domingo, 17 de julho de 2016

A enigmática simpatia pela 'nova-Rússia'
e o silêncio sobre as vítimas do comunismo

Putin recebido pelo presidente Hollande no palácio do Elysée, Paris. Tudo se passa como se não tivesse acontecido nada.
Putin recebido pelo presidente Hollande no palácio Elysée, Paris.
Tudo se passa como se não tivesse acontecido nada.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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Por que no Ocidente livre e democrático há tantas manifestações de benevolência com a Rússia soviética, seus líderes históricos e seus sucedâneos hodiernos?

É a pergunta de Paul Goble, especialista em questões étnicas e religiosas da Eurásia, num estudo para Euromaidanpress.

Ele observa que até em pensadores e figuras políticas e religiosas há uma amnésia difícil de explicar, pois eles parecem ignorar a lembrança dos crimes do comunismo e procuram abafá-la.

Paul Goble pôs em relevo um artigo do especialista italiano Fabio Belafatti, que estuda a Ásia Central e ensina na Universidade de Vilnius, Lituânia. Ele também registrou essa anômala conduta ocidental durante as invasões da Crimeia e do leste ucraniano.

Ele identificou, e em vários países, comentadores pró-russos ocidentais descrevendo os eventos ucranianos deste milênio com estereótipos da retórica que acompanhou a ascensão das piores ditaduras do século XX.

Mais ainda, essas figuras, de larga entrada na mídia e nas cátedras eclesiásticas, revelaram uma mal dissimulada tendência a atribuir a causa de todos os males ao regime político-econômico dos países de raízes cristãs.

domingo, 10 de julho de 2016

General inglês monta cenário provável
de ataque geral da Rússia em 2017

Sir Richard Shirreff, comandante supremo da NATO até 2014: “Temos que julgar Putin pelos seus gestos, não por suas palavras. Ele invadiu a Geórgia, a Crimeia, a Ucrânia para atingir seus objetivos”
Sir Richard Shirreff, comandante supremo da NATO até 2014:
“Temos que julgar Putin pelos seus gestos, não por suas palavras.
Ele invadiu a Geórgia, a Crimeia e a Ucrânia”
Luis Dufaur
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O general britânico Sir Richard Shirreff, Comandante Aliado Supremo da OTAN na Europa entre 2011 e 2014, escreveu um livro-ficção: 2017 War with Russia (“2017 Guerra contra a Rússia”).

Trata-se de um exercício de projeção tática sobre como poderia acontecer um temido ataque russo contra o Ocidente. O panorama montado foi tido como inteiramente plausível pela BBC, escreveu o jornal inglês “The Independent”.

O general prevê como mais provável um ataque contra os Países Bálticos: a Estônia, a Lituânia e a Letônia.

Esses países são os menores nos confins da Rússia e os mais apetecíveis. Acresce que a corajosa luta da Lituânia pela sua independência acelerou o processo de derrocada da URSS. A “nova URSS” ficou por isso com o sangue no olho.

O general Shirreff considera que, no caso de uma guerra, Putin apelará para a bomba atômica. Isso está de acordo com o pensamento militar russo, as fraquezas defensivas do Kremlin e os mal-estares internos na Rússia. A hipótese poderia se concretizar em 2017.

Temos que julgar o presidente Putin pelos seus gestos, e não por suas palavras. Ele invadiu a Geórgia, a Crimeia, a Ucrânia. E apelou para a força para atingir seus objetivos”, observou o general Shirreff.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Brexit: O Conde de “X” e
o plano da Europa Unida soprado nos anos 50

"Minha Vida Pública": uma prodigiosa fonte de informação exclusiva  para compreender a história da RCR no Brasil e no mundo.  828 páginas inéditas disponível na Livraria Petrus
"Minha Vida Pública": uma prodigiosa fonte de informação exclusiva
para compreender a história da RCR no Brasil e no mundo.
828 páginas inéditas disponível na Livraria Petrus
Luis Dufaur
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A imensa produção intelectual do prof. Plinio Corrêa de Oliveira inclui vasta coletânea de memórias pessoais transmitidas oralmente durante sua longa vida.

O Dr. Plinio não teve tempo de sistematizar essas Memórias. Por isso saudamos como muito oportuna a recente publicação de uma extraordinária coleção de anotações e escritos do Dr. Plinio reunida no volume “Minha Vida Pública – Compilação de relatos autobiográficos de Plinio Corrêa de Oliveira” (Artpress, São Paulo, 2015, 827 páginas).

O valor da riquíssima publicação pode se apreciar no seguinte apanhado de memórias de Dr. Plinio sobre a preparação da União Europeia como ele pode observar em suas viagens à Europa na década de 50, em pleno século passado.

No momento do “Brexit” o tema é candente. Os fatos narrados pelo Dr. Plinio mostram aspectos da incubação da União Europeia sorrateiramente preparada em ambientes eclesiásticos e civis.

Confira o leitor:

domingo, 26 de junho de 2016

Putin cria Guarda Pretoriana
para reprimir descontentamentos

As tropas do Ministério do Interior preparadas para reprimir dissidências internas serão assimiladas na nova 'Guarda Pretoriana' de Putin.
As tropas do Ministério do Interior preparadas para reprimir dissidências internas
serão assimiladas na nova 'Guarda Pretoriana' de Putin.
Luis Dufaur
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Vladimir Putin está cimentando seu poder com uma “Guarda Pretoriana” composta por centenas de milhares de homens, informaram diversos órgãos da mídia, entre eles o “Financial Times”.

A criação da Guarda Nacional é um passo histórico na constituição de um corpo de segurança interno destinado a reprimir os descontentamentos sociais derivados do mal-estar econômico. Ela poderá reunir entre 350.000 e 400.000 homens.

Putin disse que o novo corpo está destinado a “combater o terrorismo e o crime organizado”. Mas, com uma ordem presidencial (ukaze), acrescentou que também deve proteger a ordem pública, reprimir o extremismo, garantir as instalações do Estado, cuidar das fronteiras e controlar o comércio de armas.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Forças Armadas russas estão sucateadas,
dizem especialistas

Empresa holandesa Dockwise Shipping BV foi contratada para para levar submarinos nucleares de volta para o estaleiro. Na foto o 'Bratsk' e o 'Samara'.
Empresa holandesa Dockwise Shipping BV foi contratada
para levar submarinos nucleares de volta para o estaleiro.
Na foto o 'Bratsk' e o 'Samara'.
Luis Dufaur
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No Ocidente, certa propaganda quer apresentar as intervenções militares de Vladimir Putin como jogadas de um líder de potência bélica capaz de desafiar os EUA e de assumir o controle de situações horríveis como a da Síria.

Os arautos dessa propaganda sugerem que Putin está nas antípodes da debilidade de caráter de Barack Obama e de seus homólogos ocidentais, e que num enfrentamento frontal acabará vencendo.

A questão é relevante porque Putin está envolvido em conflitos onde um míssil disparado por erro ou por iniciativa particular pode desatar um conflito mundial.

A derrubada do voo MH17 da Malaysian Airlines em julho de 2014, ou de um jato russo por um caça turco mais recentemente, levantaram essa assustadora hipótese.

domingo, 19 de junho de 2016

Ditos de Trump atemorizam países libres
e regozijam ditaduras

Para bálticos, Trump é um amigo encapuzado de Putin.
Para bálticos, Trump é um amigo encapuzado de Putin.
Luis Dufaur
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Num grafite gigante sobre o muro de um fast-food de Vilnius, capital e mais populosa cidade da Lituânia, apareceu toda a preocupação que suscita no país a eventualidade de o candidato populista Donald Trump assumir a presidência dos EUA.

Na perspectiva dos Países Bálticos, Trump vem agindo como um amigo e êmulo do agressivo dono do Kremlin Vladimir Putin.

A imagem é repugnante e claramente inspirada numa famosa foto em que o ditador soviético Leonid Breznev aparece beijando a boca do chefe comunista da Alemanha Oriental Erick Honecker, noticiou a agência AFP.

A simpatia que o pré-candidato republicano manifesta pelo dono do Kremlin não parece ser apenas eleitoreira, mas resulta de uma afinidade de modos de ser e de governo, além de um fundo populista que está sendo recusado na América do Sul, mas reina de látego na mão na imensa Rússia.

domingo, 12 de junho de 2016

Moscou ameaça com “Satan 2”
porque Ocidente quer se defender!

Gráfico do escudo antimíssil da NATO
Gráfico do escudo antimíssil da NATO
Luis Dufaur
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A Romênia inaugurou em sua base de Deveselu, no sul do país, um sistema americano antimísseis de alta tecnologia. A cólera do Kremlin explodiu ipso facto, noticiou Reuters.

O novo sistema de defesa instalado em Deveselu, outrora base soviética, inclui radares, interceptores de mísseis e equipamentos ultramodernos de comunicação.

Ela é uma primeira etapa para a criação de um escudo que protegerá a Europa de ataques de regimes “bandidos” como o Irã.

Mas interpretando isso como sendo dirigido a ela, a Rússia qualificou o sistema defensivo de ameaça para sua segurança, segundo afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

domingo, 5 de junho de 2016

Baikonur: cosmódromo é amostra
da decadência russa

Monumentos às glórias espaciais soviéticas caem aos pedaços
Monumentos às glórias espaciais soviéticas caem aos pedaços
Luis Dufaur
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A Rússia está fechando o famoso ‘cosmódromo’ de Baikonur.

Na realidade, a base continua sendo usada para os grandes lançamentos, que ocorrem entre sucata, lixo e velhos prédios.

Os turistas saem com a impressão de voltar meio século no tempo vendo vetustos equipamentos, escreveu reportagem do jornal espanhol “El Mundo”.

Construída pela URSS nos anos 50 e agora no Cazaquistão, a base obriga Moscou a pagar um aluguel que não consegue cobrir.

O Kremlin ordenou a construção de outros ‘cosmódromos’ em território russo.

Porém os locais são menos favoráveis, os custos não param de crescer e os prazos estão sendo continuamente adiados.

Em Baikonur, prédios, monumentos, ruas, mobília dos hotéis, tudo cheira a mofo acumulado desde os anos 60.

domingo, 29 de maio de 2016

Professora desvenda métodos KGB de Putin
para seduzir as direitas francesas

A professora Cécile Vaissie denuncia os métodos russos herdados da KGB para financiar e seduzir certas direitas iludidas ou afins no anti-EUA de Putin
A professora Cécile Vaissie denuncia os métodos russos herdados da KGB
para financiar e seduzir direitas iludidas ou afins no anti-EUA de Putin
Luis Dufaur
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A professora de Estudos Russos Soviéticos e pós-Soviéticos da Universidade de Rennes 2, na França, Cécile Vaissié, acaba de publicar um estudo aprofundado sobre a evolução das “redes de influência” russas em seu país desde o tempo da URSS até os dias presentes, comentou o especialista Paul A. Goble para a agência Euromaidanpress.

O livro Les Reseaux du Kremlin en France (As redes do Kremlin na França, Ed. Les petits matins) descreve os métodos de Moscou para penetrar na mídia e conquistar amizades nos ambientes políticos recorrendo a uma rede de financiamentos ocultos em território gaulês

Essa rede ter-se-ia revelado muito eficaz num inesperado setor do espectro político, embora a imagem da Rússia na população francesa em geral não seja boa.

A professora Cécile Vaissié foi entrevistada sobre seu livro em francês e em inglês pela France 24. Reproduzimos os vídeos no fim do post.

domingo, 22 de maio de 2016

Tártaros da Criméia
indignados com a opressão russa

Policia secreta russa reprime dissidentes tártaros.
Policia secreta russa reprime dissidentes tártaros.
Luis Dufaur
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A população tártara da Crimeia está indignada com a opressão que sofre por parte dos invasores russos de sua terra.

A tensão atingiu mais um patamar quando a Procuradora Geral da península, Natalia Poklonskaïa, suspendeu a Assembleia dos Tártaros, ou Medjlis, acusando-a falsamente de praticar “atividades extremistas” e de trabalhar pela “desestabilização”, escreveu o jornal parisiense “Libération”.

O Medjlis é o órgão representativo da população tártara da Crimeia. Os tártaros são um povo muçulmano de etnia turca que fizeram parte das hordas mongólicas que invadiram e devastaram o mundo eslavo entre os séculos XV e XVIII.

Após essas guerras, os tártaros se fixaram na Crimeia, dedicando-se à agricultura e ao artesanato, adotaram muitas formas da cultura ocidental e passaram a viver em paz com a população local, preservando a nostalgia de suas raízes históricas.

Os tártaros da Crimeia resistiram à revolução bolchevique, até que o regime comunista empreendeu uma sanguinária perseguição contra eles, coletivizando suas terras com a reforma agrária e dizimando-os nas Grandes Purgas dos anos 1930.

Uma geração inteira de homens de elite, políticos e intelectuais tártaros famosos foi massacrada pelo comunismo com falsas acusações.

domingo, 15 de maio de 2016

Opositores russos agredidos com ácido
por agentes putinistas

Lyudmila Ulitskaya agredida com ácido em ato lembrando os milhões de vítimas do comunismo soviético.
Lyudmila Ulitskaya agredida com ácido em ato
lembrando os milhões de vítimas do comunismo soviético.
Luis Dufaur
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No centro de Moscou, por volta de vinte ativistas putinistas atacaram a romancista Lyudmila Ulitskaya conhecida pela sua posição crítica em relação à “Nova Rússia” de Vladimir Putin.

Lyudmila participava com alguns alunos de um concurso organizado pela associação Memorial, o principal grupo defensor dos direitos humanos na Rússia. Memorial concentra suas atividades em resgatar a memória das milhões de vítimas do comunismo soviético, inclusive nos campos de concentração, segundo informou a agência AFP.

Como já se tornou usual, uma vintena de militantes putinistas ligados ao Movimento de Libertação Nacional (NOD, sigla em russo), coordenado pelo deputado pró-Kremlin Evgueni Fiodorov, jogaram ovos e líquidos químicos contra Lyudmila em plena cerimônia.

Refutando o comentário de que “ainda bem que não foi ácido sulfúrico”, Lyudmila deplorou que “essas são nossas condições de vida”, referindo-se às hostilidades que sofrem todos aqueles que querem reparar os crimes cometidos pelo comunismo na era soviética.

Putin não vê com bons olhos essas atividades e costuma enviar provocadores ou montar artifícios burocráticos para impedi-las ou bloqueá-las.

domingo, 8 de maio de 2016

Varsóvia aponta a Putin e a ex-presidente
pelo suspeito acidente aéreo de Smolensk.
Katyn II?

Em Varsóvia, o presidente Jaroslaw Kaczynski homenageia Lech Kaczynski
morto com sua mulher e mais 94 personalidades em estranho acidente na Rússia
Luis Dufaur
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As cerimônias do 6º aniversário do misterioso desastre aéreo na Rússia que decapitou a liderança política da Polônia tiveram um acirrado tom de Guerra Fria, noticiou a agência France Presse.

O atual presidente conservador polonês Jaroslaw Kaczynski é irmão do presidente polonês Lech Kaczynski falecido no trágico acidente.

Em 10 de abril de 2010, o presidente e a cúpula do governo de Varsóvia foram participar de uma cerimônia em Katyn, na Rússia, por ocasião do 70º aniversário do massacre de vários milhares de oficiais poloneses prisioneiros do Exército Vermelho comunista.

O cruel crime de massa foi perpetrado em plena II Guerra Mundial pela polícia secreta soviética, KGB, onde se formou Vladimir Putin.

O avião que transportava o presidente polonês, sua mulher e 94 outras personalidades de alta patente política e militar, deveria ter pousado no aeroporto russo de Smolensk. Porém, caiu em circunstâncias suspeitas e ainda não esclarecidas.

Ninguém foi recuperado com vida, malgrado as condições da queda sugerirem a possibilidade de sobreviventes.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Putin sai semi-frustrado da Síria

Su-24 russo cai derrubado por jato turco. Intervenção militar russa no Oriente Médio não pacificou mas acirrou os confrontos.
Su-24 russo cai derrubado por jato turco.
Intervenção militar russa no Oriente Médio
não pacificou mas acirrou os confrontos.
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O presidente russo Vladimir Putin anunciou de modo surpreendente a retirada do grosso de suas tropas da Síria. A saída pareceu tão estranha como sua decisão de efetivar bombardeios poucos meses antes.

Segundo o jornal de Madri “El Mundo”, a saída está ligada parcialmente a suas matreiras agressões militares em diversas frentes do planeta. Putin tinha prometido exterminar o Estado Islâmico, mas este segue ativo.

As bombas russas danificaram o território e as instalações dos inimigos do fundamentalismo islâmico e do governo pró-russo de Damasco.

Confira: Aviação russa bombardeia hospitais civis e força migração de massa

Se os adeptos do Corão estão sofrendo reveses é por causa das tropas e das milícias independentes sírias e iraquianas.

Para o jornal espanhol, Putin entrou no conflito para salvar o regime sírio, seu aliado, mas saiu sem vencer o adversário. Assim, a guerra não teria conclusão e o êxodo da população civil prosseguirá.

A aliança da Síria com Moscou perpetua os tempos e as estratégias soviéticas. Também é desses tempos que datam as bases russas no país.

Essa presença alavanca a influência russa no Oriente Médio e no Mediterrâneo Oriental.

domingo, 1 de maio de 2016

Personalidades pedem perdão
pelos crimes anticatólicos do Patriarcado de Moscou

Na farsa conhecida como 'Sínodo de Lvivi' em 1946, por ordem de Stalin o Patriarcado de Moscou fechou a igreja greco-católica.
Na farsa conhecida como 'Sínodo de Lviv' em 1946,
por ordem de Stalin o Patriarcado de Moscou
fechou a igreja greco-católica.
Luis Dufaur
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Dezoito [e o número vem crescendo] personalidades russas e ucranianas “ortodoxas” publicaram um pedido de perdão ao rito greco-católico pelo crime de supressão do Catolicismo praticado pelo Patriarcado cismático de Moscou, informou a agência Zenit.

O atroz atentado foi efetivado em conluio com a ditadura comunista soviética, e aconteceu em 10 de março de 1946, há 70 anos.

“Nós lhes pedimos humildemente perdão por todas as injustiças das quais foram vítimas com a cumplicidade da autoridade da Igreja Ortodoxa e nos curvamos perante os mártires da Igreja greco-católica ucraniana”, diz o documento, intitulado “É urgente para os cristãos ortodoxos reconhecer a terrível verdade do 10 de março de 1946”.

Naquela data, um ilegítimo “Sínodo de Lviv” declarou extinta a Igreja Católica, confiscou todos os seus bens e os entregou ao Patriarcado de Moscou. Esse Patriarcado é hoje presidido pelo patriarca Kirill, que assinou recentemente, junto com o Papa Francisco, a Declaração de Havana.

O pedido de perdão foi entregue à agência Zenit por um dos signatários, Antoine Arjakovsky, diretor emérito do Instituto de Estudos Ecumênicos de Leópolis, diretor de pesquisa no Collège des Bernardins, de Paris, e autor do livro O que é a Ortodoxia?.

Entre os co-signatários figuram os sacerdotes Georges Kovalenko, André Doudtchenko, Michael Plekon, Christophe Levalois, André Louth, a poetisa e professora universitária russa Olga Sedakova, os filósofos Bertrand Vergely e Constantin Sigov, o presidente de Acer-Mjo [Ação Cristã de Estudantes Russos – Movimento de Juventude Ortodoxa] Cyrilo Sollogoub, o escritor americano Jim Forest, o professor universitário Daniel Struve, entre outros.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Na Rússia só fica uma escola católica legal

Típico primeiro dia de aula na Escola Franciscana da Natividade de Novosibirsk.
Típico primeiro dia de aula na Escola Franciscana da Natividade de Novosibirsk.
Luis Dufaur
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Em todas as áreas religiosas do mundo – pagãs, muçulmanas, fetichistas, etc., etc. – há escolas católicas mantidas por Ordens religiosas ou por missionários, às vezes com heroicos esforços. As escolas católicas têm prestigio até em países insólitos.

Por isso elas atraem uma multidão de muçulmanos no Paquistão e na Jordânia, de hinduístas na Índia ou no Nepal, de taoístas e agnósticos em Taiwan, e de ateus até em países comunistas como o Vietnã.

Mas na Rússia de Vladimir Putin não podem existir. Elas são fechadas por via policial ou ameaças de origem oficial. Na Rússia, país de 143 milhões de habitantes que ocupa a sexta parte das terras emergidas, a única exceção é a escola infantil católica de Novosibirsk, na Sibéria, informou o site “Religión en Libertad”.

Ela foi fundada cinco anos após a queda do Muro de Berlim, como uma experiência clandestina de frades franciscanos, num pequeno apartamento que depois foi sendo ampliado.

domingo, 24 de abril de 2016

A Rússia e os EUA mostram os dentes
nas fronteiras europeias

Exibição do poder de fogo dos tanques Abrams estacionados pelos EUA nos países bálticos
Exibição do poder de fogo dos tanques Abrams dos EUA nos países bálticos
Luis Dufaur
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Os EUA anunciaram a instalação de tropas armadas, incluindo artilharia pesada ao longo da fronteira ocidental da Rússia visando reforçar as posições da NATO e enviar uma mensagem clara a Moscou: volte atrás.

Esse é um movimento sem precedentes desde o fim da Guerra Fria, informou o site “Mashable”.

O general Philip Breedlove, comandante em chefe das tropas americanas na Europa disse que os EUA visam demonstrar uma “forte e equilibrada atitude que inspire confiança aos aliados da OTAN diante da agressividade da Rússia na Europa Oriental e qualquer outra parte do mundo”.

Os efetivos engajados incluem 4.500 soldados com 250 tanques, Bradley Fighting Vehicles, e Paladin autopropulsados e mais de 1.700 veículos adicionais que estão sendo dispostos em seis países desde o mês de fevereiro: a Bulgária, a Estônia, a Letônia, a Lituânia, a Polônia e a Romênia.

domingo, 17 de abril de 2016

É o Titanic afundando?
Não! É a economia russa!

É o Titanic que afunda? Não!, é a economia russa!
É o Titanic que afunda? Não!, é a economia russa!
Luis Dufaur
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O “Titanic” afundando foi a imagem dominante nas redes sociais russas nas festas de Natal e Ano Novo, as quais acontecem com alguma defasagem em relação ao Ocidente devido à diversidade dos calendários.

E desde então, os índices só pioraram.

O Titanic afunda?

Não!!! É a economia, respondiam em coro os cidadãos russos.

“O Titanic já colidiu, as adegas estão se enchendo de água fria, mas a tripulação e os passageiros da primeira classe se conduzem como se não estivesse acontecendo nada. O capitão almoça tranquilamente no salão”, escreveu o blogueiro Alexeï Kougourov, citado pelo jornal “Le Monde” de Paris.

“A todos aqueles que estão aguardando que a economia russa atinja o fundo dos mares para voltar à superfície, avisamos que o Titanic [o histórico] também tocou o fundo, porém nunca mais ressurgiu”, comenta um outro internauta com uma ponta de humor cáustico.

“Le Monde” fornece um apanhado da vertiginosa ciranda descendente de diversos indicadores, como a Bolsa de Moscou e a cotação do rublo, a moeda nacional.

domingo, 10 de abril de 2016

“Ressurreição” de Stalin na Rússia:
Putin esfrega as mãos

O culto de Stalin está voltando na Rússia de Putin: veneração do túmulo na Praça Vermelha, Moscou.
O culto de Stalin está voltando na Rússia de Putin:
veneração do túmulo na Praça Vermelha, Moscou.
Luis Dufaur
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Os comunistas russos declararam 2016 o “ano de Stalin”, em comemoração pelos 80 anos da constituição soviética redigida por ele em 1936.

O líder marxista dizia que era “a mais democrática do mundo”, embora tenha sido o ponto de partida para o massacre de milhões de seres humanos, escreveu o jornal “El Mundo”, de Madri.

Na cidade de Penza, a 600 quilómetros de Moscou, foi inaugurado um centro Stalin para “reabilitar” o nome do ditador e defender sua sinistra obra à testa da URSS.

O objetivo é “lavar o nome de Stalin após décadas de calúnias”, explicou Gueorgui Kamnev, líder do Partido Comunista na região de Penza.

“Ainda está viva uma geração que cresceu com a ideia do Estado como pai protetor”, reflexiona a compositora russa Maya, que pertence à geração dos novos russos que não conheceram o regime soviético.

“O problema é que esse pai protetor era ao mesmo tempo autor de uma infinidade de crimes”, acrescentou.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Países socialistas e Brics
lideram fluxo internacional de dinheiro ilegal

Países socialistas e comunistas lideram fluxos de dinheiro ilegal.  Confira relatório mundial completo em PDF
Países socialistas e comunistas lideram fluxos de dinheiro ilegal.
Confira relatório mundial completo em PDF
Luis Dufaur
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A demagogia “progressista” e socialista se empenha em atribuir aos países livres com economias prósperas e às suas classes dirigentes todos os males da corrupção e das ilegalidades financeiras.

Esses, aliás, existem como defeitos que devem ser corrigidos, mas nunca como pretexto para derrubar um sistema econômico legítimo.

Essa demagogia também se assanha contra os proprietários que construíram sua fortuna acumulando o fruto de seu trabalho honesto e esforçado.

Mas onde a demagogia socialista e “progressista” consegue impor seus pontos de vista e assumir as rédeas do poder, ela estabelece leis e reformas confiscatórias, estatizações, nacionalizações, expropriações, impostos e taxas devoradoras, ou seja, intervencionismo em todas as áreas da atividade econômica humana.

Essa demagogia se apresenta como querendo reformar a economia em nome da justiça social, além de punir os “burgueses” e os “ricos” que trata depreciativamente.

O que todo mundo vê é que quando um partido de tendência socialista ou comunista, apoiado ou não pelo clero progressista, assume o governo junto com medidas estatizantes, começam as falcatruas e as roubalheiras dos “puros” anticapitalistas.

Agora, o Global Financial Integrity (GFI), centro de pesquisas dos EUA, elaborou uma lista dos países que lideram o fluxo internacional de dinheiro ilegal.

Confira o relatório completo em PDF
E quem encontramos liderando a ilegalidade monetária mundial?

domingo, 3 de abril de 2016

Patriarca Kirill de Moscou:
líder religioso ou da nova-velha KGB?

A vida de oligarca do regime putinista horrorizada os fiéis russos.
A vida de oligarca da 'nomenklatura'  putinista
escandaliza até os fiéis cismáticos russos que fogem de seus ritos.
Luis Dufaur
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Kirill, patriarca de Moscou, era uma das figuras russas menos conhecidas no Ocidente até que a sua imagem se espalhou a partir do encontro com o Papa Francisco I, em Havana, Cuba.

As pomposas vestimentas religiosas desse chefe cismático prolongam a época gloriosa em que Constantinopla, de quem as herda, era unida à Igreja Católica e praticava o magnífico rito concebido essencialmente por São João Crisóstomo.

Nada dessa admirável liturgia e dos costumes eclesiásticos conexos foram concebidos pelo cisma, dito ortodoxo, na sua versão grega ou russa, ou ainda nas muitas outras que houve e há.

O Patriarcado de Moscou não passou de uma invenção política dos tzares que aproveitaram a venalidade do clero cismático.

Esse ficou vilmente submisso ao poder temporal, já nos idos tempos do cisma de Constantinopla, como mostrou o historiador Roberto de Mattei.

Kirill continua essa péssima tradição.

domingo, 27 de março de 2016

Kholmogorov: proposta de Kirill ao Vaticano:
algemar os greco-católicos sob o poder russo

Francisco I beija chefe cismático russo no aeroporto de Havana
Francisco I beija chefe cismático russo no aeroporto de Havana
Luis Dufaur
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O que visa o patriarca Kirill com sua manobra de aproximação do Papa Francisco?

O súbito e “milagroso” gesto do líder moscovita, empurrado por trás e por cima pelo seu patrão Vladimir Putin, foi repentino demais para não deixar de levantar agudas perguntas, logo depois do desconcertante encontro de Havana.

Alguns chegaram a supor a realização de obscuras profecias apocalípticas, inclusive de místicos cismáticos como Nicolai Berdaiev, sobre uma reconciliação das religiões monoteístas na iminência do Fim do Mundo e da segunda vinda de Cristo em pompa e majestade para encerrar a História e julgar vivos e mortos.

Mas, pondo de lado essas aplicações fantasiosas para o presente caso, o que se passou em Moscou para adoçar tão repentinamente a beligerância cismática contra Roma, vigente durante séculos?

O comentador nacionalista russo Yegor Kholmogorov, conhecido pelos seus posicionamentos afins com gestos gritantes de Putin, apresentou considerações muito mais próximas dos interesses do Kremlin. Elas foram reproduzidas pela agência EuromaidanPress.

quarta-feira, 23 de março de 2016

Aviação russa bombardeia hospitais civis
e força migração de massa

Snapshot do 'El Mundo' de Madri 'cobertura' russa na verdade favorece o avanço do Estado Islâmico
Snapshot do 'El Mundo' de Madri: 'cobertura' russa na verdade
favorece o avanço do Estado Islâmico
Luis Dufaur
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O Departamento de Estado dos Estados Unidos denunciou mais uma vez um ataque aéreo da Rússia que atingiu um hospital na Síria. Washington pediu a Moscou explicações e uma investigação, informou G1.

Grupos “da sociedade civil síria” alegaram que a Rússia atingiu um ou vários hospitais com seus ataques aéreos sobre o país, explicou o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby.

Os EUA têm “informação operacional que leva a crer que os alvos russos não focaram unicamente o Estado Islâmico (EI), mas também causaram efeitos colaterais e vítimas civis”, acrescentou.

A Sociedade Médica Sírio-Americana, organização sem fins lucrativos, acusou a Rússia de atingir vários hospitais na Síria, incluindo um centro médico em Sarmin, na província de Idlib, que deixou pelo menos 12 mortos em 20 de outubro de 2015.

domingo, 13 de março de 2016

Justiça britânica: Litvinenko foi assassinado
com a anuência de Putin




“Os russos Andreï Lougovoï e Dmitri Kovtoun [antigo agente da KGB o primeiro e empresário o segundo] envenenaram de fato Litvinenko com polônio”, concluiu o relatório de juiz de instrução britânico Sir Robert Owen, ex-ministro da Suprema Corte, noticiou o jornal de Paris Le Monde.

“O operativo do FSB [novo nome da KGB] provavelmente foi aprovado por Patrouchev [Nikolaï Patrouchev, ex-chefe do FSB] e pelo presidente Putin”, afirma a sentença.

“Posso afirmar que, de um ponto de vista geral, os membros do governo de Putin, incluído o próprio presidente e o FSB, pelo fim de 2006 haviam concebido motivos para agir contra Litvinenko, inclusive para matá-lo”, escreve o juiz Owen.

quinta-feira, 10 de março de 2016

Dezenas de milhares refugiam-se nos esgotos em busca de calor

Desabrigados procuram refúgio nos esgotos de Moscou e São Petersburgo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs



É difícil imaginar a desorganização e o despreparo, que fazem o povo russo padecer insondáveis males.

O comunismo e suas mazelas não foram varridos como deveriam ter sido nas décadas de aparente liberalização e bonança econômica que se seguiram à queda da URSS.

O sistema comunista ainda está em pé na Rússia, produzindo efeitos infernais.

Um deles é a miséria em que vivem milhões de russos, sem propriedade nem liberdade.

domingo, 6 de março de 2016

Milhares de russos reforçam o Estado Islâmico na Síria

Três mil russos no ISIS.
Três mil russos no ISIS.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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A ONG Russian Social Council alertou que por volta de 2.500 russos estão combatendo junto aos terroristas do Estado Islâmico na Síria, informou a agência IraqiNews.

Elena Sutormina, chefe da Intercomissão para a cooperação internacional e a diplomacia pública da Câmara Cívica da Federação Russa, explicou:

“Os dados recentes indicam que ali há por volta de 2.500 russos e 7.000 cidadãos de outros estados independentes”, provavelmente se referindo a países membros associados à Federação Russa.