domingo, 24 de dezembro de 2023

Santo Natal e Feliz Ano Novo ! Pela salvação da Ucrânia e pela conversão da Rússia



Natal nas trincheiras da Ucrânia martirizada pelo invasor russo
Natal nas trincheiras da Ucrânia martirizada pelo invasor russo

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs

domingo, 3 de dezembro de 2023

Batalhões de extermínio de russos sob Putin

Ex-soldados dos 'Storm Z' revelaram o trato criminoso de seus chefes
Ex-soldados dos 'Storm Z' revelaram o trato criminoso de seus chefes.
Na foto: prisioneiro russo fala
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Centenas de presos militares e civis foram incorporados em unidades penais russas conhecidas como esquadrões “Storm Z” (Tempestade Z) enviados propositalmente para morrer nas frentes na Ucrânia.

Assim revelaram 13 pessoas familiarizadas com o assunto, incluindo cinco combatentes dessas unidades, narrou relatório publicado por “La Nación”.

Os esquadrões “Storm Z” são empurrados para a primeira linha de fogo sem treinamento nem armamento adequado e poucos sobrevivem para contar o que lhes aconteceu.

Este método de punição foi instituído pelo cruel Stalin para suprimir dissidentes, soldados insubordinados e presos das cárceres.

“Os combatentes das tropas de assalto nada mais são do que carne”, declarou acabrunhado um soldado regular da unidade 40318 do Exército russo que é médico.

Ele foi destacado em maio e junho de 2023 perto da disputada cidade de Bakhmut, onde teriam morrido milhares de soldados russos em condições espantosas.

O militar disse ter prestado tratamentos médicos a um grupo de seis ou sete combatentes da “Storm Z” feridos no campo de batalha.

'Sorm Z' são enviados ao 'moedor de carne'
'Sorm Z' são enviados ao 'moedor de carne'
Por causa disso, desobedeceu ordem de um comandante – cujo nome não sabia – de os abandonar para morrerem desesperados.


Ele contou que a ordem do comandante mostrava que os oficiais consideravam os combatentes da unidade “Storm Z” como subhomens de menor valor do que as seres comuns.

O soldado, que pediu anonimato porque temia ser processado na Rússia por falar do caso, tinha pena dos feridos.

“Se os comandantes pegam alguém com cheiro de álcool no hálito, eles imediatamente o enviam para os esquadrões Storm”.

Mas o álcool é um vício generalizado na Rússia, e é reforçado pelas condições calamitosas em que vivem os soldados enviados a invadir um país que não conhecem e até simpatizam com ele.

A Reuters procurou um oficial da unidade 40318, mas esse se recusou a comentar as práticas da “Storm Z”. O Kremlin desviou as perguntas da Reuters para o Ministério da Defesa russo, que não respondeu.

A mídia russa controlada pelo Estado reconhece a existência de esquadrões “Storm Z”, mas oculta as baixas que sofrem, particularmente importantes pelo seu caráter de “unidades de extermínio” dos indesejados na Rússia.

A agência de notícias Reuters foi a primeira a compilar um relatório abrangente sobre como os esquadrões são formados e mobilizados.

Soldados de 'Storm Z' não querem ir ao combate
Soldados de 'Storm Z' não querem ir ao combate
A Reuters coletou os dados depois de falar com muitas fontes com conhecimento direto do que está acontecendo nas fileiras russas.

Outras 13 pessoas entrevistadas – incluindo quatro familiares de integrantes das unidades e três militares regulares que interagiam com os esquadrões – solicitaram anonimato, por medo de represálias.

A Reuters verificou as identidades de todos os combatentes envolvidos usando antecedentes criminais, contas de redes sociais e conversou com seus colegas militares e suas famílias.

Putin continua com as práticas inumanas ditadas por Stalin, de quem é declarado admirador, ainda quando seus agentes de propaganda o apresentam no Ocidente como um líder mundial conservador, pela vida, pela família e pelo bem da humanidade.



domingo, 26 de novembro de 2023

“Guerra híbrida” da Rússia usando migrantes

Finlândia fecha fronteiras a asiáticos e norteafricanos usados como massa de invasão pela Rússia
Finlândia fecha fronteiras a asiáticos e norteafricanos usados como massa de invasão pela Rússia
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A Finlândia fechou quase todos seus pontos fronteiriços com a Rússia acusando Moscou de tentar desestabilizar o país ao permitir que migrantes indocumentados atravessassem a fronteira, noticiou “Yahoo!Actualités”.

A Finlândia partilha uma fronteira de 1.340 km com a Rússia e assiste a um afluxo de migrantes isentos de visto por Moscou.

O estranho é que essas ondas migratórias provêm do Médio Oriente e de África, particularmente do Iraque, da Somália e do Iêmen, e teriam sido encaminhadas pelo Kremlin como parte de uma “guerra híbrida”.

“O governo tomou a decisão de fechar os pontos de passagem de Vaalimaa, Nuijamaa, Imatra e Niirala”, disse a ministra do Interior finlandesa, Mari Rantanen.

Como africanos e meio-orientais teriam atravessado a imensa distância saindo de regiões quentes para fronteiras geladas sem um estimulo e apoio material do governo russo?

O encerramento de quatro pontos da fronteira no sudeste deixa aberto apenas uma passagem muito a norte. Ele deveria continuar até 18 de fevereiro de 2024, com o estudo dos pedidos de asilo concentrado em dois centros, mas a data foi adiantada para dezembro 2023.

Migrantes asiáticos e norteafricanos querem entrar na Finlândia vindos da Rússia
Migrantes asiáticos e norteafricanos querem entrar na Finlândia vindos da Rússia
O governo finlandês suspeita que Moscou tenta desestabilizar o país porque aderiu a NATO em abril 2023.

Preparamo-nos para diferentes tipos de ações, atos maliciosos por parte da Rússia, por isso a situação não é uma surpresa”, disse o primeiro-ministro Petteri Orpo.

“Queremos que este fenômeno pare, queremos que a atividade fronteiriça volte ao normal”, acrescentou. “Se a situação se espalhar para outros pontos de passagem e se tornar mais difícil, tomaremos as medidas necessárias”.

“Este desenvolvimento negativo dos acontecimentos levará naturalmente a medidas retaliatórias”, respondeu o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

Trata-se do surgimento de novas divisões na Europa que não resolvem nada, mas levantam novas questões problemáticas”, disse a porta-voz Maria Zakharova, à agência Tass.

Para Henri Vanhanen, investigador do Instituto Finlandês de Assuntos Internacionais, “a Finlândia envia a mensagem à Rússia de ter a coragem política de tomar medidas adicionais se necessário”.

O Kremlin prometeu tomar “contramedidas” após a adesão da Finlândia a NATO, qualificando a expansão da aliança ocidental como um “ataque à segurança” da Rússia.

Estônia montou um plano para deter a imigração de massa ilegal empurrada pela Rússia
Estônia tem plano para conter
a imigração de massa ilegal empurrada pela Rússia
O alcance destas contramedidas “é limitado apenas pela imaginação”, disse o finlandês Vanhanen à agência AFP, citando ações de desinformação, ameaças de desastres ambientais ou obstáculos à liberdade de circulação no Mar Báltico.

“Esse tipo de ações maliciosas, que permanecem abaixo do limiar da guerra, são aplicadas onde funcionam”, explicou o especialista. É uma guerra camuflada – a famosa “guerra híbrida” – posta em prática por Moscou.

Cerca de 280 requerentes de asilo apresentaram-se na fronteira russo-finlandesa desde setembro, segundo a guarda costeira, mas “os números não são o problema”, observou o ministro do Interior.

“Este é um caso em que temos indicações e informações de que as pessoas estão a ser manipuladas para entrar na Finlândia", disse ele.

A vizinha Noruega, que tem um posto fronteiriço com a Rússia no extremo norte, disse, através da sua ministra da Justiça, Emilie Enger Mehl, que está pronta para fechar a sua fronteira “se necessário, num curto espaço de tempo”.

Estônia monta obstáculos à 'guerra híbrida' com a imigração ilegal feita pela Rússia
Estônia monta obstáculos à 'guerra híbrida' com a imigração ilegal feita pela Rússia
Durante a crise migratória de 2015, milhares de migrantes isentos de visto cruzaram a fronteira entre a Rússia e a Noruega de bicicleta.

O influxo foi visto pelos especialistas como uma tentativa de desestabilização enquanto, do lado russo, é difícil entrar na zona fronteiriça, vigiada de perto pelo FSB (Segurança do Estado Russo), sem autorização.

Por sua vez, o ministro do Interior da Estônia acusou a Rússia de promover uma “manobra de ataque híbrido” enviando migrantes para o seu território, noticiou “Le Monde”.

A declaração teve lugar após cerca de trinta migrantes, principalmente da Somália e da Síria, tentar entrar na Estônia através do ponto de passagem de Narva, na fronteira com a Rússia. Todos foram rejeitados.

Polícia polonesa bloqueia migrantes usados como armas de 'guerra híbrida'
Polícia polonesa bloqueia migrantes usados como armas de 'guerra híbrida'
A Estônia está pronta para fechar as suas fronteiras se “a pressão migratória da Rússia se intensificar”, disse um porta-voz do ministro, Lauri Läänemets.

“Infelizmente, há muitos sinais de envolvimento de agentes e talvez outras agências fronteiriças russos”, disse. E acrescentou:

“Francamente, a atual pressão migratória na fronteira oriental da Europa é uma manobra de ataque híbrido”.

A agência Reuters pediu esclarecimentos às autoridades russas nas não recebeu resposta.

A situação na fronteira entre a Estônia e a Rússia é “semelhante” à enfrentada pela Letônia e pela Lituânia nas suas fronteiras com a Bielorrússia, acrescentou o ministro do Interior estônio.

Migrantes asiáticos e norteafricanos trazidos pela Bielorussia tentam pular a fronteira da Polônia
Migrantes asiáticos e norteafricanos trazidos pela Bielorussia tentam pular a fronteira da Polônia
Crise de maiores proporções já estourara na fronteira da Polônia, mas a pressão cessou após Varsóvia mostrar a firme determinação de não se deixar invadir pelos “migrantes” teleguiados.

Esses países bálticos e a Polônia acusam a Bielorrússia de ter estimulado a passagem de milhares de migrantes do Médio Oriente e de África desde 2021.

Os casos em curso no norte europeu levantam suspeitas sobre uma mão russa nos fluxos norteafricanos para a Europa através do Mediterrâneo.



"Guerra híbrida nas fronteiras da Finlândia




domingo, 19 de novembro de 2023

Má compra: helicópteros russos não conseguem voar

Helicópteros foram comprados da Rússua por simpatia ideológica e agora não funcionam mais
Helicópteros foram comprados da Rússia por simpatia ideológica
e agora não funcionam mais
Luis Dufaur
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O populismo esquerdista argentino fez tudo para fortalecer as relações com a ditadura de Putin, e entre outras coisas, lhe comprou helicópteros Mi-171E que prometiam serem máquinas fortes e versáteis para a Antártica, mas que hoje não servem nem para canibalizar como peças sobressalentes, relatou “Clarín”.

Em 2016 o governo de Mauricio Macri, oposto ao anterior, pensou comprar mais helicópteros da Rússia, mas fugiu do preço de 10 milhões de dólares cada.

Os aparelhos não voam há três anos e um foi desmontado em 2021. Em 2022 o outro ainda era ligado para que seu motor não expirasse embora inutilizável. Eles substituíram helicópteros Chinooks e Bells dos EUA movidos pelo caráter simbólico-ideológico pró-russo do contrato.

A Argentina pensou em desmontar os helicópteros e levar motores, hélices, pás e outras peças para a Rússia, mas tudo parou numa imensa burocracia e o vizinho não pagou pela impossibilidade de encontrar interlocutores na Rússia.

Washington aprovou a transferência de 24 aeronaves F-16 em uso pela Dinamarca e mais 4 aviões P-3C Orion, em uso pela Noruega, mas o governo argentino esquerdista está atrasando a compra porque desejaria adquirir JF 17 Thunder chineses nada confiáveis, mas de procedência comunista.

O nacionalismo argentino lulochavista não quer qualquer cooperação sensível com os EUA, nem mesmo quando esse é governado por uma administração esquerdista como a de Biden.



domingo, 12 de novembro de 2023

“Batalhão Siberiano”: cansados de Putin se alistam pela Ucrânia

Batalhão Siberiano: mais uma unidade combatente contra Putin
Batalhão Siberiano: mais uma unidade combatente contra Putin
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Cerca de cinquenta russos conhecidos agora como “Batalhão Siberiano” se juntaram ao Exército ucraniano para combater contra o regime de Vladimir Putin, de quem estão fartos, escreveu “Folha de S.Paulo”.

A guerra na Ucrânia já atraiu voluntários estrangeiros de todos os cantos do mundo, entre eles brasileiros e sulamericanos.

A maioria deles ingressou na Legião Internacional, da qual o “Batalhão Siberiano” faz parte.

Os homens do novo da nova unidade de combate não querem revelar seus nomes verdadeiros por razoes óbvias, mas inclui russos de outras procedências, opositores do governo de Moscou além dos membros pertencentes a grupos étnicos da Sibéria.

O “Batalhão Siberiano” constitui pelo menos a terceira unidade russa que luta do lado da Ucrânia.

Batalhão Siberiano: russos não querem saber mais de Putin
Batalhão Siberiano: russos não querem saber mais de Putin
Outras duas fizeram incursões no território russo: o Corpo de Voluntários Russos e a Legião da Liberdade da Rússia.

Sob anonimato, o porta-voz da Legião Internacional indica que os voluntários vêm em pequenos grupos e outros sozinhos.

O assistente médico “Grecha” que nasceu na Crimeia e viveu quase toda a sua vida em Moscou, explica:

“Devemos libertar a Ucrânia, atualmente, na Rússia existe uma ditadura. o Estado concede cada vez menos liberdades”, diz.

O Batalhão Imperiaal Siberiano combateu pela monarquia contra a Revolução Bolchevista
O Batalhão Imperial Siberiano combateu pela monarquia
contra a Revolução Bolchevista
Ele passou por países que não exigem vistos dos russos e fundou a organização Conselho Cívico, que recruta para o “Batalhão Siberiano”, em Varsóvia.

“Grecha” e sua esposa, puderam afinal, entrar na Ucrânia: “um dia maravilhoso me escreveram [...] nos deram um itinerário e foi assim que entramos”, diz.


“Chved” deixou a Rússia há mais de dez anos “devido à perseguição política” e vive na Suécia desde 2011.

“Participei durante muito tempo em ações antigovernamentais e anti-Putin e fui forçado a emigrar”, conta ele.

O ativista anti-Kremlin Ildar Dadin, que luta em outra unidade, diz que “nesta guerra, a Ucrânia está do lado da liberdade do povo”.

“O que temos de fazer agora é derrotar a Rússia de Putin”, afirma, esperando desencadear uma mudança política em seu país e em Belarus.

“E para isso precisamos da vitória da Ucrânia”, concluiu.




domingo, 5 de novembro de 2023

A Rússia desabando puxará a desintegração universal?

Morbosa tendência artística explora como ficaria Moscou após uma crise apocaliptica. (by_myjavier).
Tendência artística explora como ficaria Moscou após uma crise apocalíptica.
(by_myjavier).
Luis Dufaur
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continuação do post anterior: balcanização da Rússia: um perigo maior


A falta de noticias dos mortos ou desaparecidos na “operação especial” na Ucrânia que deveria durar apenas três dias, após meses de desinformação oficial movimentou grupos de mães, esposas ou filhas que apelaram a Putin nas redes sociais russas por notícias dos desaparecidos.

Quando o exército devolvia algum cadáver era num saco lacrado sem explicações.

Multiplicaram-se então os protestos civis nas grandes cidades com repressão policial violenta.

Em quartéis em toda a Rússia e na própria Ucrânia, generalizaram-se os motins.

Os recrutados não recebem armas, ou armamentos que têm inscritos que foram para a guerra do Afeganistão, muitas vezes enferrujadas ou culatras de madeira podres.

Os recrutados precisam comprar fardas e equipamentos no mercado negro, muitas vezes dominado por oficiais corruptos.

Falta alimento e água em quartéis e no front. Houve o caso de soldados que foram mandados combater sem sapatos, e até sem fuzis que tinham que procurar pelo campo.

Nas capitais, a falta de comida gerou cenas como no auge da crise da Venezuela com populares miserabilizados brigando pelo lixo e prateleiras vazias nos supermercados.

As perdas de homens giram por volta de 300.000 mortos, desaparecidos, prisioneiros ou incapacitados. O governo putinista não fornece qualquer cifra crível.

Para o Kremlin o fim do mundo é preferível a perder a guerra
Para o Kremlin o fim do mundo é preferível a perder a guerra
Especula-se perdidos entre 2.000 e 4.000 os tanques e por volta de 10.000 os veículos blindados, canhões autopropulsados, caminhões etc.

Resultado: a Rússia está canibalizando tanques dos anos 50 guardados em depósitos, de uma eficácia contestável.

Os tanquistas dessas antiguidades chegam a enchê-las de explosivos, as jogam contra as posições ucranianas e pulam fora.

A Ucrânia, sem marinha de guerra, afundou por volta de 20 vasos de guerra russos, inclusive a nau capitania da frota, o Mokba, última palavra de tecnologia russa de recente posta a novo.

A Marinha da foice e do martelo, seu símbolo ainda, tirou seus melhores navios da grande base de Sebastopol onde estavam sendo dizimados por mísseis e bombas inteligentes.

Alguns navios irrecuperáveis foram canibalizados e seus canhões foram instalados sobre blindados sem torres em heterogênea e risível mistura andando sobre terra.

Os mandou para portos russos mais longínquos, mas mesmo assim foram atingidos nos portos russos do Mar Negro.

O último grupo que assim saiu devia ser protegido por um patrulheiro de alto mar da mais recente geração. Mas o moderno navio protetor bateu numa mina flutuante russa e afundou.

Propaganda da TV russa conta os segundos que demorariam os mísseis atómicos para atingir Berlim, Paris e Londres sem sobreviventes
Propaganda da TV russa conta os segundos que demorariam os mísseis atômicos
para atingir Berlim, Paris e Londres sem sobreviventes
A sede do comando naval em Sebastopol foi atingida por bombas inteligentes de fabricação britânica: o comandante naval supremo teria falecido além de 24 outros altos oficiais.

Apenas com esses dados, aliás só parciais, não é difícil compreender o desanimo e a revolta que tomou conta das fileiras militares russas.

Se compreende também que o motim de Prigozhin com sua milícia Wagner recrutada nas prisões russas (teria chegado a ter 50.000 homens, 20.000 dos quais mortos ou desaparecidos) tenha sido apoiada por generais do exército regular..

Vários generais e altos mandos russos, até alguns tidos como heróis de guerra, foram mortos ou destituídos, incluído o mais famoso general Popov e dois comandantes supremos da guerra na Ucrânia, o último o “general do Apocalipse”, Surovikhin, assim apelidado pela sua crueldade. Só de recente foi nomeado seu sucessor no comando.

O próprio Prigozhin, também tido como caudilho militar de muita liderança, a quem Putin teria perdoado a vida, foi morto num mal explicado acidente aéreo a 10 quilômetros de Moscou junto com o alto comando de sua milícia. Os milicianos juraram vingança contra Moscou.

E estes são só alguns exemplos e amostras. Uma lista completa de repressões, sumiços, suicídios, demissões, etc. de coronéis e generais seria intérmina.

O conjunto de exemplos citados torna factível que um cuidadoso documento interno do governo britânico alertasse para uma possível “desintegração e balcanização” da Rússia após o motim dos mercenários de Wagner.

“A Grã-Bretanha deve se preparar para o colapso repentino da Rússia”, em um processo que poderá ser tão rápido quanto o motim, acrescentou alarmantemente.

A ausência de resistência militar ao motim teria revelado que “algo novo está nascendo” no exército russo, provavelmente voltado contra sua cúpula de Moscou.

O motim dos milicianos patenteou a explosividade da união russa
O motim dos milicianos patenteou a explosividade da união russa
Em Rostov, central militar para a invasão da Ucrânia, ninguém se opôs ao revoltoso. Na maior impunidade, havia semanas que Prigozhin injuriava gravissimamente pelas redes sociais os chefes moscovitas do exército a quem atribuía o fracasso bélico.

Em Voronezh o povo aplaudiu os amotinados passando.

John Foreman, ex-adido de defesa britânico em Moscou, disse que se Prigozhin tivesse derrubado a Vladimir Putin teria se configurado “o pior cenário possível”.

Lord Richards de Herstmonceux, ex-chefe britânico do Estado-maior de Defesa, especula que “temos um longo caminho a percorrer que é o pior dos mundos para o Ocidente”.

Alexander Duguin, suposto filósofo ocultista russo que Putin ouviria muito respondeu à TV indiana que a Rússia não perderá a guerra, porque antes de perder “nós vamos destruir o mundo”.

A Rússia se livrou do motim, mas ficou à beira da desintegração, acrescenta o informe.

Putin não pode fugir de suas responsabilidades quando está perdendo a guerra. É por isso que esse motim é o começo de seu fim, diz o relatório.

As nomeações dos novos dos chefes de defesa russos não são claras, e só o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, aparece frequentemente na TV pública.

O próprio Putin se faz ver raramente, e muitas vezes se supõe que só aparece um dos vários sósias.

Putin estaria executando um “expurgo” militar para evitar outra rebelião.

O motim mostrou o que pode acontecer na Rússia nos próximos meses com os diferentes movimentos da Chechênia, Komi e Arcangel, que querem se separar de Moscou.

Cada corporação, cada prefeito e cada oligarca poderoso está construindo sua própria milícia privada, em função do que pode vir, provocando guerras civis infindas dentro do imenso território russo.

Wagner dispõe de minas de ouro no Sudão, depósitos de energia na Líbia, urânio no Congo, gás e petróleo em Moçambique e sua impressionante sede central em São Petersburgo opera “normalmente” e continua a “recrutar”.

A Europa não entendeu até agora que a Rússia pode entrar rapidamente em uma guerra civil.



O professor Plinio Corrêa de Oliveira previu uma desintegração ou balcanização de trágicas e imensas dimensões há mais de 30 anos quando a Rússia beirou uma guerra civil na fase final do governo de Mikhail Gorbachev.

A releitura do que então previu esclarece sobre o que hoje poderia vir a acontecer:

“Se a URSS [N.R.: predecessora da atual Federação Russa] cai no caos, desfechará num neotribalismo.

Pais e filhos que fugiam indefesos foram mortos por russos
Pais e filhos que fugiam indefesos foram mortos por russos
“Teríamos a dispersão das populações das cidades grandes e médias russas, para pontos populacionais de poucos habitantes, proprietários comuns das terras e que partilham o lucro que é para todos porque não há lucro individual.

“Esses pequenos centros independentes devem governar-se a si próprios, aceitando uma certa direção geral do governo do país.

“O fato é que nenhum dos altos personagens do Estado que aparecem na mídia [no caso atual, eventuais sucessores de Putin] está conseguindo formular um projeto coerente para a instauração de uma ordem.

“Caso acontecer uma guerra civil violenta, muitos russos não quererão entrar nela e no desespero vão procurar forçar os limites da Polônia e da Alemanha e invadir a Europa.

“Nesta hipótese a Rússia viraria uma fornalha caótica que despeja fragmentos étnicos e populacionais que se espalhariam pela Europa adentro”.

“Na Europa se encontrarão mais uma vez as forças bárbaras do Ocidente e forças bárbaras do Oriente, procurando comprimir o que resta de Civilização Ocidental”. (7-7-1991, sem revisão do Autor)

Na perspectiva do Sr.Dr.Plinio essa implosão da Rússia seria só o estopim de uma desintegração dos países a nível mundial.

 

domingo, 15 de outubro de 2023

Balcanização da Rússia será um perigo maior

Mapa das divisões internas na Federaão russa
Mapa das divisões internas na Federação russa
Luis Dufaur
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O maior interesse dos católicos no conflito Rússia-Ucrânia é a questão da conversão do velho império dos czares.

Essa conversão só pode ser uma obra da graça e Nossa Senhora prometeu no contexto de Fátima que aquela nação “por fim” haveria de a Deus.

Essa seria como que uma condição para o cumprimento da vitória do Imaculado Coração de Maria.

Na chuva de informações sobre as destruições e mortes provocadas pela feroz invasão ordenada por Putin e a heroica defesa do povo ucraniano se filtram notícias que nos levam a considerar o futuro que se poderá definir em consequência da guerra.

Por exemplo, Paul Krugman, Premio Nobel de economia e colunista do “The New York Times” foi porta-voz de uma preocupação que se debate em profundos e poderosos cenáculos esquerdistas: a desintegração ou ‘balcanização’ da Federação agressora em decorrência de uma derrota russa.

Essa desagregação do mais extenso país da Terra poderia repercutir no mundo inteiro, espraiando a anarquia e ameaçando destruir a civilização de início na Europa e países asiáticos vizinhos. E poderia até outros continentes.

Ataques contra centros de recrutamento em 2022
Ataques contra centros de recrutamento em 2022
Nesse caso, a implosão da Rússia seria o estopim da demolição universal e final do que resta de civilização e de cristianismo com a generalização de conflitos inauditos de violência inesperada.

Como poderia vir hoje essa “balcanização”?

Consideremos primeiro o mapa da Federação Russa para o qual quase ninguém atina.

Ela está constituída por 89 unidades federadas de seis tipos:

– 21 republicas (que correspondem a aéreas étnicas/culturais),

– 9 krais (unidades administrativas),

– 46 oblasts (idem),

– 2 cidades federais Moscou e São Petersburgo,

– 1 oblast autônomo (originalmente criado para judeus),

– 4 okrugs autônomos (povos étnico-siberianos).

Cada um dessas unidades têm autoridades próprias que embora escolham “democraticamente” suas autoridades, essas na prática são nomeadas ditatorialmente por Moscou, fato que suscita mal-estar nas populações locais.

Muitas delas conservam entre si ou em litígios internos, velhas ou novas reivindicações ou revoltas, herdadas de fatores históricos, do tempo dos czares, da opressão soviética ou ainda posteriores.

Todas essas rachaduras tão variadas vinham sendo abafadas pela bota de Moscou. Agora com o enfraquecimento da férrea ditadura de Putin em virtude dos insucessos na Ucrânia, essas velhas divisões voltaram a tona.

Fugindo do recrutamento forçado rumo à Georgia
Fugindo do recrutamento forçado rumo à Georgia
De algumas temos notícia em Ocidente:

Armênia cristã é uma república que não faz parte da Federação mas virou protetorado e membro da aliança militar internacional da Rússia.

Ela rompeu com Putin e convidou tropas americanas para exercícios, e está em luta perpetua pelo território de Nagorno-Karavaj contra o Azerbaijão.

O Azerbaijão é um país islâmico muito rico em petróleo, apoiado pela Turquia. As guerras vinham sendo abafadas pela presença militar russa, atei que Azerbaijão invadiu o território disputado, fez explodir a base russa e obrigou a cem mil armênios abandonaram o território.

A influencia russa como que não existe mais.

Karelia, república fronteiriça com a Finlândia onde a população de o tipo humano fino-hungárico e escandinavo foi suplantada por russos. Stalin e agora Putin acham perigoso que essa república da Federação renasça com suas peculiaridades culturais originais.

Nela foram sendo tirados à luz os espantosos campos de concentração do tempo soviético e seus crimes de massa.

Putin interditou tirar a limpo os locais onde foram enterradas as vítimas. Os descendentes querem saber para dar um túmulo digno aos restos. A interdição criou enorme mal estar entre a população que queria saber dos restos dos seus antepassados.

Kolyma, um krai no Ártico onde funcionaram os piores Gulags soviéticos e morreram entre 500.000 e 3.000.000.

Exemplo desse horror é a “estrada dos ossos”: a construção de uma estrada precisou de grandes remoções de terra, usadas para aplainar a nova estrada. Mas sob efeito da intempérie começaram a aparecer caveiras, ossos, etc. que lhe deram esse sinistro nome. Putin então proibiu as buscas dos restos das vítimas e fechou as ONGS humanitárias que trabalhavam para localizá-los.

Chechenia governada por Kadirov um ditador islâmico, fanático de Putin que pediu usar a bomba atômica contra Ucrânia. Ele é odiado por outros chefes de clãs islâmicos que disputam o mando do país. Não se sabe ao certo que estranha doença, ou morte, o mantém afastado da propaganda.

Foi formado um governo checheno no exílio e uma unidade de combate islâmica luta na Ucrânia com a esperança de caindo Putin, invadir seu país a mão armada.

Inguchetia, com guerrilha e governo paralelo esmagados e formando um grupo de combate na Ucrânia.

Voluntários russos anti-Putin em Briansk, Rússia
Voluntários russos anti-Putin em Briansk, Rússia
Bielorussia
(não faz parte da Federação, mas é um satélite pleno) onde o ditador Lukashenko outro escravo de Putin, perdeu as últimas eleições, sofreu protestos enormes da população, reprimindo com por volta de seis mil mortos, desaparecidos, torturados, etc.

Há um exército de bielorrussos lutando na Ucrânia também com a esperança de invadir o seu país assim que Putin perder.

Dizem ter muitos apoios no país e teriam praticado sabotagens espetaculares, explodindo alguns aviões radar russos estacionados em base especial no país e que tiveram que voltar para Rússia; sabotagens de trens russos que iam para apoiar a invasão inicial da Ucrânia, etc.

O ditador baniu a bandeira e o hino nacional que aludiam a Deus.

O exército bielorrusso detesta a presença de quartéis russos no território nacional e circularia um manifesto de um general bielorrusso contra a Rússia. Putin preferiu retirar algumas unidades e enviá-las para combater na Ucrânia.

Filas imensas para abnadonar Rússia
Filas imensas para abandonar Rússia
Pelo menos duas milícias de russos anti-Putin combatem na Ucrânia e já incursionaram na Rússia e atacando cidades e bases russas no fronteira com a Ucrânia: o Corpo de Voluntários Russos – RVC e a Legião pela Liberdade da Rússia.

Geórgia (não faz parte da Federação) mas um grupo de combate luta na Ucrânia para recuperar territórios invadidos pela Rússia, quando Putin for derrotado.

Bem mais de um milhão de russos adultos jovens com profissão, engenheiros, informáticos, operários especializados, etc. fugiram do país para não serem alistados.

Putin proibiu, mas muitos fugiram através das fronteiras com ex-países membros da URSS que deixam entrar apenas com RG: Cazaquistão, Geórgia, Mongólia ou onde não há controles como os bosques da Carelia-Finlandia. Putin exige que devolvam os russos fugitivos.

Até uma afilhada de Putin fugiu a pé exibindo um passaporte israelense na fronteira da Lituânia. A Alemanha disse ter dado carteira de trabalho para mais de um milhão de russos, a Tailândia fala em 250.000. Os países mencionados e ainda outros como a Turquia servem de passagem.

O recrutamento forçado gerou violências com mortos nos centros de alistamento atacados com molotovs e oficiais recrutadores baleados. Sabotagens com explosivos, aparentemente iniciativas individuais, acontecem por toda a imensa Federação.

A FSB (ex-KGB) chega de surpresa em fábricas, locais de trabalho pede os documentos e obriga os que tem idade a subir em ônibus em regime de prisão até os centros para alista-los para uma eventual segunda onda de 400.000 soldados.

Os empregadores devem denunciar os funcionários em idade de recrutamento, para uma segunda onda de enrolamentos.

A mídia inteiramente em mãos de Putin durante um ano e meio informava que na Ucrânia todo corria como planejado.

Até que dois drones, tal vez ucranianos ou de russos anti-Putin, atingiram a cúpula do Palácio de Governo de Putin no Kremlin.

Bombardeiro nuclear TU-22 atingido no coração da Rússia
Bombardeiro nuclear TU-22 atingido no coração da Rússia
Instalou-se o pânico na população das capitais.

Os aeroportos civis de Moscou andavam fechando pelos atentados e drones devastavam bases perto do Báltico. O aeroporto de Moscou reservado para os aviões de Putin e da nomenclatura foi atingido por drones.

A maior base aérea russa perto da Lituânia, a 700 kms da Ucrânia, perdeu 6 aviões de grande porte numa chuva de drones de origem incógnita.

Desde então quase diariamente drones mais poderosos chovem quase toda noite sobre Moscou, fábricas, depósitos, refinarias, etc., com incerteza da proveniência.

Na base dos bombardeiros nucleares supersônicos um deles foi incendiado e outro danificado. A Rússia evacuou esses bombardeiros para longe. Grandes aviões radar estacionados na Bielorússia foram danificados supostamente por partisanos bielorrussos inconformados.

Continua no próximo post: A Rússia desabando puxará a desintegração universal?


domingo, 24 de setembro de 2023

“Lula não traz paz” diz Ucrânia

Lula exibe profundas afinidades com o invassor da Ucrânia
Lula exibe profundas afinidades com o invasor da Ucrânia
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







No ano e meio de invasão russa na Ucrânia, a América Latina se manteve prudentemente longe da guerra. A invasão no estilo soviético foi verbalmente condenada na região, embora apenas um punhado de países latino-americanos aderiram à aliança ocidental liderada pelos EUA e pela NATO, registrou “La Nación” em entrevista ao presidente ucraniano.

Alguns latino-americanos até enviaram armas ou munição para a Ucrânia se defender da brutal agressão de Vladimir Putin ou adotaram sanções econômicas ou outras contra o emulo de Stalin.

Porém essa potência fundada por Lenine continuou a ter grande influência no continente onde países como a Argentina prosseguiram fazendo negócios, embora frustros.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, apelou ao apoio e à compreensão da situação de agressão dos latino-americanos, mas não pode evitar de colidir com o máximo apoiador do agressor que infelizmente virou o Brasil sob administrações até de signo oposto.

O presidente da nação agredida não escondeu seu desconforto com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva que até tentou desculpar como um desinformado e manipulado pela narrativa de Vladimir Putin.

“A agressão lançada pela Rússia, que ‘semeia o terrorismo’, faz parte de uma guerra colonialista da autocracia de Putin” disse a “La Nación” de Buenos Aires.

Zelensky, 45 anos, apareceu ante os entrevistadores como uma pessoa descontraída, humilde e até sorridente.

Entre as numerosas perguntas e respostas, o presidente Zelensky disse que o “o presidente Lula é uma pessoa que não entendo muito bem. As declarações de Lula não trazem paz alguma”.

Mas, elogiou ao povo brasileiro:

“o povo do Brasil é respeitado nas suas visões de mundo. Não é um país agressor, é um país pacífico.

“Por que é que Lula concorda com as narrativas do Putin, que mente e manipula constantemente, desinforma constantemente as pessoas? Ele está matando nossos filhos e estuprando nossas mulheres.

“Para ser sincero, pensei que ele tivesse uma compreensão mais ampla do mundo. É muito triste”, concluiu.


quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Sonda russa abriu mais uma cratera na Lua

Comparação de imágens mostra a nova cratera. Foto Centro Goddard da NASA
Comparação de imagens mostra a nova cratera. Foto Centro Goddard da NASA
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Com a economia falida pela injusta guerra de invasão de Ucrânia e a população russa padecendo carências e miséria, Putin não hesitou em gastar bilhões numa sonda enviada a um polo da Lua, informou o “Huffington Post”.

A sonda Luna-25 deveria pousar no nosso satélite, recolher amostras do solo onde se supõe que possa ter havido água, e depois retornar triunfalmente à Rússia. A façanha teria grande efeito publicitário num momento em que a imagem do ditador toca fundo.

Mas caiu na Lua, anunciou a Roscosmos, agencia oficial russa para os voos espaciais. Esta sonda lunar russa lançada após quase 50 anos de paralisia do plano russo decolou em Vostochny, Extremo Oriente russo e acabou abrindo mais uma cratera na tão furada Lua.

O presidente russo Vladimir Putin prometeu continuar o programa espacial, apesar dos problemas de financiamento, dos escândalos de corrupção, da carência de tecnologia e insumos do Ocidente em consequência da invasão da Ucrânia.

A comunicação com a Luna-25 ficou interrompida, sofisma para dizer que falhou estrepitosamente, explicou a agencia do governo para a exploração espacial.

“As medidas tomadas para entrar em contato com o dispositivo não produziram resultados”, lamentou enquanto acrescentava que o dispositivo “deixou de existir após uma colisão com a superfície lunar”.

A missão Luna-25, devia dar novo impulso ao setor espacial russo e passar a imagem de uma Rússia cada vez mais forte, enquanto seus soldados fogem do combate na Ucrânia. Mas já vinha sendo anunciada como “arriscada” pelo próprio chefe da Roscosmos, Yuri Borissov.

Ele enfrentou a Putin no mês de junho passado [2023], mas o déspota queria resultados para sua glória, abafar os crimes da invasão e tranquilizar o mal-estar crescente da população contra suas manias ideológicas de grandeza que já teriam custado a vida de mais de 300.000 cidadãos.

Foi o mais recente revés conhecido nos voos espaciais para um país que durante a Guerra Fria pretendeu se tornar o mais avançado na conquista do espaço ao enviar o primeiro um cachorro à estratosfera e colocar em órbita um homem e depois uma mulher, escreveu o “The New York Times”.

Putin comemora em Kursk uma vitória da II Guerra. Nada teve a comemorar pela invasão da Ucrânia
Putin comemora em Kursk uma vitória da II Guerra.
Nada teve a comemorar pela invasão da Ucrânia
Como é costumeiro, foi designada uma comissão interagências para investigar as razões do fracasso, e que nas práticas putinianas poderá fazer pagar o fiasco aos cientistas que trabalharam no projeto.

Por outra parte, um país até recentemente tido como miserável, a Índia, conseguiu fazer o que Putin não onseguiu. Sua missão Chandrayaan-3 optou por um baixo consumo de combustível, mas posou perto da cratera russa.

O sucesso da Índia após o fracasso da Rússia foi mais um golpe para Putin, que queria utilizar as conquistas no espaço como parte de um esquema para ficar no poder, acrescentou o “The New York Times”.

A narrativa do Kremlin – em que cada vez menos russos acreditam– de que a Rússia é uma grande nação retida por um complô ocidental liderado por ricaços cheios de inveja pelas riquezas da Rússia.

O interesse pela missão Luna-25 dentro da própria Rússia estava muito fraco após as mentiradas incessantes do Kremlin ao longo dos anos.

O último sucesso russo ocorreu há mais de 35 anos, e as missões subsequentes a Marte lançadas em 1988 e 1996 falharam.

A investigação revelou que a agência espacial russa utilizava componentes eletrônicos não comprovados incapazes de sobreviver ao frio e à radiação do espaço.

“Não é possível voar no espaço sem uma eletrônica melhor”, disse Anatoly Zak, da RussianSpaceWeb.com. E acrescentou: “Todo o programa espacial russo é realmente afetado por este problema”. 

O fiasco do suposto super-arrmamento russo na Ucrânia é outra prova do desastroso sistema produtivo socialista.






domingo, 20 de agosto de 2023

Soldados russos: “para os chefes não somos humanos”

Corpos de soldados russos abandonados em Makarivka que os ucranianos recolhem para enviar aos familiares
Corpos de soldados russos abandonados em Makarivka
que os ucranianos recolhem para enviar aos familiares
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Alexander, ex-presidiário, acreditou nas promessas do exército russo e se alistou para a guerra na Ucrânia.

Ele nunca viu um soldado ucraniano e mal disparou um tiro, mas viu-se rodeado de ameaças de morte feitas pelos seus oficiais.

Ele viu cães selvagens roerem as carcaças não recolhidas de seus companheiros mortos, bebeu água da chuva e procurou comida em latas de lixo, enquanto dos 120 homens de sua unidade, apenas cerca de 40 estão vivos.

Os sobreviventes como ele são pressionados para ficar no campo de batalha violando o contrato assinado.

“Eles estão nos enviando para uma matança”, comunicou Alexander desde Kherson. Seus comandantes dizem que “não somos humanos, porque somos criminosos”, e três colegas confirmam.

Os relatos foram feitos em entrevistas pessoais ou por mensagens de familiares e amigos recolhidos em impressionante reportagem do “The New York Times”.

Relatos de soldados ucranianos e prisioneiros de guerra russos denunciam que Moscou usa os ex-pressos como bucha de canhão.

As unidades de presidiários são um dos pilares da estratégia militar da Rússia, porque as forças regulares foram dizimadas.

O testemunho de Alexander descreve a brutalidade aplicada pelos chefes russos e o custo inumano que Moscou quer pagar para ficar com um território que não é seu.

Russos preferem cair nas maos dos ucranianos porque sao bem tratados. Nas fotos russos recebem comida, chá, telefone para falar com a mãe
Russos preferem cair nas mãos dos ucranianos porque são bem tratados.
Nas fotos russos recebem comida, chá, telefone para falar com a mãe
O Ministério da Defesa da Rússia formou as unidades chamadas “tempestade Z” com milhares de presos dos cárceres do país, imitando o recrutamento da milícia Grupo Wagner.

Alexander vinha de cumprir uma longa sentença e deixou sua esposa, uma filha e um filho recém-nascido em casa porque lhe foi prometido um ordenado mensal de R$ 2.000 no final de seu contrato de seis meses.

O Grupo Wagner recrutou 49.000 encarcerados e diz que 20% deles morreram tendo sofrido medidas disciplinares brutais de seus comandantes. Tal vez o número seja bem maior, nunca se saberá.

Wagner apresentou o recrutamento como uma redenção patriótica, mas perdeu o acesso às prisões para o alto comando militar, que o suplantou nessa forma de mandar soldados para a “máquina de moer carne”.

A contagem das mortes pela BBC e pela Mediazona, uma agência de notícias independente, mostra que as baixas russas mais frequentes são dos presidiários.

O testemunho de Alexander e de três outros encarcerados mostra como evoluíram as unidades de presidiários sob o controle direto do exército russo.

“The New York Times” confirmou as informações de Alexander com uma ativista de direitos humanos, e verificou sua identidade e das outras testemunhas com registros públicos do tribunal e entrevistas com famílias e amigos. 

 Os pagamentos ficaram muito abaixo do prometido e não puderam cobrar indenizações por ferimentos.

Alexander viu que seus oficiais impediam resgatar camaradas mortos no campo de batalha.

Não queriam que suas famílias soubessem da morte e não reclamassem alguma pensão legal pelos mortos em combate. Tendo “desaparecido” não se saberia se morreram e não haveria pensão.

“Havia cadáveres por toda parte” nas margens do rio Dnieper, disse Alexander, mas no exército russo “ninguém estava interessado em pegá-los".

Ex presos recrutados dizem nao ser tidos em conta de humanos
Ex presos recrutados dizem nao ser tidos em conta de humanos
Todos os prisioneiros falaram de baixas colossais em suas unidades e do desprezo de seus comandantes por suas vidas. “Eles nos dizem: 'Você não é ninguém e seu nome não é nada’”, contou Alexander

Depois de um mês de treinamento, ele e sua unidade foram destinados a manter uma linha de antigas casas perto da Ponte Antonovskiy.

Mas passaram as três semanas e meia sob incessante bombardeio, atiradores, emboscadas noturnas, drones pairando sempre no ar, sem armas pesadas ou meios de se defender.

As ordens não eram claras. “Eu andava como um idiota. Não disparei um único tiro, não vi um único inimigo. Somos apenas uma isca para revelar as posições de artilharia inimiga”, narrou Dmitri, já falecido.

A mensagem foi compartilhada com o “The New York Times” pela esposa de Dmitri.

“Por que diabos eu preciso estar aqui? Sentar e tremer como um coelho, porque os projéteis continuam explodindo ao meu redor?” Dmitri desabafou em uma mensagem a sua mulher.

A unidade estava sem comida nem água dias depois de pedir ajuda aos comandantes, até um projétil ucraniano matar todos os outros homens de seu destacamento e Alexander ser evacuado para um hospital da Criméia.

Embora ainda não conseguisse andar bem, ele foi reenviado para o frente, antes de ser alojado em um quartel de retaguarda com outros convalescentes.

“Esta não é a nossa guerra. Não há nada de humano aqui”.

Nós acrescentaríamos que há muito de satânico derivado de uma mentalidade e de uma ideologia igualitária que tomou conta de Rússia na Revolução Bolchevista de 1917.

Mas de onde proveio esse igualitarismo assassino tão inumano?

Com toda propriedade Papas e santos denunciaram a inspiração diabólica dos sucessivos regimes russos e que irradiada pelos fautores do cisma da Igreja dita “Ortodoxa” hoje liderada pelo Patriarcado de Moscou.