domingo, 17 de junho de 2018

Cardeal Mindszenty continua abençoando a Hungria

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Herói da resistência anticomunista, o Cardeal József Mindszenty foi Arcebispo-Príncipe de Esztergom e Primaz da Hungria. Mesmo preso pelo regime comunista, cruelmente torturado e obrigado a ausentar-se de seu povo, jamais dobrou os joelhos diante da tirania vermelha.

Hoje em dia, quando a Hungria vem sendo perseguida por órgãos internacionais pelo fato de ter adotado uma Constituição contrária ao comunismo, ao aborto e ao “casamento” homossexual e ter rememorado as glórias de seu passado cristão, a figura do Cardeal Mindszenty paira sobre a nação como uma bênção e uma inspiração.

Até à Hungria chegam as sibilinas propostas do novo amo do Kremlin que sonha com restaurar a hegemonia da velha URSS que tanto fez derramar lágrimas de sangre ao augusto e virtuoso cardeal.

Pelo sul chegam colunas de invasores islâmicos que em séculos passados devastou a Hungria mas nunca conseguiram lhe tirar a Fé.

E, ó horror!, desde o Vaticano prossegue a Ostpolitik que quer entregar a Igreja ao comunismo, como ele próprio confidenciou inúmeras vezes.

A lembrança e a intercessão desde o Céu desse imortal Purpurado — nascido em Csehimindsent (Áustria-Hungria), em 29 de março de 1892, e falecido em Viena (Áustria), em 6 de maio de 1975 —, mantém viva a alma da gloriosa nação magiar.

Em sua honra, reproduzimos trecho de artigo de Plinio Corrêa de Oliveira, publicado na “Folha de S. Paulo” em 10-2-1974, sob o título: A glória, a alegria, a honra...

“O bom pastor dá a vida por suas ovelhas” (S. João 10,11).
Nestes tristes dias, marcados por sua destituição [por Paulo VI] do Arcebispado de Esztergon, o Cardeal Mindszenty mais uma vez deu provas de que é um bom pastor, representante genuíno e íntegro do Bom Pastor por excelência.

Para lutar contra o comunismo, que reduziu à miséria espiritual e material as suas ovelhas, o Purpurado magiar acaba de sofrer o último sacrifício. E talvez o mais doloroso.

Comemora-se neste ano [1974] o 25º aniversário de sua encarceração pelos comunistas.

Ficou célebre a fotografia que o mostra no banco dos réus com olhar aterrado mas inquebrantável na resolução de cumprir até o fim seu dever.

O mundo inteiro viu essa fotografia, e estremeceu de horror e de admiração. Veio depois o rápido intermezzo da sublevação anticomunista.

E começou então para Mons. Mindszenty o longo cativeiro na embaixada norte-americana.

Cativeiro no qual — ó mistério! — lhe era vedado o contato até com os habitantes do edifício.

Mas, como coluna solitária no meio das ruínas de sua pátria, Mons. Mindszenty permanecia de pé, continuando na sua conduta as grandezas religiosas e nacionais do reino de Santo Estêvão, e preparando, por seu exemplo, a ressurreição de seu povo".


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