Os agentes da KGB Mikhailov e Putin têm missões com roupagens diversas. Mas os dois devem ludibriar os conservadores ocidentais, entre outras enganações |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Vladimir Putin parece determinado a apelar para todas as técnicas de simulação e engano que aprendeu nas escolas de espionagem da KGB onde se formou.
No intuito de forjar de novo a “grandeza da URSS”, todo artifício é justificado. Entre eles, recorrer aos líderes da Igreja Cismática Russa, mais conhecida como Ortodoxa.
Na cúpula dessa igreja ele dispõe, devidamente formados e instalados, bispos formados na KGB soviética como ele, os quais se constituíram num apoio ativo da ditadura comunista.
Vários desses bispos se destacaram como auxiliares da expansão soviética. Dentre eles cabe mencionar os que, instruídos pelo Kremlin, participaram como observadores do Concilio Vaticano II, quando obtiveram que a magna assembleia nada fizesse que pudesse redundar em dano ao regime soviético.
Agora Putin os está utilizando para afiançar seu poder. E, com o cinismo próprio de um agente formado para qualquer serviço, ele está promovendo a Igreja Ortodoxa, ao mesmo tempo em que tenta abafar a pregação da Igreja Católica.
Assim, o ensino dos erros religiosos cismáticos transformou-se em matéria escolar nos institutos do Estado. No país cuja conversão Nossa Senhora prometeu em Fátima, Putin contribuiu para restaurar ou erigir mais de 3.000 templos, todos eles entregues aos cismáticos, furiosos inimigos de Nossa Senhora de Fátima.
Religioso cismático beija mão de Putin |
A cena foi chocante e por demais reveladora. O porta-voz oficial do governo, Dmitri Peskov, tentou explicar ao diário Izvestia que o prelado, padre Mefody, “é um estrangeiro muito emotivo”.
Porém, o religioso submisso a Putin se defendeu, dizendo não haver nada de mal lhe beijar a mão, usando este argumento: “Nos Bálcãs temos a tradição de venerar sempre nossos superiores”.
Para a oposição russa, mais enfronhada nas artimanhas de Putin, o padre Mefody beijou a mão de Putin por reconhecê-lo “como verdadeiro chefe da Igreja russo-ortodoxa”, noticiou em seu momento a agência de notícias italiana AGI.
Contudo, a mais ousada iniciativa de Putin tem como alvo o Ocidente e seu instrumento dócil é o “agente Mikhailov”, da KGB, mais conhecido por fazer o papel de Patriarca de Moscou e Patriarca da Igreja Cismática Russa.
Num gesto surpreendente para os desavisados o “agente Mikhailov” foi à Polônia e assinou juntamente com D. Józef Michalik, arcebispo de Przemysl e presidente da Conferencia Episcopal Polonesa, uma “Mensagem conjunta às nações de Polônia e da Rússia”.
A mensagem possui todos os elementos para atrair muitíssimos católicos, que estão frustrados com o laicismo agressivo dos governos ocidentais e afetados pela crise econômica.
A Mensagem dribla habilmente o problema do cisma provocado há séculos pelos ditos “ortodoxos”, e chega a silenciar completamente o comunismo ao falar dos sofrimentos dos dois povos durante a II Guerra Mundial e no pós-guerra. Ainda bem para o “agente Mikhailov”: seu chefe não teria gostado nada de qualquer crítica aos responsáveis do maior morticínio da História.
Ex-agentes da KGB querem dar um abraço mortal aos conservadores religiosos ocidentais |
Após as omissões velhacas, as afirmações com duplo objetivo: a Mensagem lembra os “princípios morais fundamentais baseados nos Dez Mandamentos”, lembrança essa muito rara ouvir dos bispos ocidentais e que só poderá ser atribuída ao Patriarca de Moscou.
O astuto texto condena claramente a promoção do aborto, da eutanásia e das práticas homossexuais, bem como a perseguição aos símbolos cristãos em locais públicos, à família e aos valores cristãos em geral. E faz até um apelo forte em favor da Cristandade, termo do qual as conferências episcopais de rito latino em geral fogem como do diabo.
A seguir a mensagem se volta contra o “estilo de vida consumista” infelizmente instalado nas sociedades nas quais ainda se respeitam a propriedade privada e a livre iniciativa.
A Mensagem parece feita como uma luva para a mão que comanda a estratégia do Kremlin: estender os braços para os setores católicos e cristãos em geral, cada vez mais crescentes e influentes, que reagem contra a ofensiva laicista anticristã.
Objetivo? Tentar convidá-los para uma frente ampla contra o regime que acabou prevalecendo sobre o socialismo da falida URSS.
Se esses católicos normalmente desprevenidos diante das astúcias dos métodos da KGB caírem na armadilha, teríamos uma aliança mais ou menos explícita de católicos conservadores com os representantes religiosos da renovada KGB.
Se o regime de propriedade privada e da livre iniciativa for d errubado no Ocidente, então a linguagem e os métodos do “agente Putin” e do “agente Mikhailov” passarão a ser terrivelmente outros.
Parece que Felix Dzerjinsky de novo está na moda. Por ventura, o termo "TROIKA" que agora tão popular, não é da origem chequista ???
ResponderExcluirhttp://www.rusimperia.info/news/id14179.html#comments
Seus doentes. Parem de argumentar as coisas com base em NOssa Senhora de Fátima e percebam que Putin está contra os inimigos do Ocidente, ele pôs esses caras presos na Sibéria. Mas, claro, eu aposto meu mindinho esquerdo que vocês têm o rabo preso com o dito "ZOG". Olho aberto com os pseudo-conservadores brasileiros alinhados com Israel.
ResponderExcluirO padre que beijou a mão do Putin, teria problemas no Brasil com o nome que tem.
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