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Prof. George Weigel: Ostpolitik de João XXIII, Paulo VI e do Cardeal Casaroli foi um fracasso |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A política de aproximação do Vaticano com o comunismo ou Ostpolitik, iniciada na década de 1960 sob o bafejo de João XXIII e Paulo VI, não só não deu os resultados esperados, mas se revelou desastrosa para os católicos sob a tirania marxista, escreveu George Weigel, pesquisador do Centro de Ética e Política Pública, de Washington. Seu artigo foi reproduzido no site da insuspeita Unisinos.
Segundo Weigel, a Ostpolitik chegou perto de destruir o catolicismo na Hungria, onde em meados da década de 1970 a chefia da Igreja estava sob as ordens do Partido Comunista. Este também estava no controle de fato do Colégio Húngaro, na própria Roma!
Na Tchecoslováquia, a Ostpolitik sacrificou ativistas católicos dos direitos humanos, nada fez por aquelas bravas almas católicas que resistiram ao regime, e fortaleceu um grupo de colaboradores clericais que serviam de fachada para o Partido Comunista e suas repressões.
Na Polônia, os diplomatas vaticanos tentaram continuamente deslocar os bispos que resistiam às propostas de colaboração com o marxismo.
Em Roma, a Ostpolitik favoreceu uma forte penetração das agências de inteligência secreta comunistas no Vaticano, incluindo a KGB, a Stasi (da Alemanha Oriental), a StB (da Checoslováquia), a SB (agência polonesa) e a AVH (húngara).