domingo, 19 de julho de 2015

Rússia e Ocidente “brandem sabres nucleares”

O míssil balístico intercontinental russo R-36MSS-18 apelidado 'Satan'.
O míssil balístico intercontinental russo
R-36MSS-18 apelidado 'Satan 2'.



O secretário de Estado das Relações Exteriores da Inglaterra, Philip Hammond, aventou a hipótese de o país instalar mísseis nucleares americanos em seu território em resposta à movimentação de mísseis intercontinentais atômicos por parte da Rússia desde a invasão da Ucrânia, informou o site Slate.fr.
“Isso pode vir a acontecer, mas acredito que devemos agir de maneira muito prudente na execução do plano”, respondeu Hammond à BBC.
A posição do ministro reflete o clima de insegurança que domina as altas esferas no Oeste e no Leste da Europa.
“Precisamos enviar uma mensagem clara à Rússia no sentido que não toleraremos que ela viole as linhas vermelhas”, acrescentou Hammond.
Na residência presidencial de Novo-Ogaryovo, perto de Moscou, durante uma entrevista de imprensa conjunta com seu homólogo finlandês Sauli Niinisto, o presidente Putin declarou que a Rússia apontaria suas armas nucleares contra toda força que ameace sua segurança, noticiou a agência Reuters.

domingo, 12 de julho de 2015

Putin esconde a verdade
e aumenta desconfiança de ataque russo

O  EXIF da selfie postada em rede social delata com extrema precisão  o local onde estavam estes soldados russos na hora da foto.
O  EXIF da selfie postada em rede social delata com extrema precisão
o local onde estavam estes soldados russos na hora da foto.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Segundo editorial do The New York Times, o presidente da Rússia Vladimir Putin manipula e suprime fatos sobre a guerra na Ucrânia com a mesma frieza com que dispararia sua Kalashnikov AK-47 ou um míssil.

Ele insiste que não há soldados ou armas russas no leste ucraniano, contradizendo as provas em contrário publicadas pela OTAN, pelos EUA e por jornalistas independentes.

Embora o jornal não diga algo novo, seu editorial se reveste da maior gravidade, pois The New York Times tem uma influência talvez inigualável na intelligentsia liberal esquerdista dos EUA e no alto mundo da finança internacional.

Ele vinha assumindo uma atitude cautelosa, poupando a imagem e as ilegalidades de Putin. Agora mudou de atitude, talvez sentindo que nas altas esferas que a diretoria do jornal frequenta e recebe confidências acontecem mudanças muito profundas.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Rússia inadimplente na Argentina!

Ministro argentino De Vido (dir.) foi para Rússia, mas não viu o dinheiro prometido.
Ministro argentino De Vido (dir.) foi para Rússia,
mas não viu o dinheiro prometido.



Vladimir Putin vem elogiando o governo nacionalista-populista de Cristina Kirchner como o seu melhor aliado na América Latina e assinou com ele dezenas de acordos, inclusive econômicos.

Mas eis que chegada a hora de sair da conversa e pôr o dinheiro prometido sobre a mesa, este não apareceu...

A Rússia não tem fama de cumprir acordos que não sejam de grande interesse para ela. Além do mais, sua economia vai se afundando aceleradamente após a invasão da Ucrânia, de um lado pelas respostas econômicas do Ocidente, e de outro, em grande medida, pela baixa cotação do barril de petróleo.

Assim, na hora combinada, o banco russo Vnesheconombank (Banco de Desenvolvimento e Assuntos Econômicos Exteriores, equivalente ao BNDES), que devia bancar com até 85% do custo da barragem de Chihuido, em Neuquén, Patagônia, não depositou os US$ 2,6 bilhões prometidos, segundo noticiou Clarín de Buenos Aires.

domingo, 5 de julho de 2015

Delírio putinista de grandeza
não tem base na realidade




Moscou não consegue manter um exército de grandes dimensões como o antepassado soviético, escreveu o jornal The New York Times.

A propaganda do presidente Vladimir Putin acena com acentos épicos para a grandeza oca da era soviética, e assim os sofridos cidadãos russos não olhem a catástrofe interna que padecem no dia-a-dia .

Assim tenta distrair a atenção popular do funesto estado econômico e político do país.


Simultaneamente Putin é levado a contragosto a suspender elementos essenciais para a vida dos cidadãoes.

Na saúde pública o quadro geral continua desolador. Moscou incentiva o fechamento de hospitais e centros de saúde ineficientes, redundantes e em más condições.

Em teoria vai trocá-los por outros mais modernos e pagar melhor os funcionários da saúde. Mas, aplicando um critério de qualidade, terá que fechar um número espantoso de hospitais.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Base estratégica da OTAN no Ártico
cai de alegre em mãos russas

A base de Olavsvern em mãos russas.
A base de Olavsvern em mãos russas.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
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“O comunismo morreu!” – comemorou muito ingênuo a partir de 1991.

A mídia, que havia sido infiltrada intensamente pela União Soviética, ecoou o alegrote e desatinado soneto.

As prevenções caíram sem que se escarafunchasse demais a autenticidade dessa “morte”.

Entre outras coisas, o Ocidente se desarmou e desmoralizou suas Forças Armadas. Um pouco por toda parte, elas foram sendo mirradas ou condenadas a virar uma polícia mais pesadamente armada, com armas que diminuíam em número e, sobretudo, iam enferrujando.

A Noruega parece ter acreditado nessa ciranda tola, mas envenenada.

Ela possuía no Ártico uma base secreta de submarinos, vital para a defesa do Atlântico Norte ameaçado pelos submarinos soviéticos. Era a base de Olavsvern, perto do porto de Tromsø, que no entanto deixara abandonada.

domingo, 28 de junho de 2015

“Com sorte” nova guerra na Europa Central
não será nuclear diz fonte da OTAN

Ruínas do aeroporto de Donetsk
Ruínas do aeroporto de Donetsk
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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John Schindler, antigo analista da NSA, especialista em geopolítica, conferencista da Escola Naval dos EUA e conhecido pelos seus contatos de alto nível na hierarquia americana, confidenciou ter ouvido de uma alta patente não-americana da OTAN que “haverá provavelmente uma guerra neste verão (inverno no nosso hemisfério sul). Se tivermos sorte, ela não será nuclear”, escreveu o site Slate.

A opinião referida por Schindler coincidiu com a escalada de tensões entre os aliados ocidentais de um lado, e russos e chineses de outro, tendo como centro o problema ucraniano.

A Noruega suspeita de submarinos russos que circulam há meses nas profundezas do Báltico, ao largo de Oslo.

Diante da insistência da Grã-Bretanha, a OTAN resolveu a reagir, informou The Telegraph. Dezoito navios participaram de um exercício de grande envergadura no Báltico, enquanto tropas britânicas foram participar de exercícios conjuntos com o exército da Estônia, país fronteiriço com a Rússia.

Foi o exercício militar mais importante na região desde o fim da URSS.

No Círculo Ártico, nove países, incluindo os EUA, a França e a Grã-Bretanha, lançaram a operação “Desafio Ártico”, mobilizando 4.000 homens e 90 aviões durante doze dias.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Estônia: cismáticos voltam para o catolicismo
fugindo da agressividade russa

Igreja católica de rito greco-católico na capital da Estônia
Igreja católica de rito greco-católico na capital da Estônia
está ficando pequena para acolher as conversões.




Seguidores da igreja greco-cismática dirigida pelo Patriarca de Moscou estão abandonando essa falsa igreja na Estônia.

Eles preferem se encaminhar para o rito greco-católico ucraniano, em boa medida por causa das provocações da propaganda do Kremlin contra a independência de seu país, informou a agência Religion Information Service of Ukraine, RISU.

A líder da associação Congresso Ucraniano da Estônia, Vira Konyk, declarou:

“Muitos jovens que obviamente não pertenciam à comunidade católica estiveram presentes nas celebrações da Páscoa. Verificou-se que a maioria deles provinha da igreja ortodoxa estoniana, dependente do Patriarcado de Moscou.

“Pelo fato de o Patriarcado de Moscou apoiar a agressão russa contra a Ucrânia, o pessoal deixou de ir às suas igrejas e iniciou um percurso rumo ao rito greco-católico da igreja ucraniana, ou UGCC”, disse Vira Konyk.

A isso se acresce que, para participar da Liturgia Pascal, acorreram este ano à Igreja Católica fiéis procedentes não só da capital, mas de todas as partes da Estônia.

“Não se tratava apenas de ucranianos que vinham, mas de estonianos e pessoas de outras nacionalidades”, acrescentou.

As provocações da Rússia de Putin fazem lembrar o tiro que sai pela culatra.


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domingo, 21 de junho de 2015

Associações estrangeiras à mercê do despotismo do Kremlin

As organizações estrangeiras e as russas que mantêm relações com elas  poderão ser banidas com pretextos legais confusos.
As organizações estrangeiras e as russas que mantêm relações com elas
poderão ser banidas com pretextos legais confusos.



O Parlamento russo aprovou definitivamente a anunciada lei que permite ao esquema repressivo do Estado proibir as organizações estrangeiras instaladas na Rússia e rotuladas por ele de “indesejáveis”, noticiou a Reuters.

Desde o início da tramitação dessa lei e de outros textos análogos, a Igreja Católica, suas ordens religiosas e agências de caridade foram apontadas como alvos, caso não agradem Moscou.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Mega autoestrada de Londres até Alaska pela Rússia: o Ocidente pagará?

Projeto de Moscou: uma estrada ciclópica que a liga Europa e EUA
Projeto de Moscou: uma estrada ciclópica que a liga Europa e EUA



Moscou planeja construir uma mega autoestrada de 19.950 km unindo o Atlântico ao Pacífico e atravessando toda a Rússia até o Alaska, informou o Business Insider.

A rodovia se conectará com a rede de autoestradas europeias, a qual permitirá atravessar a Ásia e cortar a Rússia de ponta a ponta.

As estradas russas existem, mas seu estado de deterioração aumenta na medida em que o viajante se afasta de Moscou.

domingo, 14 de junho de 2015

Putin: “imperador romano”
pela invasão da Criméia!

Putin imperador sem cerimônia
Putin imperador sem cerimônia



Um busto de Vladimir Putin de 50 centímetros de altura, vestido com toga romana, feito com uma “matéria sintética não muito cara” imitando o bronze e com as feições de um imperador romano, foi erigido perto de São Petersburgo, informou o jornal parisiense Le Monde.

A histriônica ideia para glorificar o chefe russo é atribuída a uma organização local de cossacos que, obviamente, nunca ousaria uma iniciativa do gênero sem estímulo e costas esquentadas por alta esfera.

O monumento foi encomendado em “reconhecimento pela anexação da Crimeia” pela Rússia, em março de 2014.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Oposicionista assassinado preparava relatório
sobre soldados mortos na Ucrânia

Moscovitas marcham em solidariedade com o assassinado Boris Nemtzov.
O caso nunca foi apurado e sabe-se por que...
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Moscou gastou mais de 1 bilhão de dólares em apoio aos rebeldes separatistas do leste da Ucrânia, onde foram mortos pelo menos 220 soldados russos.

Os fatos fazem parte de um relatório que estava sendo preparado por Boris Nemtsov, ex-primeiro-ministro adjunto da Rússia e crítico do Kremlin, assassinado em fevereiro de 2015, noticiou o jornal britânico The Independent.

Nemtsov recolheu informações públicas e notórias e entrevistou famílias. O resultado contradiz o argumento de Moscou, que nega a existência de tropas russas lutando na Ucrânia.

Esse inquérito informativo não podia ser desconhecido do serviço de segurança do Kremlin. Nemtsov foi morto a tiros em Moscou. O crime nunca foi esclarecido e os que foram presos pelo Kremlin não passariam de “laranjas”.

Porém, membros de partido de Nemtsov (o liberal RPR-Parnas) e diversos jornalistas da oposição ajudaram a terminar o relatório de 65 páginas, que as balas assassinas quiseram silenciar.
“A guerra com a Ucrânia é uma guerra não declarada, uma guerra cínica, que representa um crime contra toda a nação russa. Putin entrará para a História como o presidente que tornou inimigos russos e ucranianos”, disse em entrevista coletiva Ilya Yashin, ajudante do vitimado Nemtsov, na apresentação do relatório.

O presidente Putin nega de todas as formas a presença de qualquer uniformizado russo em território ucraniano. Mas o Ocidente o acusa com abundantes provas de fornecer armas e tropas aos separatistas na luta contra o governo de Kiev, além de treinamentos e informações de inteligência.

O opositor Ilia Iachine apresenta à imprensa o relatório que custou a vida a seu colega Boris Nemtsov.
O opositor Ilia Iachine apresenta à imprensa
o relatório que custou a vida a seu colega Boris Nemtsov.
Segundo o relatório, que tem como título “Putin. A guerra”, as perdas russas em número de soldados foram pesadas.

“Reunimos provas exaustivas da presença de tropas russas na Ucrânia”, disse Iachine na conferência de imprensa, reproduzida por agências internacionais.

Segundo o relatório, as tropas regulares russas entraram “maciçamente” pela primeira vez na Ucrânia em agosto de 2014, quando os separatistas corriam o risco de serem definitivamente derrotados.

Também houve unidades regulares disfarçadas de “voluntárias”, em janeiro e fevereiro de 2015, para pressionar o presidente ucraniano na mesa de negociações de Minsk e durante os ferozes combates em torno da estratégica cidade de Debaltsevo.
Segundo Iachine, “todas as vitórias militares decisivas dos separatistas foram conseguidas por unidades regulares do exército russo”.

O balanço do relatório aponta a morte de pelo menos 150 soldados russos em agosto de 2014, e mais 70 em janeiro e fevereiro de 2015.

Boris Nemtsov também pesquisou “fontes anônimas” de Moscou, que não querem ser identificadas temendo represálias do regime. Ele consultou as famílias de soldados abatidos na Ucrânia, que o procuraram na tentativa de obter um auxílio financeiro prometido pelo governo russo.

Essas famílias receberam o equivalente a mais de 100.000 reais, com a condição de não falarem das circunstâncias em que morreram seus filhos.

Nemtsov calculou que Moscou gastou 53 bilhões de rublos em dez meses (por volta de 3,16 bilhões de reais), além de 80 bilhões de rublos (4,76 bilhões de reais) para acolher os refugiados do Donbass e compensar o impacto das sanções ocidentais atraídas pela invasão do país vizinho.

Nemtsov teria apurado mais de 200 casos de soldados russos
mortos em combate na Ucrânia que o governo de Putin nega e manda silenciar.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, diz que o governo nada sabe sobre o assunto, velha tática de quem não tem resposta.

A agência Reuters garante que os militares russos são obrigados a deixar o Exército Vermelho antes de partirem para o front ucraniano. Mas isso é um jogo de aparências.

O relatório também responsabiliza Moscou pela derrubada do voo MH17 de Malaysia Airlines em julho de 2014, provocando a morte de 298 civis alheios ao conflito, incluindo grande número de crianças.

Introdução ao relatório que as balas homicidas não conseguiram silenciar:



O jornal russo Novaïa Gazeta publicou em março uma entrevista com um jovem soldado russo, que contava ter sido enviado com sua unidade de tanques de Oulan-Oude para o leste ucraniano, onde foi gravemente ferido.

A agência ucraniana Euromaidan Press divulgou vídeo do sargento Aleksander Aleksandrov, da 3ª brigada das Forças Especiais russas, que no dia 6 de março de 2015 entrou com sua unidade na base de operações em Luhansk como parte de um conjunto de seis a oito grupos que lutavam fora de Luhansk.

Associações de direitos humanos também exigiram a publicação da verdade sobre soldados mortos em ocorrências confusas e que acabaram sendo enterrados na Rússia. Segundo familiares e amigos, eles caíram combatendo na Ucrânia.

Quando uma dezena de paraquedistas russos foi capturada pelo exército ucraniano, Putin se saiu dizendo que eles tinham se “perdido” durante um patrulhamento e entrado sem perceber em território ucraniano.

Ilia Iachine também denunciou que “nem Putin nem seus generais têm a coragem de admitir a agressão militar contra Ucrânia. Eles apresentam mentiras vis e hipócritas como se fossem mostras de grande sabedoria política”, segundo o jornal francês Le Parisien.


Russos protestam contra Putin no aniversário do assassinato de Nemtsov





Suboficiais russos feridos e capturados na Ucrânia, onde agiam desde 6 de março de 2015, declaram pertencer às Forças Especiais (Spetsnatz) da Rússia:







domingo, 7 de junho de 2015

A Criméia já foi invadida, agora é a vez de Roma,
prega propaganda russa

"Criméia Hoje - Roma Amanhã! Feliz Dia da Vitória 9 de Maio!" Faixa instalada na cidade de Kaluga incita à invasão da capital do catolicismo.
"Criméia Hoje - Roma Amanhã! Feliz Dia da Vitória 9 de Maio!"
Faixa instalada na cidade de Kaluga incita à invasão da capital do catolicismo.



Diversas obras-primas de frenesi nacionalista e de autoproclamada superioridade planetária se patentearam na mistificação ordenada pelo Kremlin para o 70º aniversário do fim da II Guerra Mundial.

O ribombo publicitário na mídia oficial raiou a demência, apresentando ao povo glórias inexistentes e temores terríveis, caso o mundo não se submeta aos ditames do senhor do Kremlin, observou a agência Euromaidan Press.

Segundo essas visões histéricas, o mundo inteiro conspiraria contra a Rússia, acionando satânicos recursos e insidiosas e incessantes formas devastadoras de sabotagem.

O extermínio da Rússia só não se consumou devido à genialidade de seu líder supremo, Vladimir Putin, capaz de domesticar ursos, tigres e baleias.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Jatos e colunas de tanques para tranquilizar as populações bálticas. Mílicias civis se multiplicam.

Unidades americanas treinam na Letônia.
Unidades americanas treinam na Letônia.



Os céus dos países do leste europeu membros da NATO estão sendo percorridos regularmente por jatos da aliança atlântica. Em terra, colunas de blindados americanos vão e vem até a fronteira com a Rússia, visando tranquilizar as populações que temem o pior da parte de Moscou.

Na Polônia, médicos, sapateiros, advogados e outros comparecem ao quarteis para receberem treinamento militar diante de uma eventual invasão.

Na vizinha Lituânia, os cursos ensinam a todos os cidadãos como eles devem reagir em caso de guerra. A Letônia, por sua vez, planeja dar treinamento militar aos estudantes universitários no ano que vem. Este preocupante panorama foi descrito pela Fox News.

domingo, 31 de maio de 2015

“Dia da Vitória” foi “dia do fiasco” em Moscou

Glorificando o passado soviético, parada em Moscou no 70º Dia da Vitória.
Fazendo a ponte com o passado soviético,
parada em Moscou no 70º Dia da Vitória.



O dia 9 de maio passado, 70 anos do fim da II Guerra Mundial, deveria ter sido um dia de glória para a “nova URSS” de Vladimir Putin.

Ele montou um show militar na Praça Vermelha de encher de inveja seus precursores da velha URSS.

A teatralização do espetáculo militar incluiu até o sinal da Cruz do Ministro da Defesa Sergey Shoygu, antes da dar início à revista das tropas formadas na Praça Vermelha.

A imensa parada fez lembrar o exibicionismo e a artificialidade dos tempos soviéticos.

Entre as joias da nova tecnologia militar russa estava o tanque pesado topo da linha T-14, que deveria fazer sua primeira aparição pública.

Mas no treino final do dia anterior, ele encrencou diante das câmaras e do nutrido público presente.

“Daqui não saio, daqui ninguém me tira”: nem puxado por correntes engatadas em outro tanque ele se moveu do lugar.

Ocorreu também um fenômeno de autocombustão: uma bateria de mísseis BUK, análoga à que teve a infame glória de abater o voo MH17 da Malaysian Airlines, incendiou-se.

A joia tecnológica, o tanque Armata T-14, pifou e não saía do lugar
A joia tecnológica, o tanque Armata T-14, pifou e não saía do lugar
Do espaço tampouco chegaram boas notícias: a bandeira réplica da insígnia soviética, içada em 1945 sobre o Reichstadt (se a foto famosa não for fraudulenta), desapareceu com o cargueiro espacial que se incinerou sobre o Pacífico.

E em 16 de maio último, um foguete Proton-M, que levava o satélite mexicano MexSat-1, pegou fogo a 161 km de altura, desintegrando-se na queda, segundo comunicado da agência espacial russa Roskosmos, registrou The Huffington Post.

Poucas horas antes, a própria Roskosmos anunciou que a nave espacial Progress M-262M, ligada à Estação Espacial Internacional, não conseguiu ligar os motores e corrigir sua órbita, num duro fracasso para a propaganda do Kremlin.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Recrudesecer a repressão é a ordem do chefe supremo

Putin está vendo complôs por toda parte e mandou recrudescer a repressão.
Putin está vendo complôs por toda parte
e mandou recrudescer a repressão.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
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Vladimir Putin convocou uma reunião plenária dos altos funcionários do Serviço Federal de Segurança da Federação Russa (FSB), polícia política e serviço secreto de seu regime, informou o jornal de Paris Le Figaro.

Dirigindo-se a seus “camaradas” e súditos, o antigo espião da KGB pintou o quadro de uma Rússia rodeada de inimigos e ordenou-lhes enfrentar um vasto leque de ameaças heterogêneas que perturbam sua imaginação: desde o terrorismo caucasiano até a oposição liberal na Duma, passando pelas tentativas de “abalar o sistema financeiro”.

Putin insistiu que só “uma Rússia mais forte” poderá realizar as “mudanças positivas”.

Nessa ótica, deve ser reforçado o regime ditatorial. E as “mudanças positivas” já foram apontadas por Putin, pelos seus funcionários imediatos e até pelo Patriarca de Moscou na Duma: os “valores soviéticos”.

Segundo Putin, “ONGs e grupos politizados” russos servem à espionagem ocidental e “planificam ações em função das eleições parlamentárias e presidencial de 2016 e 2018”.

O objetivo desses inimigos internos seria de “desacreditar o poder e desestabilizar a situação interna da Rússia”. Putin não deve ter penado muito para redigir seu discurso. Perorações análogas eram feitas nos prólogos dos expurgos da era soviética.

domingo, 24 de maio de 2015

O SIM ao passado soviético
no cerne do pesadelo russo

Kharkiv: derrubada da estátua de Lenin,
uma das maiores do mundo.



A Ucrânia rompeu oficialmente com seu passado soviético adotando leis históricas para “des-sovietizar” o país.

A decisão foi saudada na ex-república da falida URSS, mas exacerbou as tensões com os separatistas pró-russos e encolerizou o Kremlin, informou El País, de Madri.

Os deputados ucranianos aprovaram, sem necessidade de grande debate, o conjunto de medidas legais visando apagar os estigmas de uma era de opróbrio e opressão.

As novas leis põem em pé de igualdade os regimes soviético e nazista. Também proíbem qualquer “negação pública” de seu “caráter criminoso”, bem como a “produção” e “utilização pública” de seus símbolos.

Notadamente o hino soviético, as bandeiras e os escudos da União Soviética e da República Socialista Soviética da Ucrânia, além do execrado símbolo da foice e martelo.

Para muitos, a proibição dos símbolos soviéticos deveria ter sido adotada há 25 anos, logo após a independência da URSS em 1991, como fizeram os países bálticos e a Polônia.

Deverão ser removidos na Ucrânia incontáveis monumentos erigidos à glória dos responsáveis soviéticos e numerosas estátuas de Lênin que o povo ainda não derrubou. Localidades, ruas ou empresas cujos nomes evocam o comunismo receberão outro nome.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Encruzilhada lembra o pré-II Guerra Mundial,
aponta professor da Califórnia

Descendo do avião o premier britânico Neville Chamberlain exibe como um vitória o tratado da capitulação em Munich (1938), grande prólogo da mais mortífera guerra mundial
Descendo do avião o premier britânico Neville Chamberlain
exibe como um vitória o tratado da capitulação em Munich (1938),
grande prólogo da mais mortífera guerra mundial
Luis Dufaur
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“Vivemos o nosso momento histórico de grande perigo”, escreveu na “National Review” o historiador Victor Davis Hanson.

Hanson leciona História Clássica na Universidade do Estado da Califórnia, em Fresno, e considera que Obama e os líderes europeus estão repetindo os erros de seus predecessores na década de 1930 em face da II Guerra Mundial que se anunciava no horizonte.

Prof. Victor Davis Hanson
Prof. Victor Davis Hanson
Segundo Hanson, a II Guerra, a mais mortífera da História, foi causada por um conjunto de fatores materiais e por imprevidências culposas que hoje estão se repetindo.

1) A crise econômica mundial, conhecida como a Depressão dos anos 30, favoreceu o desenvolvimento de tendências radicais no mundo, como o comunismo da União Soviética ou o nazismo hitlerista.

2) Enquanto os EUA adotavam o isolacionismo, a União Soviética colaborava com o III Reich e buscava alianças no mundo, como com a Itália e o Japão.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

A serviço do Kremlin como nos ‘dias de ouro’
do pacto Ribbentrop-Molotov

Saudosistas da velha URSS não se sabe por que 'de direita' engrossaram o evento pro-Putin 'cristão' no Foro Internacional Conservador de São Petersburgo.
Saudosistas da velha URSS não se sabe por que 'de direita'
engrossaram o evento pro-Putin 'cristão'
no Foro Internacional Conservador de São Petersburgo.



A convite de militantes amigos do Kremlin, representantes de diversas legendas europeias consideradas de direita reuniram-se em São Petersburgo, noticiou a Deutsche Welle.

As fotografias, reproduzidas pela rádio oficial alemã, forneceram a deprimente imagem de velhos militantes russos exibindo incontáveis condecorações como os melhores servidores da era soviética.

Porém, o script fornecido pelo Kremlin mudou alguma coisa em relação a esses tempos remotos. A instrução agora era fomentar os “valores tradicionais” da família e do cristianismo, que o presidente Vladimir Putin afirma defender.

Os velhos roteiros da extinta URSS tiveram também seu lugar na hora de vituperar contra os EUA e a Europa a propósito da crise da Ucrânia.

domingo, 10 de maio de 2015

Polônia e Lituânia impedem “Anjos do Inferno” ou “Lobos da Noite”, guarda pretoriana de Putin

Putin: líder venerado dos 'Anjos do Inferno'
Putin: líder venerado dos 'Anjos do Inferno'
Luis Dufaur
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“Para Berlim!”: O brado de guerra do Exército Vermelho foi ecoado por centenas de motoqueiros pró-Kremlin que partiram de Moscou rumo ao Ocidente ostentando bandeiras soviéticas com a efígie de Stalin e as da Rússia de Putin, segundo noticiou a agência AFP.

Alexeï Verechtchiaguin, motoqueiro que combate no bastião separatista de Lugansk, no leste ucraniano, sublinhou o significado da manobra.

Eles pensavam refazer o percurso do exército soviético através da Bielorrússia, Polônia, República Checa, Eslováquia e Áustria.

Mas o gesto tem para muitos desses países uma dimensão ofensiva, escondendo intuitos invasores do patrão do Kremlin.

De fato, o grupo de motoqueiros que se identifica como “Lobos da Noite” ou “Anjos do Inferno” tem um histórico tenebroso e o próprio presidente Vladimir Putin se considera membro dessa irmandade do mal.

Para o jornal La Nación, de Buenos Aires, o grupo constitui uma “gangue que é uma espécie de guarda pretoriana paralela do presidente russo”.

O fundador e chefe Alexandre Zaldostanov, aliás “o cirurgião”, agitava bandeiras soviéticas e bradava na partida: “Por Stalin!”

Em 21 de fevereiro (2015), numa marcha anti-Maidan em Moscou, Zaldostanov incitou a “exterminar” os opositores de Putin. E advertiu: “o medo da morte é o único que pode deter a oposição russa”.

“Dentro da Rússia nós estamos combatendo a Quinta Coluna, esses que trabalham para estados estrangeiros”, explicou o gangster, citado por The Telegraph e o National Post.

Poucos dias depois, Boris Nemtsov, opositor liberal e ex- primeiro-ministro adjunto da Rússia, que vinha denunciando a corrupção no regime de Putin e a guerra na Ucrânia, caía assassinado numa movimentada ponte central de Moscou.

Putin não esconde seu apoio aos suspeitos 'Lobos da Noite'
Putin não esconde seu apoio aos suspeitos 'Lobos da Noite'
Zaldostanov está na “lista negra” dos EUA e da Europa por sua participação na invasão da Criméia e seu engajamento armado na guerra no leste ucraniano.

Vladimir Putin participou de uma incursão com motos na península da Criméia com os “Anjos do Inferno” e seu chefe Zaldostanov.

De um ano para cá “o cirurgião” tornou-se personagem onipresente na TV estatal, onde se declara devoto de Lênin, Stalin e do patriarca de Moscou. Putin o trata de ‘irmão’. Como seu íntimo chefe, Zaldostanov se diz grande defensor dos valores cristãos, familiares, morais e religiosos.

Para ele, Putin é o “salvador do mundo”, que veio para “reunificar o império russo”. O chefe dos “Lobos da Noite” se julga investido da missão divina de proteger o líder do Kremlin contra a revolução popular e pacífica que Boris Nemtsov promoveu antes de ser assassinado a dois passos do Kremlin.

“O cirurgião” se exibe com roupas de couro negro, tatuagens, símbolos esotéricos e uma caríssima Harley Davidson. Em fevereiro de 2014, com outros “lobos” ou “anjos infernais”, ele bloqueou a entrada na Crimeia, na primeira etapa da anexação da península, acrescentou “La Nación”.

Putin condecorou Zaldostanov com a comenda da Ordem da Honra pelo seu “ativo trabalho no reerguimento patriótico da juventude” e ajuda na procura dos restos mortais de soldados da II Guerra Mundial. Não lhe faltavam serviços prestados.

Os “Lobos da Noite” também promoveram delirantes shows rock de fundo militarista na Rússia, com reconstruções históricas voltadas para a glória da URSS, a difamação do Ocidente, a excitação do ódio à Ucrânia anticomunista e a promoção de um devoto culto ao presidente Putin, informou BuzzFeedNews.

Para isso contaram com o apoio da TV oficial, que emitiu esses frenéticos shows, bem como com a participação em pessoa do chefe máximo do Kremlin, que chegou numa Harley Davison semelhante à do chefe do grupo.

A incursão da gangue passará primeiro pela Bielorrússia, onde só aguarda o acobertamento da última ditadura escancaradamente marxista na Europa.

O grupo pró-Stalin e pró-Putin anunciou que novos “lobos” se reunirão à matilha durante o percurso, e que eles visitarão cemitérios e monumentos dedicados aos ‘heróis’ soviéticos. Uma coleção de manifestações deverá então acontecer.

A primeira ministra polonesa, Ewa Kopacz, teme o óbvio: trata-se de uma “singular provocação” de um “grupo organizado”. Por isso a Polônia vetou o seu ingresso no território nacional. A Alemanha também cortou o visto da maioria dos “Lobos da Noite”, por irregularidades na solicitação dos mesmos.

Putin concede a Ordem do Mérito a Alexander Zaldostanov
líder da estranha 'guarda pretoriana' da nova-URSS
Os poloneses não se esquecem que seu glorioso país foi ocupado e repartido entre os exércitos nazista e vermelho, em virtude da aliança Hitler-Stalin que desencadeou a II Guerra Mundial.

Os problemas começaram na fronteira da Polônia, cujo Ministério de Relações Exteriores anunciou que negaria o ingresso aos “Lobos da Noite”. O Ministério apontou diversas ilegalidades na manobra e considera que a marcha constitui uma provocação, noticiou a agência Reuters.

Uma vanguarda dos “Anjos do Inferno” apresentou-se antes da hora em que eram aguardada na fronteira polonesa, mas teve o acesso vetado.

O Ministério de Relações Exteriores russo revidou, dizendo que a recusa polonesa é “ideológica” e “blasfema”. Seria talvez “nazista” ou “fascista” como o governo de Kiev, pretexto que justificaria violências e até represálias militares.

Zaldostanov, por sua vez, disse que não respeitará a alfândega e a polícia de fronteira da Polônia, e falou de estradas alternativas que não se enxergam no mapa.

A continuação a mesma gangue tentou entrar na vizinha Lituânia mas teve o acesso negado pela corajosa pequena nação, segundo noticiou The Moscow Times.

Alguns “Anjos do Inferno” de Putin tentaram vulnerar as fronteiras lituanas pela Bielorrússia e outros pelo enclave russo de Kaliningrado.

A gangue exibiu vistos, mas carecia de outros documentos indispensáveis e os guardas de fronteira lituanos opuseram firme negativa.

Em numerosas ocasiões, Putin asseverou em tom ameaçador que interviria em qualquer lugar do mundo onde um cidadão soviético tivesse seus direitos desrespeitados.

A provocação parece orquestrada para justificar uma violência de maior dimensão. Como aliás temiam até há pouco muitos especialistas militares ocidentais, que se perguntavam apenas qual seria a encenação que Putin montaria.

A manobra evoca episódios ainda vivos da guerra “híbrida” e da “maskirovka”, sinal distintivo da estratégia de guerra mascarada russa.

Estratagemas semelhantes pegaram de surpresa até o alto comando da OTAN na invasão da Criméia, e em episódios como as colunas “humanitárias” de caminhões militares que entraram na Ucrânia pintados de branco mas vazios, e usados com intenções pouco esclarecidas.

Veja mais em “A mentira deslavada: técnica de guerra preferida de Putin”








Vanguarda de “Lobos da Noite” foi proibida de ingressar na Polônia:




terça-feira, 5 de maio de 2015

Premiê húngaro flerta Putin
e eleitorado lhe tira a maioria

As cores ucranianas evidenciam o temor dos húngaro de sofrer análoga invasão
As cores ucranianas evidenciam o temor dos húngaros de sofrer análoga invasão



Desde 2010, o atual primeiro-ministro húngaro Viktor Orban vem se mantendo à testa do governo apelando para os sentimentos conservadores da opinião pública de seu glorioso país.

Porém, após ter iniciado um inexplicável “namoro” com o presidente russo Vladimir Putin, sofreu uma derrota simbólica, sob certos pontos de vista muito sensível, que semeou consternação entre seus mais próximos assessores.

A Hungria vem sendo hostilizada por causa de sua nova Constituição, de suas corajosas tomadas de posição e de leis que contradizem as imoralidades legislativas promovidas pela União Europeia.

Esse tratamento arbitrário serviu de bom pretexto para Orban se aproximar de Vladimir Putin, que lhe ofereceu o que na realidade não tem: dinheiro. A Hungria passa por dificuldades econômicas e a ilusão mentirosa pode enganar quem está apertado.

domingo, 3 de maio de 2015

Nave com símbolo soviético cai sobre a Terra: prenúncio do futuro russo?

O programa espacial soviético teve forte componente propagandístico.Na foto: estação espacial MIR, desativada em 2001, apresenta defeitos de planificação e danos causados por lixo espacial.
O programa espacial soviético teve forte componente propagandístico.
Na foto: estação espacial MIR, desativada em 2001,
apresenta defeitos de planificação e danos causados por lixo espacial.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




O Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) russo perdeu o controle do Progress M-27M, uma nave espacial não tripulada enviada a abastecer a Estação Espacial Internacional (EEI), noticiou o jornal portenho La Nación.

O artefato descontrolado iniciou o processo de queda sobre o planeta sem que os controladores em terra possam impedi-lo, explicou um responsável russo.

Os controladores tentaram restabelecer as comunicações com o bólido enlouquecido, mas tiveram resultados insuficientes.