domingo, 29 de maio de 2016

Professora desvenda métodos KGB de Putin
para seduzir as direitas francesas

A professora Cécile Vaissie denuncia os métodos russos herdados da KGB para financiar e seduzir certas direitas iludidas ou afins no anti-EUA de Putin
A professora Cécile Vaissie denuncia os métodos russos herdados da KGB
para financiar e seduzir direitas iludidas ou afins no anti-EUA de Putin
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs



A professora de Estudos Russos Soviéticos e pós-Soviéticos da Universidade de Rennes 2, na França, Cécile Vaissié, acaba de publicar um estudo aprofundado sobre a evolução das “redes de influência” russas em seu país desde o tempo da URSS até os dias presentes, comentou o especialista Paul A. Goble para a agência Euromaidanpress.

O livro Les Reseaux du Kremlin en France (As redes do Kremlin na França, Ed. Les petits matins) descreve os métodos de Moscou para penetrar na mídia e conquistar amizades nos ambientes políticos recorrendo a uma rede de financiamentos ocultos em território gaulês

Essa rede ter-se-ia revelado muito eficaz num inesperado setor do espectro político, embora a imagem da Rússia na população francesa em geral não seja boa.

A professora Cécile Vaissié foi entrevistada sobre seu livro em francês e em inglês pela France 24. Reproduzimos os vídeos no fim do post.

domingo, 22 de maio de 2016

Tártaros da Criméia
indignados com a opressão russa

Policia secreta russa reprime dissidentes tártaros.
Policia secreta russa reprime dissidentes tártaros.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
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A população tártara da Crimeia está indignada com a opressão que sofre por parte dos invasores russos de sua terra.

A tensão atingiu mais um patamar quando a Procuradora Geral da península, Natalia Poklonskaïa, suspendeu a Assembleia dos Tártaros, ou Medjlis, acusando-a falsamente de praticar “atividades extremistas” e de trabalhar pela “desestabilização”, escreveu o jornal parisiense “Libération”.

O Medjlis é o órgão representativo da população tártara da Crimeia. Os tártaros são um povo muçulmano de etnia turca que fizeram parte das hordas mongólicas que invadiram e devastaram o mundo eslavo entre os séculos XV e XVIII.

Após essas guerras, os tártaros se fixaram na Crimeia, dedicando-se à agricultura e ao artesanato, adotaram muitas formas da cultura ocidental e passaram a viver em paz com a população local, preservando a nostalgia de suas raízes históricas.

Os tártaros da Crimeia resistiram à revolução bolchevique, até que o regime comunista empreendeu uma sanguinária perseguição contra eles, coletivizando suas terras com a reforma agrária e dizimando-os nas Grandes Purgas dos anos 1930.

Uma geração inteira de homens de elite, políticos e intelectuais tártaros famosos foi massacrada pelo comunismo com falsas acusações.

domingo, 15 de maio de 2016

Opositores russos agredidos com ácido
por agentes putinistas

Lyudmila Ulitskaya agredida com ácido em ato lembrando os milhões de vítimas do comunismo soviético.
Lyudmila Ulitskaya agredida com ácido em ato
lembrando os milhões de vítimas do comunismo soviético.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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No centro de Moscou, por volta de vinte ativistas putinistas atacaram a romancista Lyudmila Ulitskaya conhecida pela sua posição crítica em relação à “Nova Rússia” de Vladimir Putin.

Lyudmila participava com alguns alunos de um concurso organizado pela associação Memorial, o principal grupo defensor dos direitos humanos na Rússia. Memorial concentra suas atividades em resgatar a memória das milhões de vítimas do comunismo soviético, inclusive nos campos de concentração, segundo informou a agência AFP.

Como já se tornou usual, uma vintena de militantes putinistas ligados ao Movimento de Libertação Nacional (NOD, sigla em russo), coordenado pelo deputado pró-Kremlin Evgueni Fiodorov, jogaram ovos e líquidos químicos contra Lyudmila em plena cerimônia.

Refutando o comentário de que “ainda bem que não foi ácido sulfúrico”, Lyudmila deplorou que “essas são nossas condições de vida”, referindo-se às hostilidades que sofrem todos aqueles que querem reparar os crimes cometidos pelo comunismo na era soviética.

Putin não vê com bons olhos essas atividades e costuma enviar provocadores ou montar artifícios burocráticos para impedi-las ou bloqueá-las.

domingo, 8 de maio de 2016

Varsóvia aponta a Putin e a ex-presidente
pelo suspeito acidente aéreo de Smolensk.
Katyn II?

Em Varsóvia, o presidente Jaroslaw Kaczynski homenageia Lech Kaczynski
morto com sua mulher e mais 94 personalidades em estranho acidente na Rússia
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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As cerimônias do 6º aniversário do misterioso desastre aéreo na Rússia que decapitou a liderança política da Polônia tiveram um acirrado tom de Guerra Fria, noticiou a agência France Presse.

O atual presidente conservador polonês Jaroslaw Kaczynski é irmão do presidente polonês Lech Kaczynski falecido no trágico acidente.

Em 10 de abril de 2010, o presidente e a cúpula do governo de Varsóvia foram participar de uma cerimônia em Katyn, na Rússia, por ocasião do 70º aniversário do massacre de vários milhares de oficiais poloneses prisioneiros do Exército Vermelho comunista.

O cruel crime de massa foi perpetrado em plena II Guerra Mundial pela polícia secreta soviética, KGB, onde se formou Vladimir Putin.

O avião que transportava o presidente polonês, sua mulher e 94 outras personalidades de alta patente política e militar, deveria ter pousado no aeroporto russo de Smolensk. Porém, caiu em circunstâncias suspeitas e ainda não esclarecidas.

Ninguém foi recuperado com vida, malgrado as condições da queda sugerirem a possibilidade de sobreviventes.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Putin sai semi-frustrado da Síria

Su-24 russo cai derrubado por jato turco. Intervenção militar russa no Oriente Médio não pacificou mas acirrou os confrontos.
Su-24 russo cai derrubado por jato turco.
Intervenção militar russa no Oriente Médio
não pacificou mas acirrou os confrontos.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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O presidente russo Vladimir Putin anunciou de modo surpreendente a retirada do grosso de suas tropas da Síria. A saída pareceu tão estranha como sua decisão de efetivar bombardeios poucos meses antes.

Segundo o jornal de Madri “El Mundo”, a saída está ligada parcialmente a suas matreiras agressões militares em diversas frentes do planeta. Putin tinha prometido exterminar o Estado Islâmico, mas este segue ativo.

As bombas russas danificaram o território e as instalações dos inimigos do fundamentalismo islâmico e do governo pró-russo de Damasco.

Confira: Aviação russa bombardeia hospitais civis e força migração de massa

Se os adeptos do Corão estão sofrendo reveses é por causa das tropas e das milícias independentes sírias e iraquianas.

Para o jornal espanhol, Putin entrou no conflito para salvar o regime sírio, seu aliado, mas saiu sem vencer o adversário. Assim, a guerra não teria conclusão e o êxodo da população civil prosseguirá.

A aliança da Síria com Moscou perpetua os tempos e as estratégias soviéticas. Também é desses tempos que datam as bases russas no país.

Essa presença alavanca a influência russa no Oriente Médio e no Mediterrâneo Oriental.

domingo, 1 de maio de 2016

Personalidades pedem perdão
pelos crimes anticatólicos do Patriarcado de Moscou

Na farsa conhecida como 'Sínodo de Lvivi' em 1946, por ordem de Stalin o Patriarcado de Moscou fechou a igreja greco-católica.
Na farsa conhecida como 'Sínodo de Lviv' em 1946,
por ordem de Stalin o Patriarcado de Moscou
fechou a igreja greco-católica.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Dezoito [e o número vem crescendo] personalidades russas e ucranianas “ortodoxas” publicaram um pedido de perdão ao rito greco-católico pelo crime de supressão do Catolicismo praticado pelo Patriarcado cismático de Moscou, informou a agência Zenit.

O atroz atentado foi efetivado em conluio com a ditadura comunista soviética, e aconteceu em 10 de março de 1946, há 70 anos.

“Nós lhes pedimos humildemente perdão por todas as injustiças das quais foram vítimas com a cumplicidade da autoridade da Igreja Ortodoxa e nos curvamos perante os mártires da Igreja greco-católica ucraniana”, diz o documento, intitulado “É urgente para os cristãos ortodoxos reconhecer a terrível verdade do 10 de março de 1946”.

Naquela data, um ilegítimo “Sínodo de Lviv” declarou extinta a Igreja Católica, confiscou todos os seus bens e os entregou ao Patriarcado de Moscou. Esse Patriarcado é hoje presidido pelo patriarca Kirill, que assinou recentemente, junto com o Papa Francisco, a Declaração de Havana.

O pedido de perdão foi entregue à agência Zenit por um dos signatários, Antoine Arjakovsky, diretor emérito do Instituto de Estudos Ecumênicos de Leópolis, diretor de pesquisa no Collège des Bernardins, de Paris, e autor do livro O que é a Ortodoxia?.

Entre os co-signatários figuram os sacerdotes Georges Kovalenko, André Doudtchenko, Michael Plekon, Christophe Levalois, André Louth, a poetisa e professora universitária russa Olga Sedakova, os filósofos Bertrand Vergely e Constantin Sigov, o presidente de Acer-Mjo [Ação Cristã de Estudantes Russos – Movimento de Juventude Ortodoxa] Cyrilo Sollogoub, o escritor americano Jim Forest, o professor universitário Daniel Struve, entre outros.