terça-feira, 26 de maio de 2020

Cardeal Burke: Consagração da Rússia a Nossa Senhora é 'mais necessária agora do que nunca'

“A consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria é mais necessária hoje do que nunca”
“A consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria
é mais necessária hoje do que nunca”
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





A consagração da Rússia a Nossa Senhora pedida em Fátima agora é “mais necessária do que nunca” defendeu em 20 de maio de 2020 o cardeal Raymond Burke.

O Cardeal fez o urgente apelo no Fórum Virtual da Vida em Roma, organizado pela Voz da Família.

Ele sublinhou que a atual crise mundial de coronavírus mostra a necessidade mais premente -- “mais necessário agora do que nunca”-- de extinguir o foco dos males que flagelam da humanidade.

A pandemia patenteou que os "erros da Rússia" estão instalados no mundo comunista -- países e movimentos -- e dali se irradiam para todo o planeta.

Texto completo em: Cardinal Burke calls for Consecration of Russia to Immaculate Heart of Mary

O Cardeal conectou os erros da Rússia comunista à crise atual, destacando o papel proeminente que o regime comunista ateu da China desempenhou na pandemia global.

domingo, 17 de maio de 2020

Desinformação de Putin visa abalar confiança na medicina ocidental

Na KGB, Putin se familiarizou com campanhas de desinformação desestabilizadoras
Na KGB, Putin se familiarizou com campanhas de desinformação desestabilizadoras
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Em 3 de fevereiro, logo após a Organização Mundial da Saúde OMS ter declarado o coronavírus uma emergência de saúde global, começou uma chuva de notícias falsas desde Moscou acusando o exército dos EUA ter criado e espalhado uma arma biológica para incapacitar e matar, registrou “The New York Times”.

A mentira dizia existirem provas “irrefutáveis” pouco se importando que os principais cientistas na matéria tivessem desmascarado a alegação.

Uma vasta investigação desse insuspeito jornal engajado nas causas de esquerda, quis tirar a limpo as acusações de fake news espalhadas pelo governo Putin.

E descobriu com base em farta documentação que o Kremlin espalha informações erradas sobre saúde há pelo menos uma década.

A “máquina de trolls” veio espalhando que as epidemias virais são semeadas por cientistas americanos e que suas vacinas são enganosas e visam objetivos sinistros. Não assim as que Putin promove em casa.

“Trata-se de sabotar a confiança nas instituições do governo” americano, disse Peter Pomerantsev, autor de um livro de 2014 sobre a desinformação do Kremlin.

domingo, 10 de maio de 2020

O Rasputin de Putin

'Slava' está na execução dos segredos sujos de Putin
'Slava' está na execução dos segredos sujos de Putin
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





“Machiavel russo”, “marionetista do Kremlin”, ou, mais sugestivamente, “Rasputin de Putin”, são os apelidos com os quais é conhecido Vladislav Surkov, ou ‘Slava’, o conselheiro mais influente da camarilha fechada do Kremlin, escreveu a revista francesa L’Express.

Seus próximos dizem que é um ideólogo “brilhante, cínico e manipulador”, indispensável ao sistema, comenta Macha Lipman, analista do Centro Carnegie.

“Se Putin está tão solidamente ancorado no poder por onze anos, deve-se em grande parte à inteligência e à ausência de escrúpulos de ‘Slava’”.

A Duma — o Parlamento — não é senão uma câmara de aprovação das decisões do Kremlin, onde só a decisão presidencial vale. E Slava cuida para que tudo seja executado segundo as instruções vindas de cima.

Surkov/‘Slava’ é o doutrinador da “democracia dirigida”, eufemismo para designar o regime autocrático atual, enquanto se fala do retorno a um “czarismo” não tradicional na pessoa do todo-poderoso Putin.

“Nossa democracia tem algo de teatral”, admite Boris Nadejdine, um dos líderes do partido liberal “à europeia” Justa Causa, que não está representado na Duma.

“O pluralismo é fictício e as sete agrupações políticas representadas são teleguiadas em graus diversos a partir do Kremlin. Seus líderes devem prestar regularmente contas a Surkov/‘Slava’.”

“Surkov define a intensidade de oposição que o Partido Comunista oferecer ao poder do Kremlin em combinação com Guenadi Ziuganov, o dirigente ostensivo do PC, explica Alexeï Kondaurov, antigo general do KGB. Em função disso Ziuganov modera suas críticas e não organiza manifestações de rua. Em troca, o financiamento do partido está assegurado”.

'Slava' teria ordenado a ação assassina dos snipers durante a tentativa de repressão de Maidan na Ucrânia.
'Slava' teria ordenado a ação assassina dos snipers
durante a tentativa de repressão de Maidan na Ucrânia.
A mesma troca de bons serviços acontece com o líder nacionalista Vladimir Jirinovski, cujo ativismo é inversamente proporcional ao aumento de seu patrimônio.

Aqueles que se não obedecem são marginalizados ou morrem de modo suspeito, como Boris Nemtsov, ex-vice-primeiro ministro de Iéltsin.

O Tribunal Eleitoral se recusa a registrar partidos “trapalhões” que ficam sem existência legal e incapacitados de participar nas eleições.

Para L’Express, trata-se do mais puro Kafka, mas é a Rússia de Putin.

O Kremlin controla todas as TVs, nas quais não entram nem figuras opositoras como Gary Kasparov, ex-campeão mundial de xadrez. Mikhail Kassianov [primeiro ministro de 2000 a 2004], o novelista Eduardo Limonov e eu mesmo somos afastados dos microfones”, relatou Nemtsov antes de ser morto de modo suspeito numa ponte perto do Kremlin.

Desde 2005 os governadores das regiões são nomeados pelo poder central, e não mais eleitos.

‘Slava’ pode criar movimentos políticos do nada e depois destruí-los, como foi o caso do Partido dos Aposentados, criado em 2003 para atender as queixas dos idosos e logo depois afundado.

O oligarca Mikhail Prokhorov assumiu a direção do partido Justa Causa, mas não prestava contas a Surkov e criticava os amigos de Putin.

'Slava' é o mago de todos os conchavos políticos na Duma a serviço de seu patrão, rotando nos cargos na fidelidade ao omniarca
'Slava' é o mago de todos os conchavos políticos na Duma a serviço de seu patrão,
rotando nos cargos na fidelidade ao omniarca
Em cinco meses ele foi deposto e apareceu furioso na TV dizendo que “há neste país uma manipulação de marionetes que privatiza o sistema político e engana nossos dirigentes. Seu nome é Vladislav Yurevitch Surkov!”.

Slava’ requinta seus jogos verbais. Ele declarou à TV chechena: “Estou sinceramente convencido de que Putin foi enviado por Deus à Rússia para ajudá-la num momento difícil, para nosso maior bem”.

Certa vez — conforme relatou Anatoli Iermolin, ex-deputado pró-Putin —, contra toda lógica, ‘Slava’ ordenou a um grupo parlamentar que aprovasse a construção de um oleoduto ao longo do lago Baikal. Os parlamentares lhe imploraram quase de joelhos que renunciasse a essa loucura que suscitaria revoltas na região de Irkutsk.

Após semanas de controvérsia, Putin anunciou que o oleoduto passaria pelo local mais simpático. Então todos compreenderam que havia sido uma mera jogada de ‘Slava’ para promover a popularidade de Putin.

O “Rasputin de Putin” criou com jovens simpatizantes de Putin o movimento ultranacionalista “Os Nossos”, o qual é formado por dezenas de milhares de simpatizantes e um núcleo duro de “barras pesadas” regados com muito dinheiro.

A finalidade é intimidar a oposição, tomar conta das ruas e impedir pela força qualquer protesto popular, notadamente por ocasião de eleições.

É a tropa de choque nova monarquia, na qual Putin está coroando a si próprio.


domingo, 3 de maio de 2020

Moscou favorece o álcool
para entorpecer a população e manté-la 'contente'

Venda de vodca num supermercado de Moscou.  Governo abaixou os preços para favorecer o consumo.
Venda de vodca num supermercado de Moscou.
Governo abaixou os preços para favorecer o consumo.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








A degradação da economia russa levou Moscou a adotar uma medida aparentemente irracional, mas já praticada em larga medida no tempo da União Soviética.

O regime de Putin ordenou baratear 16% o preço da vodca "oficial", já muito baixo, para acalmar a população. O “Moscow Times” informou que em 2015 o preço de meio litro caiu para sete reais.

Este é um dos recursos de que lançou mão o governo na sua tentativa de anestesiar o mal-estar popular e estimular a bebedeira, um dos vícios mais arraigados e perniciosos na Rússia.

Segundo estudo citado pelo jornalista Adam Taylor do “The Washington Post”, o russo consumia em média 14 litros de vodca em 2012, sete vezes mais álcool do que a média dos americanos.

Após a queda da URSS, a Rússia vinha tentando limitar esse flagelo nacional impondo preços elevados. Os estudos oficiais apontavam que o consumo de vodca contribuía para “uma taxa extraordinariamente alta de mortalidade”.