domingo, 29 de maio de 2022

A guerra de fakes russas

Putin nega fazer a guerra contra a Ucrânia quando a faz com ferocidade inaudita
Putin nega fazer a guerra contra a Ucrânia quando a faz com ferocidade inaudita
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








“Toda a história humana é a história da arte de enganar”, instruiu o general Alexander Vladimirov apresentando seu livro 'Teoria Geral da Guerra' numa escola de cadetes em Moscou. (Russian International Affaires Council. Moscou 15-04-2014)

Ele é vice-presidente do Colégio de Especialistas Militares da Rússia e um mestre na técnica de iludir no noticiário e nas ações da guerra.

Em russo é a “maskirovka”, ou “pequeno baile de máscaras”, em Ocidente se usa “guerra psicológica”, de “guerra da informação”, e os mais modernos “fake news” e “guerra híbrida”.

A Crimeia foi invadida por “pequenos homens verdes” desarmados e sem insígnias trazidos em caminhões militares sem identificação.

A evidência era de soldados russos, mas a mídia ocidental insistia em não saber de onde vinham.

domingo, 22 de maio de 2022

A invasão da Ucrânia à luz das profecias e de Revolução e Contra-Revolução








Belo Horizonte — O Núcleo do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira da capital mineira promoveu, como de costume, no terceiro domingo de maio mais uma conferência de formação para seus amigos e simpatizantes.

Conhecido analista de política internacional, o Sr Luis Dufaur foi convidado a expor sobre a invasão da Ucrânia tratando dos fatos atuais, suas repercussões na opinião pública e à luz da profecia de Fátima e das previsões do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira.

Essa programação, sempre precedida da assistência à Santa Missa tridentina às 8,00 horas, depois da qual os participantes se dirigem à Sede social do Instituto, onde graças à colaboração de todos é servido um lanche, ocasião para animadas conversas.

Fora das rotas batidas


Longe das abordagens convencionais sobre o tema, a conferência de Luis Dufaur focalizou um breve histórico da Ucrânia, sua conversão iniciada no século X, e a sua evangelização perturbada primeiramente pelo Cisma do Oriente e a Revolução Bolchevista no século XX.

domingo, 15 de maio de 2022

A sombra de Putin numa França insatisfeita com a classe política

Emmanuel Macron encarnou um europeísmo que os franceses não desejam
Emmanuel Macron encarnou um europeismo que os franceses não desejam
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







“Entre a cólera e a peste”: assim a terceira cidade francesa, Marselha, percebeu a opção entre os candidatos presidenciais Macron e Le Pen, refletindo uma sensação difusa no país.

Os jovens eleitores pensavam “nem um nem outro". Nem Le Pen nem Macron. Em Paris, os estudantes universitários assumiram o lema de “Ni” sem o menor entusiasmo.

“Não tenho escolha a não ser votar em Macron”, sintetizou um jovem eleitor. Alguns votaram no comunista Mélenchon para cortar o caminho de Le Pen. E depois votaram em Macron para parar Le Pen, mas não acharam um candidato que os representasse.

Nesta eleição os partidos tradicionais, conservadores ou socialistas, saíram pulverizados, comentou “Clarín”.

Mais uma sombra repudiada pela maioria dos franceses aumentou a repulsa dos candidatos da extrema direita e da extrema esquerda que lidavam pelo segundo lugar na primeira volta: a dos crimes de Vladimir Putin na Ucrânia.

quinta-feira, 12 de maio de 2022

Chantagem russa do gasoduto Yamal foi prevista no Brasil há 40 anos!

Rússia cortou o gás para a Europa via gasoduto Yamal
Rússia cortou o gás para a Europa via gasoduto Yamal
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






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A empresa russa Gazprom fechou o gasoduto que passa pela Polônia rumo a Europa, em represália contra as sanções da União Europeia e do G7, que querem reduzir ao mínimo sua dependência da Rússia que se tem mostrado um parceiro não confiável e até criminoso na invasão da Ucrânia, noticiou “El Mundo”.

A gigante Gazprom manifestou em comunicado colhido pela AFP, que sua decisão “significa a proibição de usar um gasoduto pertencente ao grupo EuRoPol GAZ [responsável pela parte polonesa do gasoduto Yamal-Europa] para transportar gás russo via Polônia”.

O governo de Putin puniu mais de 30 empresas da UE, EUA e Singapura. Entre eles, a mais decisiva EuRoPol GAZ S.A., proprietária da parte polonesa do gasoduto Yamal-Europa.

No mesmo dia, o ministro alemão da Energia, Robert Habeck, acusou a Rússia de usar a energia como “uma arma de várias maneiras”. O corte é sensível para quatro países, e a Alemanha é a mais prejudicada.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, exortou a UE a reduzir sua dependência energética da Rússia.

“O oxigênio energético da Rússia deve ser desconectado”, disse Kuleba em entrevista coletiva. “A Rússia mostrou que não é um parceiro confiável”, acrescentou.

A perspectiva é que se os preços aumentarem não drasticamente, os europeus terão que apertar o cinto.

Percurso do gasoduto Yamal
Percurso do gasoduto Yamal
Mas se Moscou fechar completamente, haverá racionamento forçado, uma redução significativa do fornecimento e até um teto geral em todo o continente, concluiu a Comissão Europeia, órgão máximo da EU, acrescentou “El Mundo”.

A UE estuda mais sanções ao petróleo russo antes do final do ano e a Rússia responde com punições contra empresas europeias.

O corte do gasoduto Yamal direcionado à Alemanha através da Polônia, fez os preços futuros disparar a mais de quatro vezes o preço de um ano atrás.

Se a Rússia cortar completamente os envios, o efeito será brutal para a Europa e sua economia e não haverá escolha a não ser o racionamento.

Acresce que Bruxelas está tentando aplicar imprudentes ideias de transição verde e de eficiência energética que vão lhe limitar as fontes de energia atuais.

A UE diz que tem planos nacionais de emergência e instou os estados membros a atualizarem os seus planos de contingência. Leia-se se preparem até para um racionamento.

A urgência é ter os depósitos cheios para os próximos outono e inverno que no hemisfério norte começam a partir de 21 de setembro.

Em caso de racionamento, Bruxelas apela ao “princípio da solidariedade” visando ajudar os estados membros mais afetados, reduzindo o consumo das empresas.

Putin inspecciona o gasoduto Yamal
Putin inspeciona o gasoduto Yamal
O problema é que essa solidariedade vem faltando
nas relações entre os membros da UE, com muitas resistências populares às normas de Bruxelas.

A Comissão Europeia sabe que a decisão final é dos governos nacionais. Mas esse cada vez se afastam mais do sentimento popular e não se sabe o que aconteceria se o estrangulamento for máximo.

O downsizing da indústria será aplaudido pelas minorias ecologistas que reclamam planos para “lockdowns climáticos” com drásticas reduções de atividade industrial, do consumo e até das liberdades e uma queda geral do nível de vida.

Mas poderiam produzir contra-reações populares, como disse britanicamente Lord Lipsey em debate da Câmara dos Lords: “se apresentássemos este relatório ao povo britânico, ele seria recebido: ‘Oh, você não pode estar falando sério’”.

Mas o problema é sério: a Rússia está usando o gás e o petróleo como um bandido inescrupuloso usa uma arma de grosso calibre.

Em caso de emergência máxima, as discussões entre os países da UE podem rumar para o pior cenário.

Até o outono e o inverno europeus haverá alguma calma, mas chegando o frio não só o aumento do preço do gás causará atritos imprevisíveis.

Percurso do gasoduto Yamal Europa e outros gasodutos
Percurso do gasoduto Yamal Europa e outros gasodutos
“A menos que seja acompanhado de um corte notável” no consumo, observa a UE. Mas isso enche de terror aos governantes e pode fazer explodir bombas sociais que as redes sub-reptícias de subversão russa não deixarão escapar. 

Já Putin insinuou os desmandos que poderiam acontecer no coração da Europa, até agora tão ordenada.

O corte russo criou um horizonte escuro de dúvidas no continente e fez esfregar as mãos de muito agente da FSB (ex-KGB) em Moscou.

O perigo de ficar sem gás no mercado é real, conclui “El Mundo”.

O mais paradoxal é que os perigos da chantagem energética russa puderam ser evitados na base e na própria origem do gasoduto Yamal hoje em foco.

E foi um brasileiro, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira que advertiu na “Folha de S.Paulo” em 24/10/1982.

Quarenta anos antes de esta chantagem se efetivar!

Eis um excerto do profético artigo:
Confira também: Dutos russos fazem hoje o que os tanques soviéticos faziam ontem

Para a corda de aço, escravos


Sirvo-me da documentação exuberante coletada pela analista política norte-americana dra. Juliana G. Pilon, Ph. D., que a benemérita The Heritage Foudation, de Washington, publicou há pouco (16-9-82).

Trata-se de um estudo sobre a construção do gasoduto de Yamal, imensa corda de aço na qual Moscou pretende enforcar tanto a Europa oriental quanto a ocidental.

Pois tornará uma e outra dependentes do gás soviético para enfrentar os rigores do inverno.

O projeto Yamal será um dos maiores empreendimentos da Rússia. Custará cerca de 45 bilhões de dólares, e será financiado em sua maior parte com créditos ocidentais a juros baixos.

Alguns desses créditos têm juros de apenas 7,5% (cfr. depoimento do especialista Roger W. Robinson, do Chase Manhattan Bank, in “Congressional Record”, vol. 128, n.° 65, de 25-5-82).

Alcançando por vezes o frio na Sibéria 50 graus abaixo de zero, compreende-se que o Kremlin não tenha conseguido preencher com trabalhadores livres grande parte dos empregos que a realização do projeto acarreta.

As estatísticas oficiais da Rússia calculam em cerca de dois milhões os empregos não preenchidos na Sibéria.

Considerando que há mais ainda a preencher nos outros ramos da construção pesada em território soviético, torna-se necessário o trabalho escravo nas obras que se realizam na Sibéria.

Daí ter havido um encontro entre Brejnev e o chefe comunista vietnamita Le Duan.

Do que resultou que o Vietnã pagaria suas dívidas para com o bloco soviético não com dinheiro, mas com trabalho escravo (cfr. “Foreign Report” da revista "The Economist" de 17-9-82).

Confira o original no ACERVO DA FOLHA DE S.PAULO. Ou em PLINICORREADEOLIVEIRA.INFO


Gazprom corta fornecimento de gás à Europa através da Polônia (agência EFE)



segunda-feira, 2 de maio de 2022

Putin expurga alucinado pela cirurgia, fracassos militares e a ambição dos oligarcas

Putin alucinado pela cirurgia, fracassos militares e a ambição dos oligarcas, Captura
Putin alucinado pela cirurgia, fracassos militares e a ambição dos oligarcas, Captura
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
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Em março, o presidente Vladimir Putin apelou a um dos piores recursos dos ditadores que sentem sua tirania em crise: ameaçou limpar Rússia de uma “escória de traidores” que trabalharia secretamente para os EUA e seus aliados ocidentais, informou “Clarín”.

As notícias da guerra já eram desastrosas e as críticas em voz baixa no círculo íntimo do ditador do Kremlin e do Exército chegaram à espionagem interna do regime.

O líder russo fingia não dar importância ao colapso econômico, mas agora acusou o Ocidente com tons sombrios porque quereria destruir Rússia.

Putin inicia expurgo da cúpula moscovita


O povo russo será capaz de distinguir patriotas da escória e dos traidores e cuspi-los como um mosquito que acidentalmente voou em suas bocas”, disse.