domingo, 13 de dezembro de 2015

Putin, terrorismo e guerra híbrida

Em Moscou, Putin inaugura a maior mesquita da Europa
Em Moscou, Putin inaugura a maior mesquita da Europa




A Rússia não só não dispõe dos recursos necessários para realizar o sonho imperial de Vladimir Putin – que já foi o da ex-URSS –, como carece dos meios para se sustentar em prazo médio.

Nessa contingência, nada poderia haver de melhor para o dono do Kremlin do que a Europa ser devorada por atritos internos – sociais culturais e religiosos – mais ou menos insolúveis.

Esta interrogação não implica que Putin inventou as causas da migração em massa.

Mas leva a perguntar se ele não as está exacerbando com vistas a debilitar – e quiçá, no futuro, submeter – o continente europeu, com mais um engenhoso estratagema de guerra híbrida.

Pela Europa Central – Ucrânia, Países Bálticos, Polônia – não deu certo. Era necessário outro frente e outras vestes. Pois não poderiam ser de novo os “homens de verde” que ocuparam a península da Crimeia. Isso já é conhecido demais.

O Kremlin precisava de uma outra estratagema de desconcertar os “quadrados” ocidentais. No contato pessoal com amigos russos de Moscou fiquei surpreso e muito agradado, constatando que o russo sob certos pontos de vista – não todos – é muito parecido com o latino-americano e com o brasileiro em especial.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Putin, o maior beneficiado
pela invasão islâmica da Europa?

Putin está se ficando como o maior beneficiado da invasão islâmica. Quem decifra a charada?
Putin está se ficando como o maior beneficiado da invasão islâmica.
Quem decifra a charada?
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




A invasão da Europa por ondas de imigrantes provenientes do Meio Oriente e da África, na sua maioria de religião muçulmana, está levantando muitas interrogações.

Para além dos problemas humanitários e emotivos focados pela mídia, em geral de modo sensacionalista, ouve-se falar de normas religiosas corânicas.

Mas essas exortações religiosas por vezes parecem exploradas numa engenhosa manobra de guerra híbrida, estilo de guerra que caracterizaria o início de uma III Guerra Mundial já em andamento.

Vejamos. A religião corânica prega a ocupação ‘pacífica’ das terras dos infiéis como uma forma de ‘guerra santa’ que abre as portas do ‘Paraíso’.

Mas se apertamos o raciocínio esta “invasão” muçulmana, constatamos a existência de muitas interrogações estranhamente silenciadas.

domingo, 22 de novembro de 2015

Guerra submarina pelas fibras ópticas chega ao Rio

O navio espião russo Yantar apareceu em Cuba
O navio espião russo Yantar apareceu em águas brasileiras
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








A nova Guerra Fria atingiu as nervuras mais estratégicas da sociedade da informação, escreveu o jornal “El Mundo”, de Madri.

O mundo cada vez mais interconectado por cabos de fibra óptica que atravessam os oceanos poderá em determinado dia amanhecer “sem sistema” até não se sabe quando.

Os EUA deixaram claro que a frota russa trabalha para grampear esses cabos. Mas isso não é tudo.

Pensando na Internet, a opinião pública pensa mais nos satélites, mas é pelos cabos submarinos que passam 95% dos dados telefônicos e de Internet de toda a Terra.

Por eles se fazem transações financeiras num valor de 10 bilhões de dólares (45 bilhões de reais aprox.) por dia.

Esses cabos têm apenas 6,9 milímetros de diâmetro, pesam até 10 quilos por metro, são flexíveis e não atrapalham a pesca.

Mas a Rússia desenvolveu tecnologias para grampeá-los. Já o tinham feito os EUA.

Mapa dos cabos submarinos no mundo. Fonte TeleGeography, Huawei Marine Networks.
Mapa dos cabos submarinos no mundo. Fonte TeleGeography, Huawei Marine Networks.
A HUAWEI autora do mapa é acusada pelos EUA de pertencer ao Exército do Povo Chinês.
Foi um dos capítulos mais secretos da velha Guerra Fria, que aconteceu a centenas de quilômetros das costas, com mergulhadores operando a dezenas de metros de profundidade a partir de todo tipo de naves: falsos navios oceanográficos, submarinos nucleares ou de bolso.

Sempre atrasado, o então presidente americano Barack Obama denunciou trêmulo que a Rússia de Vladimir Putin tomou a dianteira na ameaça contra a era da informação brilhante e frágil como uma nuvem.

O barco espião russo Yantar foi escorraçado das proximidades da Irlanda, acompanhado por britânicos até ingressar em águas brasileiras. Recusou-se a se identificar, mas após uma semana desaparecido das telas, teve que ancorar no Rio.

O Yantar é da classe Balzam, armada na década de ’80.

Segundo a Marinha americana, ecoada pelo jornal The New York Times, o Yantar leva dois mini-submarinos que podem atingir os cabos submarinos a vários quilômetros de profundidade. E na zona por onde o navio suspeito estava viajando existe uma enorme concentração desses cabos.

Segundo o Departamento de Defesa americano, a ameaça é mais séria. Moscou poderia estar montando um esquema de sabotagem das comunicações ocidentais, o qual lhe serviria de chantagem ou de arma, quando bem entender o ditador do Kremlin.

O 'Yantar' ancorado no porto do Rio de Janeiro
Leia-se: cortar os cabos e silenciar o mundo que se quer derrotar.

Será sempre muito difícil identificar onde foi feito o corte e, mais ainda, quem o fez. O reparo ou a substituição também será tremendamente complexo e caro.

Enquanto isso demorar, a Rússia, formidavelmente atrasada em matéria de comunicações, ficará dona da situação.

O Yantar também pode roubar a informação que transita pelos cabos.

Isso não é novidade. Em 1996, os EUA lançaram o submarino nuclear Jimmy Carter, especializado em espionagem.

Ele trabalha para a Agência de Segurança Nacional (NSA) e pode colocar aparelhos que 'escutam' a informação que circula pelas artérias vitais da rede cibernética.

Em outubro de 1971, o submarino nuclear americano Halibut – predecessor do Jimmy Carter – entrou no Mar de Okhost, entre a península soviética de Kamchatka e o Japão, instalando ali um enorme dispositivo de escuta sobre um cabo militar russo secreto.

O equipamento media 7 metros de comprimento e era substituído todo mês pelo Halibut, coletando uma quantidade formidável de dados da Armada vermelha.

Essa foi pega de uma maneira tão inimaginável, que os almirantes da URSS nem sequer se preocupavam em usar códigos. E os americanos entendiam às mil maravilhas tudo o que diziam.

O Viktor Leonov, outro barco espião russo no porto de Havana.
O Viktor Leonov, outro barco espião russo no porto de Havana.
Em 1980, um funcionário infiel da NSA denunciou a Moscou a humilhante situação. Em 1981, a URSS conseguiu apoderar-se do equipamento, que agora está exposto no Museu da Grande Guerra Patriótica dedicado à Segunda Guerra Mundial, em Moscou.

“Tout va très bien, Madame la marquise” (“Tudo vai muito bem, senhora marquesa”) recitava um vaudeville engraçadamente entoado por Maurice Chevalier, até o momento de comunicar à infeliz marquesa que seu marido tinha se arruinado e suicidado, que o castelo havia pegado fogo e que não sobrou nem a cavalariça, nem sequer o burrinho preferido da desmaiada dama.

“Tout va très bien, web de l’Internet!”

Até quando?

Isso está sendo pensado no Kremlin...





domingo, 15 de novembro de 2015

Agonia da economia russa:
espoleta de uma precipitação de efeito mundial?

Efeitos da crise econômica que apenas começou serão devastadores.
Efeitos da crise econômica que apenas começou serão devastadores.



2016 poderá ser o último ano de bonança da combalida economia russa. O ministro russo das Finanças, Anton Siluanov, declarou durante uma audiência parlamentar que em 2017 a Rússia não conseguirá mais fechar seus déficits com os recursos do Fundo de Reserva.

“2016 será o último ano em que conseguiremos gastar nossas reservas do modo como estamos fazendo”, disse. “Então essas reservas terão acabado”, escreveu o jornalista Vitaliy Portnikov, analista da “Nezavisimaya Gazeta”, especializada nos países pós-soviéticos.

Segundo Portnikov, em termos mais simples, 2016 será o último ano da Rússia atual em que Putin ainda poderá pagar dívidas e ordenados com dinheiro.

domingo, 8 de novembro de 2015

A pequena Georgia, berço de Stalin,
enfrenta corajosamente a Putin

Soldados georgianos na inauguração de centro de treinos da OTAN em Tbilisi, Georgia
Soldados georgianos na inauguração de centro de treinos da OTAN
em Tbilisi, Georgia




Em todas as fronteiras com a Europa, o regime de Moscou sopra fatores de animosidade e belicosidade sob os mais variados argumentos. No Cáucaso, a ministra da Defesa da Geórgia, Tinatin Khidasheli, defendeu que seu país resiste à Rússia numa luta pela defesa da civilização.

A Georgia está acelerando seu processo de ingresso na OTAN, fato que enfurece Moscou. Para o Kremlin essa adesão prepara um novo conflito armado. Por isso acha que pode intensificar as campanhas de intimidação, os sequestros e as incursões aéreas, alertou o ministro georgiano.

Segundo ele a Rússia não quer que a Geórgia se consolide como país democrático, próspero e pró-ocidental exatamente junto a fronteiras esquecidas mas permeáveis.

Em entrevista para o jornal britânico The Telegraph, Tinatin Khidasheli defendeu que a Rússia deveria ser banida da Copa de 2018 por sua vontade de engolir os países vizinhos visando reparar a desarticulação da URSS.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Putin segue montando o esquema
do assalto à Europa

Posto de controle na fronteira estoniana com a Rússia.
Posto de controle na fronteira estoniana com a Rússia.



Estônia planeja cerca na fronteira com a Rússia


A rádio oficial alemã Deutsche Welle, informou que a pequena Estônia planeja uma barreira de arame farpado de 2,5 metros de altura e mais de 100 quilômetros de extensão para resguardar sua fronteira com a Rússia.

O objetivo é impedir o trânsito ilegal e proteger União Europeia e o país báltico, ex-integrante da União Soviética.

De acordo com as autoridades, também serão instaladas boias para delimitar a divisa em lagos e rios.

domingo, 25 de outubro de 2015

Tártaros bloqueiam economicamente a Criméia




Membros do povo tártaro que residiam na península invadida pela Rússia estão bloqueando as estradas que conectam a Crimeia à Ucrânia e por onde chegam grandes volumes de produtos indispensáveis para a região.

Os tártaros querem chamar a atenção para a discriminação e o acosso de que eles estão sendo objeto na península pelo invasor russo, noticiou o jornal “The Telegraph”, de Londres.

Centenas de tártaros, em certos casos apoiados por grupos de milicianos ucranianos, cortam as artérias vitais com blocos de cimento e tornam mais lenta a passagem dos caminhões nas autoestradas.

domingo, 18 de outubro de 2015

Novo Komintern (antiga Internacional Comunista)
age sob as ordens de Moscou

Manifestação pró-Putin em Paris, associado ao bolivarianismo, entretanto toma ares de 'extrema direita' para dissimular melhor.
Manifestação pró-Putin em Paris, associado ao bolivarianismo,
entretanto toma ares de 'extrema direita' para dissimular melhor.



A Rússia está instalando na Europa uma estrutura ideológica que se assemelha à Internacional Comunista, também conhecida como Terceira Internacional ou Komintern, criada e dirigida outrora pela União Soviética”, denunciou novo relatório do serviço de contra-inteligência da República Checa.

O velho Komintern, criado por Lenine para espalhar a revolução bolchevista no mundo, agiu escancaradamente desde 1919 até 1943.

Em 1943, os EUA e seus aliados exigiram o fechamento dessa Internacional Comunista como condição para o envio de auxílios maciços à URSS, em guerra com a Alemanha e sendo dobrada militarmente por esta.

domingo, 27 de setembro de 2015

Desastres aéreos militares russos
mostram fragilidade e perigos da ‘nova Guerra Fria’

Queda de helicóptero de ataque de nova geração em Riazan
Queda de helicóptero de ataque de nova geração em Riazan



Em Riazan, 180 quilômetros ao sudeste de Moscou, o exército russo organizou a competição aérea Aviadarts, destinada a exibir diante da população novos equipamentos de combate.

Diante de milhares de espectadores, um helicóptero de ataque Mi-28N de nova geração exibia com sua esquadrilha todas as suas capacidades, até que seu motor engasgou e o aparelho caiu, matando um dos pilotos, segundo a versão do Ministério da Defesa.

A Força Aérea russa suspendeu todos os voos desse modelo até o fim do inquérito. O Mi-28 também é exportado para países “amigos”.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Frotas e exércitos treinaram na Coréia,
no Mar da China e do Japão

O porta-helicópteros japonês JS Hyuga participando em exercícios no Mar da China.
O porta-helicópteros japonês JS Hyuga
participando em exercícios no Mar da China.



Pela primeira vez após a II Guerra Mundial, o Japão participou de um exercício naval conjunto com a frota americana e a marinha de guerra das Filipinas.

A China se sentiu visada pelo exercício. Há crescentes fricções no Mar da China, onde Pequim está criando ilhas artificiais em territórios disputados e instalando bases.

O Secretário de Estado americano John Kerry qualificou a conduta chinesa na região de forma de “militarização” que contribui para a instabilidade.

O Japão aprovou uma reforma legal por onde suas forças armadas, constituídas até agora exclusivamente pela Força de Autodefesa territorial, poderão intervir em ajuda de “países amigos”.

A potência do Sol Nascente está procedendo a novos lançamentos militares como o navio porta-helicópteros Izumu da mais moderna geração.

domingo, 30 de agosto de 2015

Falta de dinheiro e pressões ocidentais
fazem Rússia desistir de navios Mistral

Marinheiros russos junto ao Vladivostok, no porto de Saint Nazaire.
Marinheiros russos junto ao Vladivostok, no porto de Saint Nazaire.



A Rússia acabou desistindo da compra de dois navios da classe Mistral, adquiridos da França antes da crise da Ucrânia.

Os dois países ainda discutem o montante que deverá ser reembolsado a Moscou, que tinha efetuado parte do pagamento no tempo das vacas gordas, noticiou a Gazeta Russa.

A Rússia pede à França mais do que lhe teria adiantado pelos dois navios porta-helicópteros de desembarque, de uso múltiplo, dotados de avançada tecnologia.

“As negociações chegaram ao fim, tudo já foi decidido – tanto o cronograma, como as quantias”, anunciou Vladimir Kojin, conselheiro do presidente Vladimir Putin para questões militares. Mas isso depois não pareceu tão verdadeiro.

A Rússia alega ter feito despesas extras, como ancoradouros para os dois gigantes de guerra, modificações em helicópteros e despesas diversas em treino das centenas de marinheiros que iriam manipular os navios, que superam tudo o que a Rússia possui.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Rússia à testa da dopagem no atletismo mundial




Já antes do início do Mundial de Atletismo em Pequim, o esporte estava às voltas com um escândalo devastador, por causa da dopagem de muitos atletas, relatou o jornal Clarín de Buenos Aires.

800 atletas estavam sob suspeita. Entre eles, 145 medalhistas e 55 campeões olímpicos. A TV pública alemã ARD e o jornal britânico “The Sunday Times” publicaram dados da Agência Mundial Antidoping (AMA) referentes ao período 2001 a 2012.

O dossiê inclui mais de 12.000 analises a mais de 5.000 atletas, 800 dos quais deram resultados sanguíneos “anormais” ou que “sugerem dopagem”.

Em algumas especialidades, a dopagem parece maciça. Um terço das medalhas de atletismo olímpicas e mundiais desse período estaria sob suspeita, inclusive 55 campeões olímpicos e mundiais e um terço dos atuais recordes do mundo.

domingo, 23 de agosto de 2015

Kremlin excogita declarar ilegal a independência dos países bálticos

Lituano foge de tanque soviético durante a tomada da estação de rádio e TV em Vilnius, 13.01.1991
Lituano foge de tanque soviético durante a tomada
da estação de rádio e TV em Vilnius, 13.01.1991



A agência de imprensa russa Interfax informou que a “nova Rússia” decidiu revisar a legalidade do reconhecimento da independência das repúblicas bálticas Estônia, Letônia e Lituânia, informou o International Business Times.

Esses países outrora independentes foram ocupados pelo exército soviético em decorrência do Pacto nazi-soviético Ribbentrop-Molotov de 1939, que dividiu a Europa em duas zonas de influência: comunista e nacional-socialista.

A ocupação soviética, em junho de 1940, procedeu a um extermínio de massa das elites e à perseguição generalizada da Igreja Católica na Lituânia.

Os três países bálticos recuperaram a independência entre 1989 e 1992, durante a queda da União Soviética – URSS.

Agora Vladimir Putin quer restaurar as glórias passadas da URSS de Lênin e Stalin, e revisar, se não anular, o ato de reconhecimento da independência dos bálticos por parte da Federação Russa.

A Procuradoria Geral da Rússia acolheu pedido feito por parlamentares da Duma – Legislativo russo –, que denunciam como “organismo não constitucional” o Conselho que reconheceu ditas independências.

domingo, 16 de agosto de 2015

Argentina kirchnerista perto de Rússia,
como na era da URSS e da guerra das Malvinas

Cristina Kirchner em Moscou
Cristina Kirchner em Moscou
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Os representantes do governo argentino, Agustín Rossi e Sergio Berni, ao longo do ano assinaram em Moscou um vasto leque de acordos de cooperação russo-argentina, informou o jornal Clarín, de Buenos Aires.

Nem mesmo durante a Guerra das Malvinas se tinha visto uma aproximação tão intensa.

Um dos convênios visa à realização, pela primeira vez na história, de exercícios militares conjuntos entre os exércitos russo e argentino.

Outro convênio estabelece que os policiais de ambos os países trabalharão associados na perseguição aos narcotraficantes.

O governo Kirchner vinha afastando o país de uma cooperação intensa com os EUA nessas áreas. Agora a nacionalista e bolivariana revela o destino final dessa política: se aliar ao Kremlin.

O ministro de Defesa argentino, Agustín Rossi, assinou com seu homólogo russo um acordo para a “proteção mútua da informação secreta gerada pela cooperação técnico-militar” entre os dois países.

domingo, 9 de agosto de 2015

Empobrecimento do povo russo não incomoda o Kremlin

Miséria atinge hospitais russos
Miséria atinge hospitais russos



O desabamento da economia e a queda na pobreza da tão castigada população russa caracterizaram-se pelo aumento dramático dos furtos em supermercados e mercadinhos, segundo o jornal britânico The Telegraph.

Esses pequenos furtos, indicativos de uma população com carências básicas, aumentou 44% em 2014. O total dos bens roubados atingiu 930 milhões de rublos (perto de 20 milhões de dólares).

O surpreendente do dado é que os ladrões procuravam produtos de baixo valor, mas indispensáveis à sobrevivência, segundo informou o jornal moscovita Izvestia com base em dados do serviço tributário do governo.

Para o jornal, esses furtos são “apenas o topo do iceberg”, pois só são contabilizados os furtos denunciados à polícia e as lojas não costumam denunciar roubos de pequeno valor.

O verdadeiro nível desses roubos poderia ter atingido 2 trilhões de rublos ou perto de 40 bilhões de dólares.

domingo, 2 de agosto de 2015

Treinando a grande invasão

Navios suecos procuram submarinos russos em águas territoriais.
Navios suecos procuram submarinos russos em águas territoriais.




Exercício mira países escandinavos

Num exercício que envolveu 33.000 homens, o exército russo simulou a invasão dos países escandinavos Noruega, Finlândia, Suécia e Dinamarca, escreveu The Telegraph.

As manobras ocorreram no mês de março e tinham como fundo de quadro que uma revolução apoiada pelo Ocidente tentava derrocar o presidente Putin. O cenário de uma revolta interna na Rússia tira o sono da nomenklatura putinista.

Enquanto algumas unidades treinavam atacar a Noruega pelo norte, outras praticavam o assalto das ilhas Aland, pertencentes à Finlândia, e ainda outras simulavam a ocupação da ilha Gotland, da Suécia, e da ilha Bornholm, da Dinamarca.

Esses pontos são vitais para os transportes marítimos e constituem objetivos militares decisivos. Se a Rússia os ocupasse, isolaria os países bálticos Estônia, Letônia e Lituânia.

“Se eles conseguissem o controle desses territórios, tornaria impossível aos países da OTAN auxiliar os países bálticos”, comentou Edward Lucas, vice-presidente do Centre for European Policy Analysis e autor do relatório pormenorizando a manobra russa.

domingo, 19 de julho de 2015

Rússia e Ocidente “brandem sabres nucleares”

O míssil balístico intercontinental russo R-36MSS-18 apelidado 'Satan'.
O míssil balístico intercontinental russo
R-36MSS-18 apelidado 'Satan 2'.



O secretário de Estado das Relações Exteriores da Inglaterra, Philip Hammond, aventou a hipótese de o país instalar mísseis nucleares americanos em seu território em resposta à movimentação de mísseis intercontinentais atômicos por parte da Rússia desde a invasão da Ucrânia, informou o site Slate.fr.
“Isso pode vir a acontecer, mas acredito que devemos agir de maneira muito prudente na execução do plano”, respondeu Hammond à BBC.
A posição do ministro reflete o clima de insegurança que domina as altas esferas no Oeste e no Leste da Europa.
“Precisamos enviar uma mensagem clara à Rússia no sentido que não toleraremos que ela viole as linhas vermelhas”, acrescentou Hammond.
Na residência presidencial de Novo-Ogaryovo, perto de Moscou, durante uma entrevista de imprensa conjunta com seu homólogo finlandês Sauli Niinisto, o presidente Putin declarou que a Rússia apontaria suas armas nucleares contra toda força que ameace sua segurança, noticiou a agência Reuters.

domingo, 12 de julho de 2015

Putin esconde a verdade
e aumenta desconfiança de ataque russo

O  EXIF da selfie postada em rede social delata com extrema precisão  o local onde estavam estes soldados russos na hora da foto.
O  EXIF da selfie postada em rede social delata com extrema precisão
o local onde estavam estes soldados russos na hora da foto.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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diversos blogs




Segundo editorial do The New York Times, o presidente da Rússia Vladimir Putin manipula e suprime fatos sobre a guerra na Ucrânia com a mesma frieza com que dispararia sua Kalashnikov AK-47 ou um míssil.

Ele insiste que não há soldados ou armas russas no leste ucraniano, contradizendo as provas em contrário publicadas pela OTAN, pelos EUA e por jornalistas independentes.

Embora o jornal não diga algo novo, seu editorial se reveste da maior gravidade, pois The New York Times tem uma influência talvez inigualável na intelligentsia liberal esquerdista dos EUA e no alto mundo da finança internacional.

Ele vinha assumindo uma atitude cautelosa, poupando a imagem e as ilegalidades de Putin. Agora mudou de atitude, talvez sentindo que nas altas esferas que a diretoria do jornal frequenta e recebe confidências acontecem mudanças muito profundas.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Rússia inadimplente na Argentina!

Ministro argentino De Vido (dir.) foi para Rússia, mas não viu o dinheiro prometido.
Ministro argentino De Vido (dir.) foi para Rússia,
mas não viu o dinheiro prometido.



Vladimir Putin vem elogiando o governo nacionalista-populista de Cristina Kirchner como o seu melhor aliado na América Latina e assinou com ele dezenas de acordos, inclusive econômicos.

Mas eis que chegada a hora de sair da conversa e pôr o dinheiro prometido sobre a mesa, este não apareceu...

A Rússia não tem fama de cumprir acordos que não sejam de grande interesse para ela. Além do mais, sua economia vai se afundando aceleradamente após a invasão da Ucrânia, de um lado pelas respostas econômicas do Ocidente, e de outro, em grande medida, pela baixa cotação do barril de petróleo.

Assim, na hora combinada, o banco russo Vnesheconombank (Banco de Desenvolvimento e Assuntos Econômicos Exteriores, equivalente ao BNDES), que devia bancar com até 85% do custo da barragem de Chihuido, em Neuquén, Patagônia, não depositou os US$ 2,6 bilhões prometidos, segundo noticiou Clarín de Buenos Aires.

domingo, 5 de julho de 2015

Delírio putinista de grandeza
não tem base na realidade




Moscou não consegue manter um exército de grandes dimensões como o antepassado soviético, escreveu o jornal The New York Times.

A propaganda do presidente Vladimir Putin acena com acentos épicos para a grandeza oca da era soviética, e assim os sofridos cidadãos russos não olhem a catástrofe interna que padecem no dia-a-dia .

Assim tenta distrair a atenção popular do funesto estado econômico e político do país.


Simultaneamente Putin é levado a contragosto a suspender elementos essenciais para a vida dos cidadãoes.

Na saúde pública o quadro geral continua desolador. Moscou incentiva o fechamento de hospitais e centros de saúde ineficientes, redundantes e em más condições.

Em teoria vai trocá-los por outros mais modernos e pagar melhor os funcionários da saúde. Mas, aplicando um critério de qualidade, terá que fechar um número espantoso de hospitais.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Base estratégica da OTAN no Ártico
cai de alegre em mãos russas

A base de Olavsvern em mãos russas.
A base de Olavsvern em mãos russas.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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“O comunismo morreu!” – comemorou muito ingênuo a partir de 1991.

A mídia, que havia sido infiltrada intensamente pela União Soviética, ecoou o alegrote e desatinado soneto.

As prevenções caíram sem que se escarafunchasse demais a autenticidade dessa “morte”.

Entre outras coisas, o Ocidente se desarmou e desmoralizou suas Forças Armadas. Um pouco por toda parte, elas foram sendo mirradas ou condenadas a virar uma polícia mais pesadamente armada, com armas que diminuíam em número e, sobretudo, iam enferrujando.

A Noruega parece ter acreditado nessa ciranda tola, mas envenenada.

Ela possuía no Ártico uma base secreta de submarinos, vital para a defesa do Atlântico Norte ameaçado pelos submarinos soviéticos. Era a base de Olavsvern, perto do porto de Tromsø, que no entanto deixara abandonada.

domingo, 28 de junho de 2015

“Com sorte” nova guerra na Europa Central
não será nuclear diz fonte da OTAN

Ruínas do aeroporto de Donetsk
Ruínas do aeroporto de Donetsk
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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John Schindler, antigo analista da NSA, especialista em geopolítica, conferencista da Escola Naval dos EUA e conhecido pelos seus contatos de alto nível na hierarquia americana, confidenciou ter ouvido de uma alta patente não-americana da OTAN que “haverá provavelmente uma guerra neste verão (inverno no nosso hemisfério sul). Se tivermos sorte, ela não será nuclear”, escreveu o site Slate.

A opinião referida por Schindler coincidiu com a escalada de tensões entre os aliados ocidentais de um lado, e russos e chineses de outro, tendo como centro o problema ucraniano.

A Noruega suspeita de submarinos russos que circulam há meses nas profundezas do Báltico, ao largo de Oslo.

Diante da insistência da Grã-Bretanha, a OTAN resolveu a reagir, informou The Telegraph. Dezoito navios participaram de um exercício de grande envergadura no Báltico, enquanto tropas britânicas foram participar de exercícios conjuntos com o exército da Estônia, país fronteiriço com a Rússia.

Foi o exercício militar mais importante na região desde o fim da URSS.

No Círculo Ártico, nove países, incluindo os EUA, a França e a Grã-Bretanha, lançaram a operação “Desafio Ártico”, mobilizando 4.000 homens e 90 aviões durante doze dias.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Estônia: cismáticos voltam para o catolicismo
fugindo da agressividade russa

Igreja católica de rito greco-católico na capital da Estônia
Igreja católica de rito greco-católico na capital da Estônia
está ficando pequena para acolher as conversões.




Seguidores da igreja greco-cismática dirigida pelo Patriarca de Moscou estão abandonando essa falsa igreja na Estônia.

Eles preferem se encaminhar para o rito greco-católico ucraniano, em boa medida por causa das provocações da propaganda do Kremlin contra a independência de seu país, informou a agência Religion Information Service of Ukraine, RISU.

A líder da associação Congresso Ucraniano da Estônia, Vira Konyk, declarou:

“Muitos jovens que obviamente não pertenciam à comunidade católica estiveram presentes nas celebrações da Páscoa. Verificou-se que a maioria deles provinha da igreja ortodoxa estoniana, dependente do Patriarcado de Moscou.

“Pelo fato de o Patriarcado de Moscou apoiar a agressão russa contra a Ucrânia, o pessoal deixou de ir às suas igrejas e iniciou um percurso rumo ao rito greco-católico da igreja ucraniana, ou UGCC”, disse Vira Konyk.

A isso se acresce que, para participar da Liturgia Pascal, acorreram este ano à Igreja Católica fiéis procedentes não só da capital, mas de todas as partes da Estônia.

“Não se tratava apenas de ucranianos que vinham, mas de estonianos e pessoas de outras nacionalidades”, acrescentou.

As provocações da Rússia de Putin fazem lembrar o tiro que sai pela culatra.


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