acrescentou:

“Se me não engano, o bom Deus promete terminar a perseguição na Rússia se o Santo Padre se dignar fazer, e mandar que o façam igualmente os Bispos do mundo católico, um solene e público ato de reparação e consagração da Rússia aos Santíssimos Corações de Jesus e Maria”.

Numa comunicação íntima posterior, Nosso Senhor Se queixou à vidente: “Não quiseram atender ao meu pedido.

“Como o Rei da França, arrepender-se-ão; e fá-la-ão, mas será tarde. A Rússia terá já espalhado os seus erros pelo mundo”.

Numa carta ao seu confessor, de 18 de maio de 1936, a Irmã Lúcia declara: “Intimamente, tenho falado a Nosso Senhor do assunto; e há pouco perguntava-Lhe por que não convertia a Rússia sem que Sua Santidade fizesse essa consagração.

Foi esta a resposta que a Irmã Lúcia recebeu de Jesus:

“Porque quero que toda a minha Igreja reconheça essa consagração como um triunfo do Coração Imaculado de Maria, para depois estender o seu culto e pôr, ao lado da devoção do meu Divino Coração, a devoção deste Imaculado Coração”.
Nota: Todos os fatos narrados até aqui, e as correspondentes citações, tirei do excelente livro Fátima: Mensagem de tragédia ou de esperança? – de Antônio Augusto Borelli Machado.

Continua no próximo post: As consagrações da Rússia realizadas foram incompletas e inválidas



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