domingo, 27 de setembro de 2020

Belarus: queda de braço entre Putin e a NATO

Rússia testa armas em exercício militar na Bielorússia
Rússia testa armas em exercício militar na Bielorússia
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs









O movimento popular em andamento na Bielorrússia quer o país inclinado para a Europa.

Mas os europeus que enchem a boca com “direitos humanos” e outras tiradas abstratas herdadas da Revolução Francesa, percebem que essa aproximação encolerizaria o patrão do Kremlin e se encolhem.

Embora tremendo, os líderes dos vinte e sete países da União Europeia – UE tiveram que desconhecer a autenticidade do resultado das eleições presidenciais.

Porém, o ditador Alexandr Lukashenko ficou bem sentado em sua poltrona, aliás usurpada, sabendo como as palavras da UE são ocas quando o comunismo ou o socialismo estão em jogo.

A UE se limita discursos protocolares sem tirar as consequências políticas e econômicas impostas pela farsa eleitoral e pela repressão dos protestos. Se isso fosse feito num regime como dos czares a tiraria dos gonzos democráticos que diz ter.

domingo, 20 de setembro de 2020

Bielorrússia na orla do precipício

Pedem democracia e honestidade eleitoral e recebem pauladas. Divulgação
Pedem democracia e honestidade eleitoral e recebem pauladas. Divulgação
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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Alexander Lukashenko ditador do regime comunista bielorrusso que prolonga a URSS se formou na liderança de uma fazenda coletiva, segundo editorial do “Le Monde”. Aliás num kolhoz equivalente aos assentamentos do MST

Seu tirânico reinado supremo sobre o país já atingiu vinte e seis anos conservando o esquema marxista-leninista.

Em agosto, “o último ditador da Europa” foi reeleito com 80,2% dos votos numa “nova farsa eleitoral”, segundo o jornal francês que, embora seja caixa de ressonância do socialismo, nessa ocasião acompanhou as críticas da mídia mundial.

A oponente Svetlana Tsikhanovskaya atraiu imensas multidões nos atos eleitorais, mas no cômputo oficial apareceu com apenas 9,9% dos votos.

A população acha que ela obteve realmente a maioria.

Desde aquele dia, dezenas de milhares de manifestantes protestam nas ruas de modo pacífico. Mas foram recebidos com violência boçal e inesperada pela polícia de choque em Minsk e 20 outras cidades do país.

domingo, 13 de setembro de 2020

Cérebro da dopagem russa:
“não se pode confiar em Putin”

Putin observa em Sochi se o doping está dando medalhas
Putin observa em Sochi se o doping está dando medalhas
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Grigory Rodchenkov [pseudônimo para evitar represálias] vive oculto nos EUA há cinco anos. Correndo o risco de revelar sua verdadeira identidade ele gravou em vídeo uma entrevista a The Associated Press. Nessa, o químico revelou o esquema usado pela Rússia para fraudar os controles antidoping nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi 2014.

“São minhas medidas de segurança porque estou no risco físico de ser assassinado, disse. “E quero viver”.

Grigory Rodchenkov foi diretor do laboratório nacional antidopagem da Rússia, suspenso pela Agência Mundial Antidopagem (WADA) em 2015 pelo elaborado programa de doping patrocinado pelo Estado da Rússia. 

Ele ajudou a desenvolver e distribuir substâncias proibidas para melhorar o desempenho de milhares de estrelas do esporte russas de 2005 a 2015.

As provas apresentadas por Grigory fizeram da Rússia de Vladimir Putin o suspeito nº1 no mundo esportivo internacional, e as informações do laboratório que já teve em Moscou continuam sendo válidas na análise dos atletas russos.

“Putin separa a oposição em dois grupos: os inimigos e os traidores”, explicou o químico para fazer sentir o regime de repressão que pesa sobre ele sobre o país.
“Eu entrei na categoria dos traidores onde todos devem ser supressos e mortos. Não há dúvida alguma: ele me quer morto”.

domingo, 6 de setembro de 2020

Putin e a Bielorússia:
“a Rússia não tem fronteira alguma”

Manifestações populares contra ditador da Bielorússia, ameaçam império de Putin
Manifestações populares contra ditador da Bielorrússia,
ameaçam império de Putin
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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política internacional,
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Foi há apenas quatro anos, mas a lembrança até hoje orienta os espíritos previsores, vendo sobretudo a indignação do povo bielo-russo diante do que considera uma grosseira fraude eleitoral do ditador Aleksandr Lukashenko, lugar-tenente de Putin.

Putin não quer ver reproduzido na Bielorrússia a brilhante reação ucraniana que teve seu centro na Praça Maidan de Kiev e derrubou o presidente pro russo Viktor Yanukovytch, outro serviçal de Moscou que acabou fugindo à Rússia. 

Putin puniu a Ucrânia com a ocupação ilegal da Crimeia e a invasão do leste ucraniano.

O fato que evocamos aconteceu quando o pequeno Miroslav, de nove anos, galardoado pela Sociedade de Geografia Russa pelo fato de decorar todos os limites dos países do mundo, foi levado ante o todo-poderoso presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Este se pôs de cócoras ante o menino e diante de um auditório lhe perguntou onde acabavam as fronteiras da Rússia.

A criança se encheu de coragem e respondeu:

– A Rússia termina no Estreito de Bering, na fronteira com os Estados Unidos.