A presidente da Moldávia Maia Sandu, convoca à reação patriótica, mesmo desarmada |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A Rússia tenta provocar um golpe de Estado na Moldávia, alertou a presidente do país, Maia Sandu, enquanto pedia medidas de segurança reforçadas depois que o governo pró-União Europeia (UE) renunciou após meses de agitação teledirigida desde Moscou, segundo noticiou o bem-informado “Politico”.
“O plano incluía sabotagem e pessoas treinadas militarmente disfarçadas de civis para realizar ações violentas, ataques a prédios do governo e tomada de reféns”, disse Sandu a repórteres em entrevista coletiva.
Ela acrescentou que cidadãos da Rússia, Montenegro, Bielo-Rússia e Sérvia entrariam na Moldávia para provocar protestos na tentativa de “mudar o governo legítimo para um governo ilegítimo, controlado pela Federação Russa e interromper o processo de integração na UE”.
A Moldávia obteve o status de candidato à União Europeia em junho passado, juntamente com a Ucrânia.
“Relatórios recebidos de nossos parceiros ucranianos indicam os locais e aspectos logísticos da organização dessa atividade subversiva. O plano também prevê o uso de estrangeiros para ações violentas”, disse ela.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, falou sobre os planos da Rússia para provocar distúrbios em outros países durante a cúpula do Conselho Europeu.
Manifestação urdida em Moscou, saiu às ruas da capital de Moldávia contra o Ocidente |
A Rússia ocupa com soldados a região separatista da Transnístria, no leste, e tenta provocar agitação no país, incluindo protestos na capital, Chișinău.
“A forma mais agressiva de ataque é um ataque informático”, disse a presidente Sandu, pedindo aos cidadãos que confiem apenas nas informações das autoridades.
“As tentativas do Kremlin de trazer violência para a Moldávia não funcionarão. Nosso principal objetivo é a segurança dos cidadãos e do Estado”, disse Sandu.
A Rússia rejeitou as acusações de Sandu como “completamente infundadas e sem fundamento” e negou que tivesse planos para desestabilizar o país, disse uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia. Mas ninguém acreditou.
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