Em Varsóvia, o presidente Jaroslaw Kaczynski homenageia Lech Kaczynski morto com sua mulher e mais 94 personalidades em estranho acidente na Rússia |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
As cerimônias do 6º aniversário do misterioso desastre aéreo na Rússia que decapitou a liderança política da Polônia tiveram um acirrado tom de Guerra Fria, noticiou a agência France Presse.
O atual presidente conservador polonês Jaroslaw Kaczynski é irmão do presidente polonês Lech Kaczynski falecido no trágico acidente.
Em 10 de abril de 2010, o presidente e a cúpula do governo de Varsóvia foram participar de uma cerimônia em Katyn, na Rússia, por ocasião do 70º aniversário do massacre de vários milhares de oficiais poloneses prisioneiros do Exército Vermelho comunista.
O cruel crime de massa foi perpetrado em plena II Guerra Mundial pela polícia secreta soviética, KGB, onde se formou Vladimir Putin.
O avião que transportava o presidente polonês, sua mulher e 94 outras personalidades de alta patente política e militar, deveria ter pousado no aeroporto russo de Smolensk. Porém, caiu em circunstâncias suspeitas e ainda não esclarecidas.
Ninguém foi recuperado com vida, malgrado as condições da queda sugerirem a possibilidade de sobreviventes.
O governo russo impediu que investigadores independentes analisassem os restos do avião polonês. |
O partido conservador Direito e Justiça que hoje governa a Polônia está convencido de ter sido um atentado concebido no Kremlin e acusa o antigo chefe de governo polonês Donald Tusk de ser “moralmente responsável” do cumplicidade com esse crime de Estado.
“O governo de Donald Tusk (hoje presidente do Conselho Europeu), é responsável, pelo menos moralmente” da catástrofe e os culpados devem ser “punidos”, declarou o atual presidente diante de milhares de seguidores de seu partido.
Ele achou deturpado o inquérito sobre a catástrofe de Smolensk feito pelo governo Tusk e que atribuiu as causas do acidente às más condições meteorológicas e a falhas dos pilotos poloneses e dos controladores aéreos russos.
O atual governo reabriu o inquérito. Missas, orações públicas e cerimônias foram feitas no país todo em memória das vítimas.
Katyn II? Até hoje a Rússia embaralhou o inquérito do acidente que matou a cúpula do governo polonês |
O chefe da nova sub-comissão de inquérito Waclaw Berczynski reafirmou a uma revista católica a tese de uma explosão provocada no avião.
Porém, há falta de provas. A Rússia não permite exumar os corpos das vitimas para efeito de autopsias e se recusa a restituir à Polônia as caixas pretas que foram recuperadas.
O ministro da Defesa Antoni Macierewicz, principal defensor da tese do atentado, falou recentemente de “terrorismo” russo.
O ex-chefe de Estado Donald Tusk é suspeitado de amizade com Vladimir Putin, e alguns até pedem que seja julgado por um Tribunal de Estado, não faltando aqueles mais radicais que reclamam para ele a pena capital.
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O avião foi abatido quando estava em baixa velocidade e pousando. Lançaram um missel que acertou a ponta da asa. Não houve incendio com a explosão, os corpos deveriam estar intactos para autopsia. Os corpos foram carbonizados em Moscou. As viúvas receberam só as cinzas. Parebéns pelo artigo Sr. Dufor.
ResponderExcluirParabens pela postagem Sr Dufor. Se encontra na internet um estudo feito por um engenheiro dinamarquês onde ele prova que a versão apresentada pela Russia é mentirosa, ele sugere que houve algum tipo de atentado que resultou na queda do avião. Novamente os comunista matando a elite polonesa...
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