domingo, 19 de outubro de 2014

Do protesto contra a Copa,
passando pelas FARC
até a rebelião pró-russa

Detido pela polícia em ato anti-Copa, em SP.
Detido pela polícia em ato anti-Copa, em SP.

Ao lado de seus companheiros de armas pró-russos, o paulistano Rafael Marques Lusvarghi, 30, postou suas fotos nas redes sociais segurando uma AK74 e um lança-foguetes soviético descartável em Lugansk, no leste ucraniano.

Ele fora preso pela PM em São Paulo durante os desmandos dos protestos contra a Copa, em junho de 2013, passou 45 dias no cárcere e ainda responde a diversos processos por associação criminosa.

“Não vou ficar perdendo meu tempo com um sistema judiciário falido, irresponsável e lento. Tem que meter bala nessa [palavrão] e fogo nos fóruns e começar tudo do zero, como foi feito na Revolução Francesa e Russa”, responde ele.



No leste ucraniano com armas russas em milícia separatista.
No leste ucraniano com armas russas em milícia separatista.
Lusvarghi foi para o leste ucraniano alistado na “Brigada Continental, braço armado da organização Unidade Continental, movimento que é a síntese entre as Forças Armadas da Colômbia e o Hezbolah”, explicou ele em entrevista por e-mail para Vice.com.

Ele disse ter tomado essa decisão por amor à Nova Rússia, e para participar numa guerra global contra os EUA e o grande capital financeiro internacional.

Antes já tinha frequentado as FARC na Colômbia.

Interrogado se participaria de alguma frente revolucionária que pretendesse mudar os rumos do Brasil e, se necessário, pegar em armas aqui, ele respondeu sem vacilar: “Mas claro que sim”.

Acrescentou que seu comandante Victor Alfonso Lenta é originário da Colômbia, e que a Brigada Continental, da qual fazem parte, tem sua sede em Belgrado.

Rafael Lusvarghi admira Vladimir Putin porque este oferece uma alternativa contra o mundo ocidental.

Hoje na Ucrânia lutando por Putin. Amanhã no Brasil por quem?
Hoje na Ucrânia lutando por Putin. Amanhã no Brasil por quem?
Ele já foi soldado da Polícia Militar de São Paulo e legionário estrangeiro. Por sua “experiência”, comanda agora um dos grupos armados separatistas, o Batalhão Prizrak.

“No Brasil, consegui entrar em contato [com as milícias pró-russas] graças a uns amigos politicamente engajados que me encaminharam para um grupo especial. Eles sabiam da minha experiência militar”.

Além da expansão da “nova URSS”, a guerra da Ucrânia está servindo de campo de treino para guerrilheiros que amanhã poderão vir lutar no Brasil contra a ordem constituída.

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Um comentário:

  1. Agradecemos. Estamos divulgando, na seção Política. o Editor

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