domingo, 27 de agosto de 2017

Mais de dois milhões de russos
veneram as relíquias de São Nicolau de Bari

Surto de fervor por São Nicolau de Bari revela potencial de conversão do povo russo.
Surto de fervor por São Nicolau de Bari revela potencial de conversão do povo russo.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





Desde que as relíquias de São Nicolau de Bari foram expostas ao culto público, em virtude de um empréstimo temporário da Igreja Católica, mais de 1.807.600 de moscovitas foram venerá-las.

As filas em Moscou podiam demorar 10 horas para o fiel passar rapidamente, tocando ou beijando a sagrada urna, noticiou o jornal “The Washington Post”. 

Em São Petersburgo, segunda maior cidade russa, a contagem superava 340,000 enquanto prosseguiam as visitas com romeiros chegando de remotas cidades da imensa Rússia.

Essas manifestações maciças de devoção voltaram a patentear as tendências profundas – inimagináveis sem uma ação da graça – que trabalham o povo russo e o predispõem para o dia de sua conversão.

Vladimir Putin parece ter percebido esse horizonte – aliás, já previsto em Fátima – e fez uma adaptação do princípio atribuído a Lenine: como o comunismo gera necessariamente uma reação oposta, façamo-la nós antes que outros a façam.

“Antes que a Rússia se converta, dirijamos nós um pseudo retorno à religião”, parece dizer o Vladimir II (não Lenine, mas Putin). Para isso ele apela ao seu acólito: o Patriarcado de Moscou.

Foi este último que recebeu da Santa Sé as relíquias e as faz girar pela Rússia como se fosse propriedade dele, afastando o protagonismo católico.

domingo, 20 de agosto de 2017

Europa Oriental católica:
esperança para uma Europa Ocidental decaída

Guarda de honra polonesa na cerimônia inaugural do exercício Anaconda com tropas da NATO
Guarda de honra polonesa na cerimônia inaugural
do exercício Anaconda com tropas da NATO
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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Em discurso pronunciado diante de uma exultante multidão polonesa reunida em Varsóvia, o Presidente dos EUA, Donald Trump, descreveu a luta do Ocidente contra o “terrorismo islâmico radical” como forma de proteger “nossa civilização e nosso modo de vida”.

Trump perguntou: “Temos a necessária convicção de nossos valores a ponto de defendê-los a qualquer custo?

“Temos o devido respeito pelos nossos cidadãos a ponto de proteger nossas fronteiras?

“Temos o desejo e a coragem suficientes de defender a nossa civilização diante dos que querem subvertê-la e destruí-la?”.

A pergunta de Trump foi concebida para ter um eco positivo e ressoar na Europa Oriental, escreveu Giulio Meotti, editor cultural do jornal italiano Il Foglio.

Foi uma surpresa, um choque. Nossos jornais nem sequer conseguiram reagir. Alguns títulos mais avisados tripudiaram, mas inutilmente, observou Meotti.

Revide único e importante: alguns dias mais tarde, a União Europeia anunciou que começaria os procedimentos para punir a Polônia, a Hungria e a República Checa por se recusarem a aceitar migrantes.

Em resposta, Zoltan Balog, ministro de Recursos Humanos da Hungria, disse o seguinte, sobre o Islã e sua cultura religiosa trazida pelos migrantes:

“A Europa tem uma identidade diferente e é indubitável que as duas culturas não têm condições de coexistir sem conflitos”.

domingo, 13 de agosto de 2017

Exemplo ucraniano inspira resistência venezuelana

Afinidade das situações é muito grande
Afinidade das situações é muito grande
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





O documentário Winter on fire foi apresentado e discutido em várias universidades venezuelanas, públicas e privadas, provocando grande impacto entre os estudantes, hoje figuras centrais das marchas opositoras ao governo de Nicolás Maduro, informou “O Globo”.

Segundo declarou ao “Globo” Marcelino Bisbal, professor da Universidade Católica Andrés Bello (UCAB), os estudantes venezuelanos ficaram entusiasmados com o documentário.

Por quê? “Porque o exemplo da Ucrânia mostra que é possível mudar um país fazendo grandes esforços, como estão fazendo todos os venezuelanos”.

Esses grandes esforços envolvem o derramamento abundante de sangue – mais de 100 assassinados pelos esbirros chavistas – e um combate duríssimo no dia-a-dia nas ruas e praças do país

“Aqui já se fala no efeito Ucrânia, pela penetração deste documentário não somente nas universidades, mas também nos bairros, através de associações civis” — disse o professor da UCAB.

“Os jovens se sentem identificados com o exemplo ucraniano, porque aqui também eles são o motor da rebelião”.

domingo, 6 de agosto de 2017

Estátuas de Lenine vão parar em lixões e depósitos

A cabeça do monumento de Dnipropetrovsk foi doada ao Museu Histórico Nacional, mas acabou posta de lado
A cabeça do monumento de Dnipropetrovsk foi doada ao Museu Histórico Nacional,
mas acabou posta de lado
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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O fotógrafo suíço Niels Ackermann palmeou a Ucrânia durante três anos juntamente com o jornalista francês Sébastien Gobert de “Libération”.

Eles foram registrar que fim tiveram as inumeráveis estátuas de Lenine hoje desaparecidas dos locais públicos.

Sabia-se que elas haviam sido derrubadas durante o reerguimento do povo ucraniano contra o domínio russo representado pelo regime de Yanukovich (2010-2014).

Mas essa atitude em face das estátuas do tirano acentuou-se ainda mais após aplicação da lei de “desovietização”, de maio de 2015.

Pareceu uma viagem aos porões artísticos do inferno. Os resultados ficaram compilados no álbum “Procurando Lenine” (Looking for Lenin, ed. Noir sur Blanc, Montricher, Suíça, 2017, 176 p.).

Mas o álbum acabou mexendo em algo que ia além do registro fotográfico.