A presidente da Lituânia Dalia Grybauskaite e o secretário geral da OTAN Jens Stoltenberg visitam o centro de controle aéreo de Karmelava. |
A Lituânia publicou um Manual de Sobrevivência para os cidadãos em caso de guerra e invasão do território nacional, à vista do crescente intervencionismo russo na Ucrânia e de suas ameaças contra os vizinhos bálticos.
“Conserve o domínio de si, não entre em pânico e não perca o raciocínio lúcido”, explica o manual. “Tiroteios junto à sua janela não são o fim do mundo”.
O Manual, enviado pelo Ministério da Defesa às livrarias e distribuído nas solenidades militares, instrui os lituanos a resistirem à ocupação estrangeira com manifestações e greves, “ou pelo menos fazendo pior seu serviço que de modo costumeiro”.
Forças Especiais da Lituânia. O país é pequenino mas disposto a se defender |
Juntamente com a Letônia e a Estônia, a Lituânia passou boa parte do século XX anexada à União Soviética, até obter a sua independência em 1991. Aderiu posteriormente à OTAN e à União Europeia.
Os lituanos estão cada vez mais preocupados com a Rússia. Uma das razões é o aumento da presença militar no enclave russo de Kaliningrado, que já atingiu 9.000 soldados e mais de 55 navios de guerra.
“Os exemplos da Geórgia e da Ucrânia, que perderam uma parte de seu território, mostra-nos que não podemos descartar uma situação semelhante aqui e que devemos estar preparados”, disse o ministro de Defesa Juozas Olekas à Reuters.
O exército lituano e sua força paramilitar de reserva vêm sendo incrementados desde a crise na Ucrânia.
“Quando a Rússia começou sua agressão contra Ucrânia, na Lituânia nossos cidadãos compreenderam que nosso vizinho não é amigo”, acrescentou Olekas.
O exército lituano é apoiado por unidades de voluntários
O governo também pensa em ordenar que no futuro todos os prédios passem a ter refúgios contra bombardeios em seus porões.
A Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia e os governos ocidentais consideram que há provas esmagadoras de que ela está fornecendo tropas e armamentos aos separatistas pró-russos que tomaram conta de partes do leste ucraniano, fato que Moscou nega de modo insincero.
Operação “Anaconda” em 2014 foi treino conjunto de tropas de oito países da OTAN na Polônia. Ela visou uma eventual invasão não-convencional russa, como na Crimeia, ligada ao conflito ucraniano:
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