Plano de Stálin a longo prazo: 'explodir a Igreja por dentro' |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A jornalista dinamarquesa Iben Thranholm ligada ao site Katehon, ativa plataforma de propaganda prorrussa, fez revelações inesperadas de alguém com seu posicionamento ideológico.
Esse posicionamento torna insuspeito seu impressionante testemunho.
Ele foi extensamente comentado por Jeanne Smits, quem durante sete anos foi diretora de “Présent”, jornal que sustenta a tendência política de Marine Le Pen na França.
A jornalista dinamarquesa foca de início o testemunho de Mons. Carlo Maria Viganò sobre a rede promotora da agenda homossexual no Vaticano e em posições neurálgicas da hierarquia católica.
Tais redes chegariam até o interior da residência do Papa Francisco e envolveriam figuras como os Cardeais Parolin e Bertone, diz ela.
Como essas redes podem ter se desenvolvido tão larga e altamente na hierarquia eclesiástica e nas instituições dela dependentes, como seminários e escolas de teologia?
Essa manobra consiste em infiltrar e promover na Igreja casos e fautores de abusos sexuais e outras depravações.
Esses agora estão enchendo de um modo que pareceria concertado a grande mídia também infiltrada pelo velho plano soviético, e obviamente aberta às esquerdas e ao anticristianismo.
Jeanne Smits, sublinha que não é uma denúncia qualquer. Ela provém “de uma grande admiradora da Rússia contemporânea e de seu presidente Putin”.
O chefe do Kremlin estaria dando continuidade a esse velho plano da KGB (hoje FSB) onde ele se formou.
Iben Thanholm cita como início de conversa o vídeo disponível em Youtube com legendas em português, de Youri Bezmenov, ex-responsável da propaganda soviética e ex-membro da KGB antes de desertar e passar para o Ocidente em 1970.
O ex-agente também foi durante muito tempo colaborador da agência de imprensa Novosti e explicou num vídeo de 1983 em que sentido a KGB priorizava essencialmente a “subversão ideológica” contra os EUA.
Iben Thranholm. a revelação da jornalista pro-russa é estarrecedora |
Pelo contrário, as chamadas “medidas ativas” consumiam o essencial do trabalho de sabotagem dos serviços russos no Ocidente.
No que é que consistiam ditas “medidas ativas”?
Jeanne Smits resume o esquema russo: são as iniciativas que visam degradar a moral no Ocidente, especialmente da juventude.
Algo muito parecido ao que nós conhecemos como Revolução Cultural, envolvendo agenda LGBT e as redes homossexuais na Igreja.
A maior parte do trabalho da polícia secreta comunista, segundo Bezmenov, consiste em “corromper a juventude, obseda-la pelo sexo, afastá-la da religião”.
“Os jovens, prossegue o ex-agente da escola em que se formou Vladimir Putin, devem se “tornar superficiais e debilitados (…);
“é necessário destruir a confiança dos povos em seus líderes nacionais os expondo ao menosprezo, ao ridículo, à desonra (…);
“organizar o afundamento das velhas virtudes morais: a honestidade, a sobriedade, o domínio de si, o respeito da palavra dada”.
A jornalista Jeanne Smits fez corajosa denúncia
Porém Bezmenov sublinhava que os principais alvos eram as instituições religiosas, o ensino, a imprensa e a cultura.
Nas décadas de 1960 e 19970, as administrações EUA só pensavam no comunismo soviético no campo político - militar. E não ligavam para os pontos onde se fazia a grande ofensiva comunista: as “medidas ativas”, ou Revolução Cultural.
O resultado foi que a pregação marxista leninista se espalhava como epidemia nas universidades, nos seminários, na imprensa e no mundo da cultura, resume Iben Thranholm.
“De acordo com Bezmenov, um grupo de rock ou de pop que difundia uma mensagem de “justiça social” com cobertura de açúcar em canções ‘espirituais’ populares na realidade era mais útil para a KGB que um pregador no púlpito fazendo a apologia da doutrina marxista-leninista”, revela a jornalista dinamarquesa.
Nem a dinamarquesa Iben Thranholm, nem Youri Bezmenov e, creio, nem a inteligente jornalista Jeanne Smits, conheceram ao Prof. Plinio Corrêa de Oliveira.
O Dr. Plinio durante décadas alertou contra a infiltração comunista na Igreja. Capa do livro 'A Igreja ante a escalada da ameaça comunista' |
Denúncia que ele fez chegar até importantes patentes militares engajadas no combate contra a guerrilha armada mas, tal vez por isso mesmo, pouco voltados às imensas transformações culturais que preparam a ascensão do lulopetismo e o caos de que o Brasil hoje está querendo se desenvencilhar.
Mais ainda, no que se refere à Igreja, o Dr. Plinio promoveu em 1968 o abaixo-assinado intitulado “Reverente e filial mensagem a Sua Santidade o Papa Paulo VI” lhe implorando que “adote com toda a urgência medidas para que seja inteiramente eliminada a ação de eclesiásticos e leigos progressistas, favorável ao comunismo”.
O apelo foi assinado por 2.025.201 de brasileiros, argentinos, chilenos e uruguaios e foi entregue ao Vaticano em 7.11.1969.
Porém, a súplica de tantos filhos angustiados, respeitosos e submissos só recebeu como resposta o silêncio mais frio e completo. (Cfr. “Um homem, uma obra, uma gesta”, Ed.Brasil de Amanhã, SP, pág. 249)
continua no próximo post: A tática de Moscou para implodir a Igreja Católica
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