domingo, 1 de novembro de 2020

O Vaticano II não falou do comunismo porque combinado com Moscou

Card. Bea fez acordos garantindo a Moscou
o silêncio do Concílio
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O silêncio do Concílio Vaticano II a respeito do comunismo ‒ definido pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 1975 como “silêncio enigmático, desconcertante, espantoso e apocalipticamente trágico” ‒ permanece como uma incógnita capital para se compreender os inquietantes rumos do momento presente.

Antes de falecer, um prelado participante dessa magna assembleia, Dom Manoel Pestana Filho, bispo emérito de Anápolis (Goiás), reforçou o mistério daquele silêncio no congresso The Fatima Challenge Conference, realizado em Roma, no 7 de maio de 2010.

Suas palavras acrescentam preciosos elementos ao já importante, mas insuficiente, conjunto de dados que se têm sobre o “silêncio enigmático, desconcertante, espantoso e apocalipticamente trágico” do Vaticano II sobre o imenso perigo pastoral representado pelo igualitarismo radical do socialismo soviético.

Disse o prelado que foi Padre conciliar:

“Algo que me parece sempre incerto é a questão do Concílio Vaticano II. Na última sessão, da qual participei, uma comissão foi até a Irmã Lucia, em Coimbra, e eu lhe encaminhei uma pergunta por escrito.

D. Manoel Pestana e D. Francisco Canindé hasteiam bandeiras do Brasil e Vaticano
D. Manoel Pestana e D. Francisco Canindé
hasteiam bandeiras do Brasil e Vaticano
“Minha pergunta foi a seguinte: o terceiro segredo de Fátima tem alguma relação com o Concílio Vaticano II?

A Irmã Lucia respondeu — não a mim, mas a um padre que fora com a comissão — 'não estou autorizada a responder esta pergunta'. Isso é muito interessante. [...] é um sinal de alguma reserva no terceiro segredo e esta reserva tinha alguma relação com o Concílio Vaticano II. [...]

“Dentro do Concílio Vaticano II, não nas reuniões [N.R.: refere-se aos acordos de Metz, combinados nessa cidade francesa], foram feitos acordos com os representantes da Rússia para que não se falasse do comunismo, não se falasse de Rússia.

Cardeal Achille Lienart no Concílio Vaticano II
Cardeal Achille Lienart no Concílio Vaticano II

“Mas isso é o contrário da mensagem de Fátima. O centro da mensagem [...] era a Rússia, da qual virão grandes males para a Igreja e para o mundo.

“Mas fizeram um acordo. Ah sim! Porque havia bispos ortodoxos [para participar do Concílio].

“E nós sabemos hoje que muitos bispos não só na Rússia, mas na Polônia e outros lugares, para não terem obstáculos da parte do governo comunista, faziam vistas grossas a certas coisas.

“Por exemplo: nós sabemos que este escândalo ocorreu na Polônia de um arcebispo que fora nomeado e que no momento de tomar posse da diocese ele simplesmente disse: 

'Não, não posso tomar posse, porque encontraram um documento assinado por mim que me permitia sair da Polônia para estudar em Roma com a condição de colaborar com o governo sobre as coisas da Igreja que lhe interessavam'. Este é o problema. [...]

Observadores cismáticos supostos agentes da KGB chegam ao Concílio
Observadores cismáticos supostos agentes da KGB
chegam ao Concílio

“O arcebispo de Kiev, que era um homem que se aproximou muito de João Paulo I, na última audiência, morreu lá diante do Papa. 

“Ele não era ninguém menos que um chefe da KGB e era arcebispo de Kiev. Coronel da KGB. [...]

“É um trabalho de muito tempo de infiltração na Igreja Católica.

“E se pode dizer que também o fato de Judas fazer parte do colégio apostólico, não disse nada contra Cristo, e no último momento quis lhe trair: “amigo, a que vieste?”.”

 

 

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