domingo, 21 de abril de 2024

Fraude eleitoral de Putin superou 30 milhões de votos

Eleições fraudulentas
Eleições fraudulentas
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Até hoje as organizações russas independentes tentam chegar a um número aproximado da extensão da fraude eleitoral praticada nas eleições presidenciais russas que voltaram a eleger Vladimir Putin como presidente, segundo antecipado com risível folga.

Segundo elas, a farsa das eleições de 2024 vai bater recordes.

Os detalhes da gigantesca fraude nessas eleições vão ficando cada vez mais claros.

Após a reeleição com o inverossímil 87,28% dos votos por Putin para um histórico quinto mandato pisando uma Rússia cada vez mais submissa, o jornal “Le Monde” citado por BFMTV tentou um balanço objetivo e destacou as manipulações.

Estimativas e observações de várias mídias e organizações independentes segundo “Le Monde” apontam para “a fraude mais significativa da história das eleições na Rússia”, nas palavras da organização de observação eleitoral Golos.

A Golos foi banida do país antes das eleições, obviamente por falta de subserviência ao ditador.

As organizações contaram todas as assembleias de voto em que a participação foi particularmente forte e inexplicável, beneficiando em grande parte o presidente russo.

Usaram o “método Shpilkine”, pelo estatístico que o desenvolveu.

Segundo Golos, o número de votos roubados a favor de Vladimir Putin poderia assim ter atingido os 22 milhões, num total de 76 milhões de votos expressos.

A mídia Novaya Gazeta Europa chega a uma fraude de 31,6 milhões.

As divergências se devem, segundo o “Le Monde”, às mesas de voto tidas como “honestas”, porque aceitaram observadores, e as não-honestas.

Policiais observam se votante foi 'correto'
Policiais observam se votante foi 'correto'
 escala global ocorreram fraudes em muitos mesas. No distrito de Danilovsky em Moscou, onde vive uma população rica e instruída, foram registrados fortes contrastes.

“Onde os observadores independentes conseguiram registrar-se, a pontuação de Vladimir Putin ronda os 60%. Em quatro escritórios onde estiveram ausentes, atingiu… 99%”, relata o correspondente do diário vespertino de Moscou.

Mas houve mesas sem observadores com 100% de participação dos eleitores e todos eles por Vladimir Putin. Na Chechênia, sob uma ditadura islâmica putinista o presidente obteve 98,99% dos votos.

Houve locais de voto onde a manipulação orquestrada foi até flagrada pelas câmeras de segurança com agentes trabalhando duro no clássico enchimento de urnas sob o olhar cúmplice da polícia.

Noutros, a falsificação deu a vitória a Putin na primeira volta por modificações entre a contagem e a publicação dos resultados.

Numa mesa de Moscou, por exemplo, o voto por Putin pulou maravilhosamente de 57% para 86%.

Numa outra de São Petersburgo, o presidente saltou de 77,1% para 98,3% pelo simples aumento artificioso da participação de 64,5% para 95,3%.

Para o “Le Monde” em 2018 os locais de voto “normais” ainda foram maioria.

Mas, nas últimas eleições presidenciais, as mesas “honestas” foram uma deprimente minoria, segundo o meio de comunicação independente Meduza.


Vídeo: funcionárias jogam pilhas de votos em urna




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