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Pe Henrykh Akalatovich preso por criticar Lukashenko |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O Pe. bielorrusso Henrykh Akalatovich, de 64 anos foi condenado a 10 anos de prisão acusado de alta traição por criticar publicamente o governo comunista subserviente do ditador Putin através do ditador local Alexander Lukashenko posto em funções em 1994, há mais de três décadas por Moscou, segundo se depreende de informações de “Infovaticana”.
Esta é a primeira vez que um membro do clero católico recebe uma sentença de prisão desde a queda da Uniao Soviética e a tapeativa “independência” da Bielorrússia em 1991.
Na Bielorrússia, a luta contra a fidelidade à Igreja Católica se desenvolve num contexto de intensificação da repressão política, acentuada pela perspectiva de eleições presidenciais nas quais o ditador Lukashenko garantu um sétimo mandato, com clamorosas fraude, como de costume.
Segundo o Centro de Direitos Humanos de Viasna, o Pe. Akalatovich foi incluído na lista de 1.265 figuras políticas do país opostas ao regime putinista.
A organização denunciou que a sentença buscava intimidar os demais padres, que ouviam uma das poucas vozes críticas ao regime partindo do Pe. Akalatovich.
Ele ficou famoso por seus sermões críticos pronunciados em sua paróquia em Valozhyn, no oeste do país, e que adquiriram merecida repercussão no país.
O sacerdote foi detido em novembro de 2023. Acontecia que lhe fora diagnosticado câncer e passou por uma cirurgia, o que aumentou a preocupação geral sobre sua saúde na prisão.
Desde que foi detido pela polícia política que conserva o nome de KGB, modelada pelo sinistro homólogo de Moscou, ele ficou incomunicável, e as autoridades prisionais foram forçadas a armazenar as roupas e alimentos que seus admiradores lhe enviavam.
O porta-voz da Viasna, Pavel Sapelka, descreveu a sentença como uma tentativa de “silenciar e intimidar” dissidentes, especialmente em um momento crucial para o futuro político do país.
O Pe. Henrykh engrossou a legião dos dissidentes mártires que sofrem nas prisões putinistas.
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