domingo, 3 de março de 2024

Guerra é usada para atroz “purga” na Rússia

Velório de Alexei Navalny, dissidente 'purgado' porque podia oscurecer o triunfo
Velório de Alexei Navalny, dissidente 'purgado'
porque podia oscurecer o triunfo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Putin empreendeu uma “purga” daqueles que não o acompanhavam em sua enigmática marcha ao precipício. E a guerra de invasão da Ucrania foi a oportunidade.

De certo muitos da “oligarquia” se manifestaram e foram purgados, sendo encontrados suicidados, caindo da janela, etc.

Essas dezenas de “acidentes” que noticiamos fartamente neste blog, agora pela primeira vez uma alta autoridade russa reconheceu que fazem parte de uma purga. O estilo é do modelo soviético admirado por Putin: o de Joseph Stalin.

Quem deu a público que essas dezenas de mortes de altos funcionários russos, civis e militares foi pelo desejo supremo de "purgar", foi nada mais e nada menos que o Ministro de Relações Exteriores Serguei Lavrov, um dos mais íntimos colaboradores na ditadura de Putin.

Lavrov falou na comemoração do segundo ano da invasão, que deveria se ter completado em poucos dias e está custando por volta de 500.000 baixas, equivalentes ao número total dos soldados enviados para o ataque geral inicial.

Serguei Lavrov não teve escrúpulo em comemorar os “benefícios” dessa cruel guerra, incluindo entre esses a necessidade de uma purga que eles precisavam na sociedade russa, segundo noticiou a Radio France International (RFI).

A criminosa afirmação não é invenção de Lavrov, mas de seu patrão Vladimir Putin.

Esse, logo no início da guerra, em 17 de março de 2022, declarou num discurso no estádio Luzhniki: “O povo russo sempre será capaz de reconhecer a escória e os traidores, cuspi-los como se cuspiria um mosca que entrou na boca”.

O número exato é desde então desconhecido, porque entre os “purgados” e execrados se contam muitos cidadãos, quiçá bem mais de um milhão, que fugiram do país, por todas as fronteiras.

Russos fogem do recrutamento pela fronteira da Georgia
Russos fogem do recrutamento por todos os meios pela fronteira da Georgia
Uns não queriam ser enviados como recrutas forçados para a Ucrânia e outros temiam a miséria e a repressão interna que viria num alucinado clima de guerra.

Os deputados putinistas falam regularmente da necessidade de punir mais severamente aqueles que são considerados críticos do seu país, seja na Rússia ou no esterior, acrescentou a RFI.

De fato, no exterior os serviços secretos russos também executaram “oligarcas”, funcionários, ex-militares e dissidentes em geral.

Dois anos após o início do conflito, Sergei Lavrov insistiu:

A operação especial uniu a sociedade na Rússia num grau sem precedentes e ajudou a expurgá-la de pessoas que não tinham um sentimento de pertença à história e cultura russas.

“Alguns foram embora, outros ficaram e começaram a pensar. Mas a esmagadora maioria da sociedade se reuniu”.

O poder russo também pretende demonstrar, diz a RFI, tanto externa como internamente, que o apoio russo ao seu chefe de Estado é inquestionável.

Este é um dos objetivos das eleições presidenciais de meados de março.

O resultado delas já está escrito e para ninguém há suspense, tendo sido assassinados ou supressos legalmente os candidatos que poderiam colher certa votação e desdourar o triunfo aparatoso de Putin.



Dezenas de milhares de russos desafiam Putin no enterro de Navalny




"Ficou claro que Putin não é invencível na Rússia". A coragem popular



2 comentários:

  1. Sr. Luis Dufaur no habíamos visto los artículos anteriores y escribimos acá por todos ellos. Recemos intensamente para que se cumplan las Profecías de Nuestra Señora de Fátima por las que tanto luchó el Dr. Plinio Correa de Oliveira. Recemos especialmente por esas pobres víctimas atrozmente atormentadas por el comunismo.

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  2. Hoy, como todos los lunes, nos dedicamos a Flagelo Ruso por las tardes. No habíamos visto el lunes pasado los dos magníficos videos: el del entierro de Alexey y el de las palabras de su maravillosa y valiente hija Dasha. Llena de entusiasmo las reacciones contra Putin en Rusia y las palabras heroicas realmente de Dasha. Un MILAGRO se debe estar produciendo en Rusia que no sabemos...Indudablemente Nuestra Señora de Fátima, Quien tanto ama a Rusia, tiene que estar por intervenir. Recemos TODOS en esa intención. Todos los Domingos estamos encargando una Misa por el alma de Alexey y por su familia, en la Iglesia Armenia Católica Romana de Nuestra Señora de Narek, en Buenos Aires, Argentina. Felicitaciones por este Blog tan actual y tan completo.

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