domingo, 19 de abril de 2020

Culto a múmia de Lenine prejudica ficção da “morte do comunismo”

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








O cadáver embalsamado do ditador Vladimir Lenine que continua exposto na Praça Vermelha poderia ter acabado num cemitério comum, segundo anunciou em 2011 o “The Moscow Times” refletindo o sentimento de incontáveis russos que queriam virar uma página de sua história que ainda jorra sangue.

A supervivência do culto comunista soviético à múmia do sanguinário ditador atrapalhava a ficção de que o comunismo morreu.

A jogada da morte do comunismo ficou soando em falso desde que o fundador do comunismo soviétco continuou sendo tratado como ídolo na praça central da mais simbólica cidade do país.

Vladimir Medinsky, deputado pelo partido Rússia Unida do então todo-poderoso primeiro ministro e (ex-)agente da KGB Vladimir Putin, propôs que Vladimir Lenine fosse transferido para um túmulo comum.

Porém o dono do Kremlin Vladimir Putin quis que o ídolo da revolução bolchevista ficasse no mausoléu-relicário de Moscou. Ainda quando as vantagens políticas recomendariam tirá-lo do culto.

O pragmático revolucionário Lenine aconselharia a mesma saída. Mas, o Vladimir Putin mostrou um fanático culto à Revolução igualitária universal ainda maior!

O Mausoléu de Lenine está na Praça Vermelha, em Moscou, expondo o corpo do fundador da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, após cuidadosa restauração relativamente recente.

A construção consiste em um salão coberto por cinco blocos em formato piramidal nas cores vermelha e preta, representando o sangue e o luto.

Assim como o Túmulo do Soldado Desconhecido, o local é constantemente vigiado pelo batalhão presidencial, hoje devotado a Putin.


Um comentário:

  1. Na verdade, Putin prove o culto da múmia de Lenin:
    https://youtu.be/EFNvs0t8yvA

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