Destaques do acidente com o helicóptero Ka-52 em exibição na Zapad 2017 |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A Rússia realizou em setembro os exercícios militares Zapad 2017 (Oeste 2010).
Eles suscitaram preocupação no Ocidente pelo número dos efetivos oficialmente anunciados (12.700 militares, dos quais 7.200 bielorrussos e 5.500 russos) e pelo volume do equipamento usado (cerca de 70 aviões e helicópteros, 250 carros de combate, 200 sistemas de artilharia, lança-foguetes múltiplos e morteiros, e 10 navios de guerra).
Segundo os observadores ocidentais, os números teriam sido ainda maiores, registrou o jornal “El Mundo”, de Madri.
O governo russo acreditou jornalistas nacionais e estrangeiros para contemplar seu poderio militar – a qualidade de seu armamento e o grau de treinamento de seus soldados.
E preparou para esse fim uma demonstração em que modernos helicópteros modelo Ka-52 atingiriam alvos predispostos.
Porém, ao serem disparados, os foguetes saíram em direção dos espectadores, segundo informou o portal de noticias '66.ru', que publicou um vídeo gravado por uma fonte que guardou o anonimato.
“Pelo menos dois carros pegaram fogo e duas pessoas ficaram gravemente feridas e agora estão hospitalizadas”, disse a fonte.
Tupolev-22M acidentado durante os exercícios Zapad 2017
O Ministério de Defesa russo confirmou o fato ao jornal ‘Kommersant’ e disse que uma comissão investigará o incidente, mas negou que houvesse feridos.
“O sistema de fixação do alvo fez uma captura errônea do objetivo. Um dos caminhões sem ocupantes foi danificado”, disse o serviço de imprensa do Distrito Militar Oeste. De fato, ele foi totalmente destruído.
O Exército russo não esclarece onde nem quando isso aconteceu, nem mesmo quantas nem quais são as vítimas, provavelmente jornalistas.
Segundo o site ‘66.ru’, o acidente se deu em Luzhsky, perto de São Petersburgo, tendo Vladimir Putin visitado o local poucos dias depois.
O ocorrido revela como são limitadas as qualidades do exército que ainda usa bandeiras com a foice e o martelo para enfrentar eventuais antagonistas ocidentais.
Revela também a necessidade da Rússia de aplicar técnicas de guerra híbrida, psicológica e de informação para desmoralizar e caotizar os países que ela considera seus adversários e futuros escravos.
Guerra à qual os promotores da Revolução Cultural imoral e blasfema no Ocidente prestam serviços superiores a qualquer foguete ou arma militar, por mais poderosa que esta pretenda ser.
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