Francisco I beija chefe cismático russo no aeroporto de Havana |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O que visa o patriarca Kirill com sua manobra de aproximação do Papa Francisco?
O súbito e “milagroso” gesto do líder moscovita, empurrado por trás e por cima pelo seu patrão Vladimir Putin, foi repentino demais para não deixar de levantar agudas perguntas, logo depois do desconcertante encontro de Havana.
Alguns chegaram a supor a realização de obscuras profecias apocalípticas, inclusive de místicos cismáticos como Nicolai Berdaiev, sobre uma reconciliação das religiões monoteístas na iminência do Fim do Mundo e da segunda vinda de Cristo em pompa e majestade para encerrar a História e julgar vivos e mortos.
Mas, pondo de lado essas aplicações fantasiosas para o presente caso, o que se passou em Moscou para adoçar tão repentinamente a beligerância cismática contra Roma, vigente durante séculos?
O comentador nacionalista russo Yegor Kholmogorov, conhecido pelos seus posicionamentos afins com gestos gritantes de Putin, apresentou considerações muito mais próximas dos interesses do Kremlin. Elas foram reproduzidas pela agência EuromaidanPress.