domingo, 3 de dezembro de 2023

Batalhões de extermínio de russos sob Putin

Ex-soldados dos 'Storm Z' revelaram o trato criminoso de seus chefes
Ex-soldados dos 'Storm Z' revelaram o trato criminoso de seus chefes.
Na foto: prisioneiro russo fala
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Centenas de presos militares e civis foram incorporados em unidades penais russas conhecidas como esquadrões “Storm Z” (Tempestade Z) enviados propositalmente para morrer nas frentes na Ucrânia.

Assim revelaram 13 pessoas familiarizadas com o assunto, incluindo cinco combatentes dessas unidades, narrou relatório publicado por “La Nación”.

Os esquadrões “Storm Z” são empurrados para a primeira linha de fogo sem treinamento nem armamento adequado e poucos sobrevivem para contar o que lhes aconteceu.

Este método de punição foi instituído pelo cruel Stalin para suprimir dissidentes, soldados insubordinados e presos das cárceres.

“Os combatentes das tropas de assalto nada mais são do que carne”, declarou acabrunhado um soldado regular da unidade 40318 do Exército russo que é médico.

Ele foi destacado em maio e junho de 2023 perto da disputada cidade de Bakhmut, onde teriam morrido milhares de soldados russos em condições espantosas.

O militar disse ter prestado tratamentos médicos a um grupo de seis ou sete combatentes da “Storm Z” feridos no campo de batalha.

'Sorm Z' são enviados ao 'moedor de carne'
'Sorm Z' são enviados ao 'moedor de carne'
Por causa disso, desobedeceu ordem de um comandante – cujo nome não sabia – de os abandonar para morrerem desesperados.


Ele contou que a ordem do comandante mostrava que os oficiais consideravam os combatentes da unidade “Storm Z” como subhomens de menor valor do que as seres comuns.

O soldado, que pediu anonimato porque temia ser processado na Rússia por falar do caso, tinha pena dos feridos.

“Se os comandantes pegam alguém com cheiro de álcool no hálito, eles imediatamente o enviam para os esquadrões Storm”.

Mas o álcool é um vício generalizado na Rússia, e é reforçado pelas condições calamitosas em que vivem os soldados enviados a invadir um país que não conhecem e até simpatizam com ele.

A Reuters procurou um oficial da unidade 40318, mas esse se recusou a comentar as práticas da “Storm Z”. O Kremlin desviou as perguntas da Reuters para o Ministério da Defesa russo, que não respondeu.

A mídia russa controlada pelo Estado reconhece a existência de esquadrões “Storm Z”, mas oculta as baixas que sofrem, particularmente importantes pelo seu caráter de “unidades de extermínio” dos indesejados na Rússia.

A agência de notícias Reuters foi a primeira a compilar um relatório abrangente sobre como os esquadrões são formados e mobilizados.

Soldados de 'Storm Z' não querem ir ao combate
Soldados de 'Storm Z' não querem ir ao combate
A Reuters coletou os dados depois de falar com muitas fontes com conhecimento direto do que está acontecendo nas fileiras russas.

Outras 13 pessoas entrevistadas – incluindo quatro familiares de integrantes das unidades e três militares regulares que interagiam com os esquadrões – solicitaram anonimato, por medo de represálias.

A Reuters verificou as identidades de todos os combatentes envolvidos usando antecedentes criminais, contas de redes sociais e conversou com seus colegas militares e suas famílias.

Putin continua com as práticas inumanas ditadas por Stalin, de quem é declarado admirador, ainda quando seus agentes de propaganda o apresentam no Ocidente como um líder mundial conservador, pela vida, pela família e pelo bem da humanidade.



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