Pe. Taras Zheplinsky “O fruto mais grande da guerra será a conversão da Rússia” |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
“O fruto mais grande da guerra será a conversão da Rússia”: assim definiu o desejo do Rito Greco-Católico de Ucrânia, o Pe. Taras Zheplinsky, chefe da sala de informação do mesmo Rito, em entrevista a ACI Prensa.
O Pe. Zheplinsky destacou que “o primeiro fruto e mais importante da invasão é que Nossa Senhora ajudou o povo ucraniano a resistir, se defendendo durante o ano todo da agressão russa em grande escala”.
Mas, o sacerdote patenteou o espírito de fé católica dizendo que “o fruto maior que está por vir é a conversão da Rússia do mal que a possui e que está trazendo para a terra ucraniana”.
O sacerdote lembrou que Nossa Senhora em Fátima pediu “consagrar o mundo inteiro, e especialmente a Rússia e a Ucrânia, a seu Imaculado Coração”.
Porém, explicou que a Rússia tem uma atitude oposta à da Virgem: “a Rússia tem uma visão diferente. Esta guerra é a consequência de negar à Ucrânia o seu direito de existir. A Rússia não reconhece o direito à existência do povo ucraniano como tal”, declarou.
A Rússia está possuída pelo demônio, advertiu o Arcebispo-Mor André Sheptytskyi ao Papa Pio XII Na foto: o dito "Patriarca de Moscou" pregador da guerra assassina. |
O chefe do gabinete de informação do Rito Greco-Católico de Ucrânia também disse à ACI Prensa que “isso que eles chamam a 'desnazificação' da Ucrânia é a negação do direito de existir do povo ucraniano como tal”.
Por isso a consagração pelo Papa dos países ao Imaculado Coração de Maria é muito importante, porque ele está dizendo que o povo ucraniano existe, apesar de os russos negarem a eles o direito de existir”, continuou.
Com espírito sobrenatural mostrou que os católicos de Ucrânia pensando na conversão da Rússia “tentamos ver o objetivo de nossa dor. E a nossa vitória e a derrota do agressor dependem de entendermos por que sofremos e quem nos dá força”.
Na Igreja Católica “os padres e bispos que permaneceram com o povo, mesmo no início da ocupação e depois foram expulsos, mostraram a presença do Deus vivo entre o seu povo”.
“Nós, como Igreja, vemos nas feridas do povo ucraniano as feridas do próprio Cristo.
“Acreditamos que no corpo da Ucrânia hoje o agressor está crucificando o próprio Jesus Cristo. Nos ajuda a ver o significado da nossa dor, a ver que o próprio Deus sofre conosco”, lamentou.
Depois da consagração de 25 de março de 2022 começou a libertação das terras ucranianas das botas mortais do agressor russo.
A partir de 1º de abril, os arredores de Kiev foram liberados passo a passo, seguidos pela recuperação de grandes setores do território nacional invadido pela Rússia possessa.
“Sob a proteção da Bem-Aventurada Virgem Maria, a Ucrânia caminha para a vitória”, reafirmou Pe. Zheplinsky.
Portanto, “a guerra continua e muitas outras terras do povo ucraniano aguardam a libertação. Também esperamos o maior fruto: a conversão da Rússia”, reafirmou.
Uma alta autoridade eclesiástica nos ofereceu uma explicação para a conduta da Rússia desde a Revolução de 1917.
Mons. André Sheptytskyi, Arcebispo de Lvov
e Patriarca de Halich
Trata-se de Mons. André Sheptytskyi, Arcebispo de Lvov e Patriarca de Halich, líder da Igreja Católica na Ucrânia durante as perseguições de Lenine e Stalin.
No início da II Guerra Mundial, escreveu ele à Santa Sé:
“Este regime só pode se explicar como um caso de possessão diabólica coletiva”.
E pediu ao Papa que sugerisse a todos os sacerdotes e religiosos do mundo que “exorcizassem a Rússia soviética”.
Mons. Sheptyskyj faleceu em 1944. Seu processo de beatificação está em andamento.
A crueldade inumana da seita socialo-comunista e a desproporção entre seus satânicos feitos e os êxitos que alcançou são de molde a confirmar a impressionante declaração do heróico Prelado ucraniano.
Fonte: Pe. Alfredo Sáenz S.J., “De la Rusia de Vladimir al hombre nuevo soviético”, Ediciones Gladius, Buenos Aires, 1989, pp. 438-439.
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