Embaixada russa no centro de Berlim |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Um diplomata russo, que se acredita ser um agente secreto do serviço de inteligência FSB, foi encontrado morto em outubro [2021] em uma rua em frente da embaixada russa em Berlim.
Assim afirma investigação da revista Der Spiegel, referida por “La Nación”.
O homem morreu quando teria sido jogado em 19 de outubro de um andar alto da embaixada. De acordo com fontes de segurança alemãs, os motivos da queda e da morte são “desconhecidos”.
O homem poderia ter sido morto antes de seu corpo ser jogado pela janela do prédio localizado a poucos metros do Portão de Brandemburgo.
A polícia de Berlim se recusou a comentar e dirigiu todas as perguntas aos promotores públicos, que até o momento não comentaram o caso. A descoberta do corpo não havia sido relatada anteriormente.
Segundo a revista alemã, a embaixada falou de um “incidente trágico” sobre o qual não quis comentar “por motivos éticos” e não concordou em fazer uma autópsia, garantindo a impunidade do caso.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores alemão disse em entrevista coletiva que o governo alemão estava ciente da morte de um diplomata russo em Berlim, mas não poderia dar mais detalhes.
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Zelimkhan Khangoshvili, 40, foi baleado duas vezes à queima-roupa na cabeça no Parque Kleiner Tiergarten em 23 de agosto de 2019, por um cidadão russo que foi preso logo depois.
O suspeito russo, Vadim Krasikov, também conhecido como Vadim Sokolov, 55, será julgado por um assassinato que a promotoria alemã acredita ter sido ordenado por Moscou.
A Alemanha já estava envolvida nas tramas sombrias da Rússia no ano passado, quando Alexei Navalny, um ferrenho oponente do governo de Vladimir Putin, foi tratado em Berlim depois de estar em estado grave após ser envenenado por um agente nervoso do grupo Novichok em seu país.
Esse é um dos cruelmente requintados que a FSB (ex-KGB) reserva para uma morte atroz dos seus agentes que se teriam passado para o Ocidente.
É longa a lista de crimes horrendos cometidos pela polícia secreta de Putin, especialmente no Ocidente onde podem ser mais facilmente identificados.
Os métodos da ex-URSS seguem sendo usados pela rede de Putin no Ocidente.
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