terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O trem russo do Apocalipse
entrará em serviço em 2018

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Havia um trem interditado pelo Tratado de Desarmamento nuclear americano-soviético conhecido como START-II.

Mas ele foi novamente autorizado pelo Tratado sobre Reduções Estratégicas Ofensivas (SORT), assinado em Moscou pelos EUA e pela “nova Rússia” em 24 de maio de 2002.

O comboio em questão está camuflado de trem para passageiros ou carga, mas na realidade transporta mísseis atômicos intercontinentais que podem ser disparados a qualquer momento.

Putin está promovendo ativamente
o rearmamento nuclear intercontinental da 'nova-Rússia'
O trem circula permanentemente nos trilhos e em estações de uso civil. E ali cessam as aparências.

As exterioridades se abrem e um mecanismo põe em posição de disparo o engenho apocalíptico capaz de arrasar as maiores cidades americanas.

Ele já era operacional nos tempos da URSS e tornará a sê-lo a partir de 2018.

Segundo o blog Foxtrotalpha, especializado em defesa, o equilíbrio do terror deixará de ser um fato do passado e ingressará com seu aterrador espectro na Nova Guerra Fria.

Os vídeos disponíveis produzidos pela URSS mostram o “Sistema ferroviário de mísseis de combate”, nome que lhe atribui o exército russo, circulando entre trens comuns e num local inesperado, disparando seus engenhos mortais.

As vantagens para a Rússia são múltiplas e Putin não quer desaproveitá-las.

O sistema é muito mais barato do que submarinos ou bombardeiros equivalentes, aliás de qualidade muito discutível.

O 'Barguzin' fingindo ser civil
pode apagar milhões de vidas de 24 cidades
Se movimentado habitualmente, terá aparência de objetivo civil e o adversário deverá pensar duas vezes antes de tentar atingi-lo, pois muitas vidas inocentes podem ser apagadas.

Como fazem os terroristas do Hamas estabelecendo seus quartéis debaixo de casas habitadas por famílias, escolas, hospitais, ou prédios públicos.

Os vagões “Barguzin” (vento do leste que sopra no lago Baikal), codinome desse trem, se parecem com vagões frigoríficos comuns.

Já estão programados cinco trens, cada um dos quais será capaz de transportar seis mísseis RS-24 com quatro cabeças nucleares.

No total, 24 ogivas termonucleares em cada comboio, cada uma com o poder de apagar uma grande cidade da superfície do globo.

Teoricamente, é impossível interceptar o RS-24, pois ele voa a uma velocidade de MACH 20 e teria uma precisão na ordem de 50 metros após um voo de 10.000 quilômetros.

Segundo slate.fr, o trem patenteia a vontade russa de modernizar seu arsenal nuclear e de reinstalar o “equilíbrio do terror” apontado contra o Ocidente.

Também a “nova Rússia” está investindo em bombardeiros de longo alcance e em submarinos, estando os atuais muito desfasados face aos americanos.

O 'Barguzin' circula por estações e linhas férreas de uso civil
A economia russa está em queda livre e se prevê uma profunda recessão em 2015. Porém Vladimir Putin continua recuperando as velhas e imorais armas para atingir o antigo sonho da falida URSS marxista-leninista.

Sua estratégia é de Guerra Fria. No tempo dos sovietes, enquanto a população gemia de fome, os engenhos de morte saíam de sinistros laboratórios, mesmo a custos monstruosos.

E Putin talvez encontre no conflito externo o pretexto para reforçar seu regime interno de opressão e concretizar o sonho de Lênin e de Stálin.

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