domingo, 25 de abril de 2021

Movimentos imprevisíveis na nova Guerra Fria russa

Concentração militar russa em Opuk, costa do Mar Negro, Crimeia
Concentração militar russa em Opuk, costa do Mar Negro, Crimeia
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O Kremlin fez espalhafato com suas movimentações militares junto à fronteira da Ucrânia. Ela pretextava risco de guerra civil nesse país que a obrigaria a intervir, leia-se invadir.

No momento que escrevemos está retirando forças estacionadas na região, mas seus procedimentos são imprevisíveis e nada confiáveis.

O porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, deu um falso verniz humanitário ao apoio aos rebeldes separatistas que obedecem instruções da Rússia e controlam partes de Lugansk e Donetsk, duas áreas autônomas no leste da Ucrânia, noticiou a “Folha de S.Paulo”.

“O mundo todo, incluindo a Rússia, tomará medidas para evitar a repetição dos eventos de 1995 em Srebenica na Ucrânia, em caso de que uma ação militar total recomece ali”, alardeou.

A montagem de Peskov explora a massacre de 8.373 muçulmanos por forças sérvias ortodoxas na Bósnia.

domingo, 18 de abril de 2021

Crimeia: opressão russa de todas as minorias

Grafites do comandante supremo na Crimeia ocupada lembram a Havana de Fidel Castro
Grafites do comandante supremo na Crimeia ocupada lembram a Havana de Fidel Castro
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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Pouco se fala do destino dos habitantes da Crimeia, invadidos e submetidos pelos soldados russos. 

A grande mídia ocidental guarda um silencio estranho, embora a população sofra uma opressão mais própria de uma ditadura ou de um regime soviético, segundo se tira de reportagem da Deutsche Welle. .

Nas ruas pode se encontrar o grafite de Vladimir Putin enquanto herói libertador, como o de Fidel Castro ou do Che Guevara nos muros carcomidos das cidades e aldeias cubanas.

As bandeiras russas substituíram as ucranianas antes mesmo do referendo fraudulento para fingir uma anexação legal.

Na primavera de 2014, soldados uniformizados, mas sem insígnias ou identificação ocuparam o prédio do governo, o Parlamento de Simferopol e, posteriormente, o quartel-general do exército ucraniano na Crimeia que faz parte da Ucrânia.

Mas não diga isso porque quem rejeita a anexação é perseguido. 

domingo, 11 de abril de 2021

Escalada bélica nas fronteiras russo-ucranianas

Tanque ucraniano mira separatistas pro-russos no Donbass
Tanque ucraniano mira separatistas pro-russos no Donbass
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Enquanto no Extremo Oriente cresce a tensão da China contra os EUA, Moscou a imita pegando Ocidente por outro lado, mais concretamente visando a Ucrânia e a Europa Central.

O governo ucraniano denuncia importante aumento da presença militar russa na Crimeia. Mas Moscou, como é costumeiro, nega e ataca Kiev imputando-lhe não aplicar os acordos de paz assinados, noticiou a Deutsche Welle.

O chefe do exército ucraniano replica apontando que Moscou não cessa de aumentar sua presença militar ao longo da fronteira com a Ucrânia.

“As coisas vão mal”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ao semanário russo Argumenty i Fakty.

“Pode-se dizer que não foi possível avançar na implementação do pacote de medidas de Minsk e dos acordos subsequentes alcançados em Paris”, acrescentou Peskov.

“Agora estamos vendo uma escalada das tensões ao longo da linha de frente” e “os ganhos modestos obtidos anteriormente estão sendo desfeitos”, acrescentou Peskov.