Civis treinam para lidar contra insurgentes teleguiados desde Moscou |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
“Carece de todo senso imaginar nos invadir: nós não nos renderemos jamais!”, afirmou peremptoriamente Dalia Grybauskaité, presidente da Lituânia. O povo lhe pede segurança acima de tudo, segundo recolheu FranceTV.
O povo lituano é diminuto em população e território, mas não carece de bom senso e coragem.
Por isso, não leva a sério as declarações distensionistas que o Ocidente engole e teme positivamente a invasão russa. A Lituânia tem fronteira com o supermilitarizado enclave russo de Kaliningrado.
Lituanos treinam para lances inusitados de 'guerra híbrida' |
Mas no ar são Mirages franceses que vigiam o céu lituano, habitualmente violado por voos de intimidação russa.
Em terra, soldados americanos, canadenses e europeus treinam para combater num clima adverso.
Foi restabelecido o serviço militar nacional, que havia sido suprimido em 2008. Cada cidadão lituano recebeu uma cartilha sobre como resistir em caso de uma invasão que se prevê esmagadora desde o primeiro instante.
De Londres tampouco vieram notícias muito positivas para Putin, segundo a Reuters.
O ministro de Defesa britânico, Michael Fallon, acusou o regime russo de tentar semear a discórdia nas relações com o Ocidente através da desinformação e da pirataria informática.
“Lamentamos essa posição hostil do ministro”, respondeu o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Manual explica como se equipar para a guerrilha após a Rússia invadir o país. |
A Rússia está claramente testando a NATO e o Ocidente.
Ela procura estender sua esfera de influência, desestabilizar os Estados e debilitar a Aliança”, disse.
“A NATO e o Ocidente devem responder combatendo mais intensamente as contra-verdades espalhadas pela propaganda de inspiração soviética. Nós temos que lutar contra a pravda (verdade) de Putin fazendo brilhar mais rapidamente a verdade”.
Teme-se que, da mesma maneira que tentou falsear as eleições americanas, a Rússia aja com seus agentes de influência para fazer eleger “amigos” nas eleições presidenciais francesas de maio e as legislativas alemãs de setembro.
A guerra híbrida russa manipularia a crise da invasão maometana para fragilizar a governança nesses países-chaves da Europa e fortalecer-se, não com forças próprias, mas levando os países que vê como adversários a se submeterem.
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