Resultados pre-anunciados esvaziaram significado do pleito |
O candidato russo à presidência, Grigory Yavlinsky, chefe do partido liberal Yabloko, poderia impedir a vitória pré-programada de Vladimir nas eleições presidenciais russsas, escreveu o jornal parisiense “Le Figaro”.
Mas os atuais chefes supremos da Rússia não hesitaram. A fraude programada tinha que dar certo, como planejado e como se deu de fato.
A Comissão Eleitoral russa, instituição acusada de organizar e acobertar a falsificação massiva dos resultados das eleições parlamentares de dezembro, o “apagaram” das listas oficiais com pretextos que não convenceram ninguém.
Dezembro 2011: denunciar fraude dá em prisão |
O partido Yabloko foi uma das principais vítimas de falsificação das eleições de 2011, que permitiu ao partido de Putin beirar os 50% dos votos, resultado considerado artificialmente inflacionado pelo conjunto dos peritos ocidentais.
Outros candidatos independentes foram sistematicamente rejeitados pela Justiça Eleitoral através de obscuros pretextos legais. O Kremlin saudou a proscrição da candidatura do popular governador de Irkutsk (Sibéria), Dmitri Mezentsev.
O espetáculo de fraude é tão delirante que a mídia oficial noticiou que Mezentsev comemorou sua desqualificação dizendo ter sido uma decisão “sábia e bem fundada”. Ai dele se pensasse de modo diferente e, sobretudo, se contestasse a decisão oficial.
Culto delirante da personalidade encheu mídia russa |
As declarações da Justiça Eleitoral russa fazem lembrar as palavras do ex-presidente Lula ao comemorar que nenhum candidato presidencial brasileiro em 2011 era conservador ou de direita.
A mídia e os governos democráticos ocidentais verteram mais algumas lágrimas de crocodilo na eleição que coroou Putin, mais uma vez, como chefe do soviet supremo russo, o qual, apesar de não mais levar mais esse nome espantoso, funciona com métodos análogos aos dos sinistros tempos de Stalin.
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