quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Parlamento russo reconhece crime estalinista de Katyn


Fonte: “Diário de Noticia”,  Portugal, por Luís Naves

O Parlamento russo aprovou ontem uma declaração em que reconhece a responsabilidade de José Estaline no massacre de 22 mil polacos realizado em Katyn, na Rússia, em 1940.

O documento foi aprovado numa sessão tumultuosa da Duma, com resistência do Partido Comunista, na oposição, segundo o qual a declaração constitui “uma falsificação da história e a revisão das conclusões do Tribunal de Nuremberga”.

No texto afirma-se que “o crime de Katyn foi cometido sob ordem pessoal de Estaline e outros dirigentes soviéticos”. Sempre negado na URSS, o massacre foi reconhecido em 1990 pelo então líder soviético Mikhail Gorbachev.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Moscou tenta silenciar museus do horror socialista soviético

Historiadores Boris Trenin e Vasily Khanevich no
museu das 23000 vitimas do socialismo soviético em Tomsk
Em Tomsk, Sibéria, 3.000 kms a leste de Moscou, remexer a terra traz a tona lembranças sinistras: um pedaço de roupa, um fragmento de osso, uma caveira furada por uma bala, relatou o “The New York Times.

Túmulos oficialmente inexistentes falam de massacres de massa nos tempos stalinianos.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Na Rússia falta trigo e o povo teme retorno à URSS

Trigo sarraceno só no cartaz
O povo russo acha que os tempos soviéticos da escassez de trigo estão de volta. O Kremlin atribui a falta à seca, acusa à especulação ‒ velho pretexto do falido regime ‒, mas teme uma reação violenta do povo, escreveu Clifford Levy, chefe do escritório do “The New York Times” em Moscou.

Levy fala de cidadãos soviéticos girando pelos supermercados e trocando boatos como nos tempos do vetusto comunismo. O trigo sarraceno, alimento central para os russos, desapareceu das prateleiras.

domingo, 5 de setembro de 2010

Putin retoma a repressão anti-democrática soviética

Manifestantes pela democracia foram violentamente reprimidos em Moscou. No Dia da Bandeira, o movimento opositor Solidarnost (Solidariedade), que reúne partidos liberais, esquerdistas e nacionalistas, marchou pelo centro da capital russa até ser disperso pela violência policial.

Três líderes ativistas foram detidos, inclusive Mikhail Shneider e Boris Nemtsov, dois dos mais duros opositores do primeiro-ministro Vladimir Putin.

domingo, 8 de agosto de 2010

Descoberta fossa comum com os restos de 495 vítimas de Stalin

Quando será estabelecida uma Nurenberg para julgar os casos das vítimas do comunismo? – Eis uma nova e estarrecedora descoberta.

Giovanni Bensi, “Avvenire”, 17 julho de 2010

MOSCOU – Os ossos descobertos na periferia de Vladivostok, no Pacífico sul, pertencem a centenas de vítimas do terror staliniano, mortos pela NKVD, a polícia política “precursora” da KGB.

As autoridades locais o confirmaram com base nos resultados reunidos pelos especialistas de medicina legal.

domingo, 25 de julho de 2010

Espionagem russa continua como nos tempos da URSS

Espiões confessaram
Uma ar de guerra fria bateu nos EUA com a prisão de 10 espiões russos operacionais havia mais de 10 anos, escreveu o site Slate.fr.

Passeportes falsos, tinta invisível e malas com dinheiro vivo foram capturadas. A rede operava entre New York e Seattle procurando segredos atômicos, dados sobre a política do Congresso e em relação ao Ira.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A Rússia dá mais poder aos agentes do FSB que espionam a população

Protesto pela eliminação da escritora Anna Politovskaya, Moscou
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Os cidadãos poderão ser convocados e advertidos sem prova. – Oposição: “Como no tempo da URSS”.

Giovanni Bensi, “Avvenire”, 17 de julho de 2010

MOSCOU – Com 350 votos a favor, em maioria proveniente do “partido do poder” Rússia Unida e no meio de muita polêmica, a Duma aprovou definitivamente uma lei ampliando os poderes do FSB – o Serviço federal de segurança herdeiro da KGB. A lei agora passa ao Conselho da Federação e depois para assinatura do presidente Dmitrij Medvedev.

De acordo com a nova norma, um oficial do FSB ou seu substituto pode convocar qualquer cidadão, mesmo com ausência de prova e só com base em suspeita, e comunicar-lhe uma advertência “sobre a inadmissibilidade de ações que criam condições para o cumprimento de ofensas criminais”.

A nova lei prevê também o agravamento de pena pelo descumprimento de “uma legítima demanda ou disposição de um agente do FSB” e pela “resistência à execução do agente dos seus deveres de ofício”. As sanções vão de prisão por 15 dias e 500-1000 rublos de multa a 10-50 mil rublos.

Os ativistas de direitos humanos expressaram o temor de que a nova lei seja dirigida contra os opositores e se torne pretexto para silenciar quem é de opinião diferente da do Kremlin. Na quinta-feira, o presidente Dmitrij Medvedev, durante uma conferência de imprensa com a chanceler alemã Ângela Merkel em Ekaterinburg, havia reconhecido que a lei havia sido preparada por sua direta disposição.

Oposicionistas desaparecem misteriosamente
Respondendo à pergunta de uma jornalista alemã, Medvedev refutou a crítica, afirmando tratar-se “de uma lei interna nossa e não de um ato internacional”.

Ainda na quinta-feira, antes de Medvedev fazer seu reconhecimento, um grupo de opositores lhe dirigiu uma carta aberta pedindo para não assinar a nova lei. Ontem, após a decisão da Duma, cerca de 80 expoentes da oposição endereçaram uma mensagem ao presidente do Conselho da Federação, Sergej Mironov.

Entre os firmantes estão Genri Reznik, presidente da Ordem dos Advogados de Moscou, e Oleg Orlov, chefe da organização “Memorial”. Eles observam que “a opinião pública na Rússia e no exterior já se deu conta de que a nova lei restitui ao FSB os poderes do serviço secreto do regime totalitário”.

Os firmantes dizem que os poderes do FSB na Rússia já superaram “todo o limite do razoável”. Em sentido contrário, o vice-diretor do FSB, Jurij Gorbunov, declarou que os novos poderes de sua organização lhe permitirão combater mais eficazmente o terrorismo.

(Fonte: blog “7 dias em Revista”)

domingo, 11 de julho de 2010

Dança infernal sobre a carótida energética da Europa

O presidente bielo-russo Alexandre Lukashenko cortou o gás para a Europa

O presidente bielo-russo Alexandre Lukashenko cortou o fluxo de gás russo para a Europa, após uma briga financeira mal contada com Moscou. O fato foi noticiado pela imprensa internacional. Por causa dessa briga, a gigante do gás russo Gazprom reduziu em 30% as entregas de gás à Bielo-Rússia.

domingo, 30 de maio de 2010

Rússia acelera a absorção da Ucrânia

Reinaugurada estatua de Lenine, Kiev
Eis uma muito sucinta e até simplificada relação do veloz processo de “reintegração” da Ucrânia à ex-URSS nos primeiros meses de governo do novo presidente ucraniano pró-russo Ianukovitch.

Veja o sinistro calendário dessa absorção:

terça-feira, 11 de maio de 2010

Cidade russa usa fotos de soldados nazistas para comemorar vitória soviética

Tropas nazistas e soviéticas confraternizam em Brest Litovsk, Polônia, 1939
A cidade russa de Perm imprimiu calendários para comemorar a vitória do Exército Vermelho na II Guerra Mundial.

As fotos utilizadas, entretanto, são de soldados nazistas do Terceiro Reich.


domingo, 21 de março de 2010

Putin quer moeda comum e retorno do império soviético

Putin em Krasnoiarsk
A URSS está sendo gradualmente reconstituída por Vladimir Putin, comentou “The Times” de Londres. Putin fez um famoso discurso em que qualificou a queda do império soviético de “a pior catástrofe geopolítica do século” e agora está tentando forjar um novo império.

Segundo “The Times” o projeto deu um grande passo com ao anúncio por parte de Igor Shuvalov, ministro de Putin no sentido que a Rússia quer criar uma moeda comum para países como Kazaquistão, Bielorússia e Ucrânia.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ucrânia quer Nuremberg para julgar crimes do comunismo e Moscou reage

O Tribunal de Apelo de Kiev, Ucrânia, entendeu haver matéria para inculpar os líderes do regime soviético do crime de genocídio.

Ele deu início à instalação de um Tribunal que deve julgar os crimes do comunismo no país, informou a presidência ucraniana.

O novo tribunal vai se guiar pela Carta do Tribunal Militar Internacional de Nuremberg de 1946 que julgou os crimes do nazismo.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Ucrânia prepara Nuremberg internacional para julgar crimes do comunismo

Vítimas da grande fome, Ucrânia 1933
O Tribunal de Apelo de Kiev, Ucrânia, emitiu sentença favorável à abertura de um processo para julgar os líderes do regime totalitário soviético.


O Tribunal entendeu haver matéria para inculpá-los de genocídio durante os anos 1932-33 e deu início à instalação de um Tribunal Internacional que julgue os crimes do comunismo nessa extensa nação da Europa do Leste.

O novo tribunal vai se guiar pela Carta do Tribunal Militar Internacional de Nuremberg (IMT, sigla em inglês) de 1946 que julgou os crimes do nazismo após o fim da II Guerra Mundial.

domingo, 10 de janeiro de 2010

20 anos depois da queda do Muro de Berlim: perversos frutos da Nuremberg que não houve

Duas décadas após a queda do Muro de Berlim, imensa dívida não paga paira sobre o ex-império soviético, sobre o Ocidente e a Igreja.

Pesadas ameaças abalam o mundo, devido à recusa de realizar um processo contra o comunismo, análogo ao realizado em Nuremberg no fim da II Guerra Mundial.