Moscou atiça a Coreia do Norte contra o Ocidente

Putin olha com esperanças para a Coreia do Norte de Kim Jong-un 900.

O presidente russo Vladimir Putin está instigando a Coreia do Norte a provocar o Ocidente, comentou o “Business Insider”.

Angustiado pelos magros resultados que está obtendo na Ucrânia, o fundador da “nova URSS” ou “URSS 2.0” tenta reforçar suas alianças com o ditador norte-coreano – sempre submisso ao dogma marxista – e aprofundar mais uma grave ameaça para a ordem mundial.

O regime ditatorial de Pyongyang se esforça canhestramente para desenvolver um programa de armas nucleares mediante o uso de velhos mísseis soviéticos.


Há anos que a Rússia procura fazer da Coreia do Norte um ponto de apoio para se contrapor à influência dos EUA no Pacífico. Porém, a crise ucraniana apressou a urgência.

Por sua vez, a paupérrima Pyongyang gasta o que não tem em melhorar mísseis soviéticos dessuetos, necessitando desesperadamente de recursos tecnológicos, econômicos e militares da Rússia.

“Reforçando as relações com a Coreia do Norte, a Rússia tenta ganhar posições face aos EUA e o Japão”, disse Narushige Michishita, especialista em segurança para a Coreia do Norte e a Ásia do Japan's National Graduate Institute for Policy Studies.

Mísseis nortecoreanos usam vetusta tecnologia soviética.

Nos últimos meses, Moscou ofereceu ao megalomaníaco ditador marxista vários projetos econômicos, e a Duma – Congresso russo – perdoou suas dívidas de $10 bilhões de dólares, contraídas na era soviética.

Também prometeu reinvestir $1 bilhão de dólares numa linha de trem transiberiana que atravessaria a Coreia do Norte e chegaria até a Coreia do Sul, projeto que nunca saiu do papel. A proposta inclui a construção de um gasoduto que permitiria à Rússia exportar gás e eletricidade à Coreia do Sul, ficando essa na dependência das torneiras manipuladas pela Coreia do Norte.

As conversações para desnuclearizar a Coreia do Norte vêm se arrastando por muitos anos, sem nenhum resultado real, por causa da má vontade do regime comunista desse país. Com o apoio sorrateiro ou explícito de Moscou, a prepotência norte-coreana só pode aumentar.

Michishita disse que a “Coréia do Norte não vai se desnuclearizar de jeito algum. Um melhor relacionamento com a Rússia é um fator positivo que ela tentará usar para endurecer sua posição em relação não somente aos EUA e ao Japão, mas também à China”.

O plano de Vladimir Putin de atacar a ordem mundial em todos os frentes continua adiante.


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