domingo, 10 de janeiro de 2010

20 anos depois da queda do Muro de Berlim: perversos frutos da Nuremberg que não houve

Duas décadas após a queda do Muro de Berlim, imensa dívida não paga paira sobre o ex-império soviético, sobre o Ocidente e a Igreja.

Pesadas ameaças abalam o mundo, devido à recusa de realizar um processo contra o comunismo, análogo ao realizado em Nuremberg no fim da II Guerra Mundial.



Tal processo fora solicitado pelo presidente da Lituânia, nação que se libertou heroicamente das garras marxistas, e foi proposto também pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira.

Assim que teve notícia da sugestão do presidente lituano Vytautas Landsbergis, o Prof. Plinio enviou-lhe a seguinte mensagem:
Premiê húngaro Gyurcsany Ferenc,
do Partido Socialista Húngaro,
presidente das Juventudes Comunistas até 1989

“Levo ao conhecimento de V. Exa. o intenso gáudio que reina nas TFPs e Bureaux-TFP dos cinco continentes por seu gesto, sugerindo a formação de um tribunal internacional do gênero de Nuremberg, para julgar o crime dos comunistas soviéticos. E, ademais, o de haver V. Exa. oferecido o território lituano para que nele se realizassem as sessões do dito tribunal. O senso de justiça, inerente a todos os espíritos retos e elevados, está a clamar por uma punição adequada dos grandes crimes que o comunismo internacional praticou no mundo inteiro”.

Houve, por certo, processos individuais como na Romênia, onde o sanguinário tirano marxista Nicolae Ceausescu foi julgado e fuzilado apressadamente no Natal de 1989.

Em virtude do caráter vertiginoso do procedimento, “muitas perguntas ficaram sem respostas. Foi um grande erro ter matado Ceaucescu”, explicou o Prof. Horia Terpe, diretor do Centro de Análise de Desenvolvimento Institucional (CADI) romeno. “Foi feito de tudo para apagar os crimes do regime comunista”, acrescentou Terpe.(1)

Passeata militar, Moscou 2007
Os partidos comunistas encerraram suas atividades em muitos países da Europa Oriental, mas seus quadros continuam articulados sob rótulos como “Partido Socialista”. É o caso da Romênia, da Hungria e da Bielorússia.

A escritora Herta Muller, prêmio Nobel de Literatura 2009, denunciou que 40% da classe política romena é composta de ex-funcionários da Securitate, a polícia secreta responsável por um banho de sangue no país. Na Alemanha, 17.000 agentes da polícia secreta Stasi fazem parte do funcionalismo público alemão, especialmente na polícia e nas escolas.

E é típico o caso da Rússia, onde a KGB — cerne do esquema de espionagem, repressão e extermínio soviéticos — assumiu as rédeas do poder e vem extinguindo as frágeis liberdades que surgiram no país, após os fatos de 1989.

Putin: "É preciso reconhecer que
o colapso da União Soviética foi a
maior catástrofe geopolítica do século"
Hoje a “nova KGB” tenta reconstituir o poder da antiga URSS sob o comando do premiê Vladimir Putin, ex-coronel da temida polícia secreta.

Tal situação paradoxal ocorre porque não houve essa indispensável nova Nuremberg. Ela deveria ter denunciado os crimes marxistas — derivados em linha direta dos falsos princípios da Revolução Francesa — que escravizaram a Rússia, e por meio dela flagelaram a humanidade toda.

Uma Nuremberg equitativa teria exigido o desmantelamento da rede de cumplicidades montada pelo Kremlin no Ocidente, composta por seus colaboracionistas conscientes, seus cooperadores “centristas” e seus “idiotas úteis”.

Essa Nuremberg, além do mais, poderia ter aberto os olhos dos irmãos na fé que militam na esquerda católica e colaboraram com o processo comunista de conquista e opressão mundial.

O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira apresentou um ponderado elenco dessas cumplicidades num manifesto que continua com atualidade candente: “Comunismo e anticomunismo na orla da última década deste milênio”.(2)

Chávez prega uma
União Soviética "bolivariana"
Esse salutar e necessário dever de justiça não foi cumprido. A rede comunista e seus erros, na realidade, ficaram intocados.

Hoje sob outros rótulos – como por exemplo socialismo do século XXI, bolivarianismo – e organizadas em movimentos sociais como as FARC, o Sendero Luminoso, etc., os mesmos erros e subversões estão sendo disseminados pelo mundo.
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Notas:
1. “O Estado de S. Paulo”, 5-11-09.
2. “Folha de S. Paulo, 14-2-90.

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3 comentários:

  1. Finalmente alguém sem medo do Papa e que classifica a Igreja Ortodoxa de Cismática e não de Igreja Irmã e das mais rica e venerável tradição. Onde já se viu, pensar que as Igrejas de Jerusalém, Antioquia e Alexandria surgiram antes de Roma. Estes cismáticos (ditos ortodoxos) não sabem que o cristianismo foi fundado por Jesus em Roma e só depois é que ele foi para Antioquia? Parabéns pela brilhante percepção da História.

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  2. @ Padre Mateus

    O Cristianismo realmente foi fundado em Jerusalém, mas lemos que São Pedro foi a Roma e que a Igreja de Cristo seria fundada sobre ele e seria uma só, portanto com um só ensino e não vários, e uma só autoridade.
    Existem provas históricas de que já nos primordios Roma administrava as outras igrejas:

    SANTO AGOSTINHO:

    Sermões 295,2: Entre estes somente Pedro mereceu representar toda a Igreja. Por causa desta representação da Igreja, que somente ele conduziu, mereceu escutar "Eu te darei as chaves do reino dos Céus"
    Carta 53, 2: Desta forma, se a linha sucessória dos apóstolos deve ser levada em consideração, com que maior certeza e benefício à Igreja devemos retornar até alcançar o próprio Pedro, a quem, como uma figura que comporta toda a Igreja, o Senhor disse "Sobre esta pedra edificarei e minha Igreja, e os portões do inferno não prevalecerão contra ela".

    Alexandria, Antioquia e Jerusalem obedeciam Roma antes do cisma de 1054, portanto a Igreja Ortodoxa é cismática sim, e inventou uma série de falsos dogmas depois da separação, chegando até a canonizar Constantino e os Romanov, o que é um exagero rídiculo. O Espírito Santo não é um espírito de divisão, e a Igreja Ortodoxa não é irmã e sim um membro separado que precisa voltar. Peça que Nossa Senhora te dê o dom da Fé, pois graças à Deus vocês não estão tão afastados como os protestantes!

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  3. Os criminosos aliados do comunismo, os Estados Unidos, Inglaterra e França, não querem julgar o comunismo assassino num Tribunal Internacional!

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