domingo, 18 de agosto de 2024

Descalabro das forças armadas russas

Fotos de satélite mostram bases russas vazias perto da fronteira com a Finlândia
Fotos de satélite mostram bases russas vazias perto da fronteira com a Finlândia
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O ministro da Defesa norueguês, Eirik Kristoffersen, garantiu que as forças terrestres russas estacionadas na Península de Kola, fronteira com a Noruega e a Finlândia, foram “dizimadas” pelas pesadas perdas sofridas na Ucrânia, divulgou o jornal francês “L’Independant”.

O descalabro ficou patente com a surpreendente facilidade com que o exército ucraniano está entrando na região russa de Kursk e se abrindo, eventualmente, caminho para Moscou.

Um jornal finlandês assegura que as guarnições e bases militares russas perto da fronteira com a Finlândia estão quase vazias. Quase todas as forças terrestres de Moscou, outrora estacionadas na área, foram enviadas para a Ucrânia.

As imagens de satélite recentes confirmam forte redução no número de tropas e equipamentos ao longo da fronteira com a Finlândia.

“Em média, 80% do equipamento e dos soldados foram transferidos para a Ucrânia”, relata uma importante fonte da inteligência militar finlandesa.

Também várias bases russas de remotas regiões russas sofreram diminuições pesadas. Só Moscou ainda conserva intacta suas tropas de defesa. A insegurança de Putin e os rumores de rebeliões militares o justifica.

As perdas na Ucrânia foram tão grandes que segundo os serviços de inteligência, a Rússia levará de 3 a 5 anos para restaurar a capacidade de combate das suas forças armadas.

A mais recente estimativa da inteligência britânica estima que o invasor perdeu 70.000 homens, entre mortos e feridos, nos meses de maio e junho de 2024, segundo “Le Monde”.

Putin tenta assustar Ocidente ameaçando com uma Terceira Guerra Mundial, mas na realidade as ameaças verbais são cortinas de fumaça para dissimular sua fraqueza. A Rússia não tem com o que fazer a guerra que acena.

Um terço do total da marinha russa não está mais operativa. A perda foi puxada pelo afundamento de um terço da frota russa no Mar Negro.

Bases militares russas esvaziadas na fronteira com a Finlândia
Bases militares russas esvaziadas na fronteira com a Finlândia
Vários navios emblemáticos foram afundados ou danificados na base da Crimeia em Sebastopol, a ponto de a Rússia enviar os seus navios para outros portos mais afastados da área de combate, escreveu ainda o “L’Independant”.

Essa retirada foi principalmente para Novorossiysk. “Eles podem pensar que seus navios estão mais seguros lá, mas a maioria se esconde atrás de navios civis”, disse o porta-voz da marinha ucraniana, Dmytro Pletenchuk. Realmente uma estratégia muito pouco decorosa para uma marinha de guerra.

Pletenchuk sustenta ainda que “um terço dos navios da flota russa do Mar do Norte está definitivamente inutilizável, foi destruída ou danificada”.

Por sua vez, o vice-almirante americano aposentado Mike LeFever declarou à revista “Newsweek”: “víamos a marinha russa como algo grande e poderoso, mas agora ver a Ucrânia dizimá-la sem uma marinha real e com navios não tripulados é significativo de mais”.

A sensação de degringolada da marinha russa foi aumentada por um fato misterioso. Um grande navio russo especializado em neutralizar submarinos, o ‘Almirante Levchenko’, incendiou-se no Mar de Barents, que faz parte do oceano Glacial Ártico.

E tudo indica que a tripulação a bordo não foi salva, noticiou a mídia polonesa Geekweek.

Este mesmo meio de comunicação indica que haveria várias centenas de tripulantes a bordo do navio desaparecido, escreveu o “Huffington Post”.

A catástrofe aconteceu nos mares árticos russos, muito longe do Mar Negro. A Rússia costuma disfarçar suas perdas navais atribuindo-as a acidentes a bordo e nunca a sucessos misseis ou drones do adversário.

Neste caso, guardou enigmático silencio, enquanto o porta-voz das Forças Armadas Ucranianas comentou com uma ponta de ironia: “é o que acontece quando uma ‘superpotência’ recebe sanções e não consegue reparar os motores de seus barcos. Dez anos não foram suficientes para resolver este problema. Uma das instalações pegou fogo”, anunciou.

Estoques de armamento estão se esgotando. No 'desfile da vitória' Putin fez desfilar um só tanque e da II Guerra Mundial
Estoques de armamento estão se esgotando.
No 'desfile da vitória' Putin fez desfilar um só tanque e da II Guerra Mundial!

Os ucranianos não admitiram ter participado no ataque ao navio russo.

Recentemente, porém, as forças especiais ucranianas provocaram um incêndio no navio de guerra russo ‘Serpukhov’, que estava ancorado na região de Koenigsberg, Mar Báltico, segundo os mesmos meios de comunicação.

O ‘Almirante Levchenko’ é um destróier soviético de mísseis guiados do projeto 1155 (classe Udaloy), oficialmente classificado como um grande navio anti-submarino. A unidade estava ativa desde 1988 na Frota do Norte.

Seu armamento principal torpedos de diversos modelos, mísseis e lançadores múltiplos de cargas de profundidade, além de canhões de uso universal e canhões guiados por radar.



Um comentário:

  1. Qué maravilla, cómo Nuestra Señora dirige la Historia y los acontecimientos humanos! Será que están por cumplirse las profecías del Beato Francisco Palau y por lo tanto las de Nuestra Señora de Fátima?
    No dejemos de rezar insistentemente por esa intención.

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