domingo, 24 de setembro de 2023

“Lula não traz paz” diz Ucrânia

Lula exibe profundas afinidades com o invassor da Ucrânia
Lula exibe profundas afinidades com o invasor da Ucrânia
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







No ano e meio de invasão russa na Ucrânia, a América Latina se manteve prudentemente longe da guerra. A invasão no estilo soviético foi verbalmente condenada na região, embora apenas um punhado de países latino-americanos aderiram à aliança ocidental liderada pelos EUA e pela NATO, registrou “La Nación” em entrevista ao presidente ucraniano.

Alguns latino-americanos até enviaram armas ou munição para a Ucrânia se defender da brutal agressão de Vladimir Putin ou adotaram sanções econômicas ou outras contra o emulo de Stalin.

Porém essa potência fundada por Lenine continuou a ter grande influência no continente onde países como a Argentina prosseguiram fazendo negócios, embora frustros.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, apelou ao apoio e à compreensão da situação de agressão dos latino-americanos, mas não pode evitar de colidir com o máximo apoiador do agressor que infelizmente virou o Brasil sob administrações até de signo oposto.

O presidente da nação agredida não escondeu seu desconforto com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva que até tentou desculpar como um desinformado e manipulado pela narrativa de Vladimir Putin.

“A agressão lançada pela Rússia, que ‘semeia o terrorismo’, faz parte de uma guerra colonialista da autocracia de Putin” disse a “La Nación” de Buenos Aires.

Zelensky, 45 anos, apareceu ante os entrevistadores como uma pessoa descontraída, humilde e até sorridente.

Entre as numerosas perguntas e respostas, o presidente Zelensky disse que o “o presidente Lula é uma pessoa que não entendo muito bem. As declarações de Lula não trazem paz alguma”.

Mas, elogiou ao povo brasileiro:

“o povo do Brasil é respeitado nas suas visões de mundo. Não é um país agressor, é um país pacífico.

“Por que é que Lula concorda com as narrativas do Putin, que mente e manipula constantemente, desinforma constantemente as pessoas? Ele está matando nossos filhos e estuprando nossas mulheres.

“Para ser sincero, pensei que ele tivesse uma compreensão mais ampla do mundo. É muito triste”, concluiu.


quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Sonda russa abriu mais uma cratera na Lua

Comparação de imágens mostra a nova cratera. Foto Centro Goddard da NASA
Comparação de imagens mostra a nova cratera. Foto Centro Goddard da NASA
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Com a economia falida pela injusta guerra de invasão de Ucrânia e a população russa padecendo carências e miséria, Putin não hesitou em gastar bilhões numa sonda enviada a um polo da Lua, informou o “Huffington Post”.

A sonda Luna-25 deveria pousar no nosso satélite, recolher amostras do solo onde se supõe que possa ter havido água, e depois retornar triunfalmente à Rússia. A façanha teria grande efeito publicitário num momento em que a imagem do ditador toca fundo.

Mas caiu na Lua, anunciou a Roscosmos, agencia oficial russa para os voos espaciais. Esta sonda lunar russa lançada após quase 50 anos de paralisia do plano russo decolou em Vostochny, Extremo Oriente russo e acabou abrindo mais uma cratera na tão furada Lua.

O presidente russo Vladimir Putin prometeu continuar o programa espacial, apesar dos problemas de financiamento, dos escândalos de corrupção, da carência de tecnologia e insumos do Ocidente em consequência da invasão da Ucrânia.

A comunicação com a Luna-25 ficou interrompida, sofisma para dizer que falhou estrepitosamente, explicou a agencia do governo para a exploração espacial.

“As medidas tomadas para entrar em contato com o dispositivo não produziram resultados”, lamentou enquanto acrescentava que o dispositivo “deixou de existir após uma colisão com a superfície lunar”.

A missão Luna-25, devia dar novo impulso ao setor espacial russo e passar a imagem de uma Rússia cada vez mais forte, enquanto seus soldados fogem do combate na Ucrânia. Mas já vinha sendo anunciada como “arriscada” pelo próprio chefe da Roscosmos, Yuri Borissov.

Ele enfrentou a Putin no mês de junho passado [2023], mas o déspota queria resultados para sua glória, abafar os crimes da invasão e tranquilizar o mal-estar crescente da população contra suas manias ideológicas de grandeza que já teriam custado a vida de mais de 300.000 cidadãos.

Foi o mais recente revés conhecido nos voos espaciais para um país que durante a Guerra Fria pretendeu se tornar o mais avançado na conquista do espaço ao enviar o primeiro um cachorro à estratosfera e colocar em órbita um homem e depois uma mulher, escreveu o “The New York Times”.

Putin comemora em Kursk uma vitória da II Guerra. Nada teve a comemorar pela invasão da Ucrânia
Putin comemora em Kursk uma vitória da II Guerra.
Nada teve a comemorar pela invasão da Ucrânia
Como é costumeiro, foi designada uma comissão interagências para investigar as razões do fracasso, e que nas práticas putinianas poderá fazer pagar o fiasco aos cientistas que trabalharam no projeto.

Por outra parte, um país até recentemente tido como miserável, a Índia, conseguiu fazer o que Putin não onseguiu. Sua missão Chandrayaan-3 optou por um baixo consumo de combustível, mas posou perto da cratera russa.

O sucesso da Índia após o fracasso da Rússia foi mais um golpe para Putin, que queria utilizar as conquistas no espaço como parte de um esquema para ficar no poder, acrescentou o “The New York Times”.

A narrativa do Kremlin – em que cada vez menos russos acreditam– de que a Rússia é uma grande nação retida por um complô ocidental liderado por ricaços cheios de inveja pelas riquezas da Rússia.

O interesse pela missão Luna-25 dentro da própria Rússia estava muito fraco após as mentiradas incessantes do Kremlin ao longo dos anos.

O último sucesso russo ocorreu há mais de 35 anos, e as missões subsequentes a Marte lançadas em 1988 e 1996 falharam.

A investigação revelou que a agência espacial russa utilizava componentes eletrônicos não comprovados incapazes de sobreviver ao frio e à radiação do espaço.

“Não é possível voar no espaço sem uma eletrônica melhor”, disse Anatoly Zak, da RussianSpaceWeb.com. E acrescentou: “Todo o programa espacial russo é realmente afetado por este problema”. 

O fiasco do suposto super-arrmamento russo na Ucrânia é outra prova do desastroso sistema produtivo socialista.